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19.7.02

As perguntas eram:

- Qual foi o resultado daquela biópsia?
- Aquela pessoa parou de te incomodar?
- Como vão os novos projetos?
- Já conseguiu digerir aquela situação?

Mas para essas perguntas pudessem ser formuladas era preciso que aquela conversa, aquele telefonema e aquele encontro tivessem acontecido. E, afinal, no meu momento casulo, também sou responsável pelo isolamento.

Além disso, só escrevi o post-carência aí embaixo porque estava no auge da TPM.

Já passou.

17.7.02

Ela tem 11 anos, é francesa e está passando férias no Brasil, terra de sua mãe.
Ele tem 7 anos, é carioca e está em recesso escolar.
Ela é loira, tem pele clara e olhos azuis.
Ele tem cabelo de anjinho, nariz de batatinha e boca de me beija. Tudo em tons de marrom.
São primos.
Vivem de lados opostos do Oceano Atlântico, mas gostam basicamente das mesmas coisas.
Brigam.
Fazem as pazes.
Adoram as Meninas Super-Poderosas e ficam excitadíssimos com a perspectiva de uma sessão de cinema em que suas musas seriam as estrelas.
Uma mãe/prima torta abnegada com ar blasé calculado para disfarçar que também adora as filhas do elemento X oferece a companhia para a aventura vespertina.
Julho, três da tarde, shopping da Zona Sul.
Crianças correm e gritam para desespero de mães e avós.
Velhos rabugentos resmungam esquecendo-se que eles é que estão no lugar errado naquele momento.
Faltam 50 minutos para o início da próxima sessão.
Ingressos esgotados.
Próxima opção: Spirit.
Pipoca, refrigerante, salgadinho.
Banheiro?
Não, não estou com vontade.
Risos, bagunça, caretas.
Luzes apagadas.
Começa a sessão.
Querro irr ao banheiro.
E eu quero ver o filme.
Você fica aqui quietinho.
Você vem comigo.
Últimas cenas.
Choro e sorriso.
Ele já está esperando.
Terraço com vista para o Pão de Açúcar.
Pizza.
No Brasil é assim, na França é assado.
Muitos sorrisos, muitos risos, algumas gargalhadas.
Pirulito.
Engarrafamento.
Um abraço extra.
Querro irr ao cinema com você semprre que você quiserr me convidarr.
Ainda temos que assistir às Meninas Super-Poderosas.
Ninguém me pergunta, então não digo.

16.7.02

Uma companhia aérea instituiu que obesos têm que comprar dois assentos. Mas ninguém explicou o que acontece se na hora do check in, o obeso não consegue dois assentos anexos. Em que outro país isso poderia acontecer?

Só nos EUA mesmo! [aqui]

Aliás, com a epidemia norte-americana de obesidade e com as empresas aéreas tendo prejuízos sucessivos, essa medida é um achado para dobrar rapidamente o faturamento.