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7.12.02

Agrada aos meus ouvidos, desagrada aos meus olhos:

jelly belly

Agrada ao meu paladar, desagrada ao meu olfato:

queijo

Você quer continuar?
Alô!
Amã?
Paris?
São Paulo?
Alô!?

5.12.02

De qualquer modo, há que se distinguir o bom do mau emprego gerundial. "O problema consiste em saber se de fato o uso do gerúndio traz vantagem estilística sobre os outros processos" (Rodrigues Lapa, em Estilística da Língua Portuguesa (1959:178)). Vale dizer que ele é muito apropriado nos casos em que se necessita transmitir a idéia de movimento, de progressão, duração, continuidade.


É correto, então, nestes exemplos (reais):

1) Em virtude do atraso, estaremos recebendo o pagamento em conta corrente nos dias 27 e 28.

2) _ Podemos nos encontrar no fim-de-semana?

_ Infelizmente não, pois vou estar viajando. [ou: estarei viajando]

3) Em outros artigos ela estará dando maior atenção a cada um desses temas.

4) Ela deve estar fazendo as tarefas de casa agora.



É abusivo _ gerundismo _ nos seguintes casos:



5) Vou aproveitar o 13º para estar pagando tudo. [devemos trocar por: para pagar]

6) Concomitantemente, temos que estar discutindo e reconstruindo um currículo escolar que venha a ser um instrumento de formação integral. [temos que discutir e reconstruir]

7) Estes temas devem servir para estarmos aprofundando as discussões. [para aprofundarmos]

8) Nossos atendentes vão estar efetuando a cobrança somente em maio. [vão efetuar = efetuarão]



(...) Evita-se o gerundismo ao fazer a troca da locução verbal ESTAR + GERÚNDIO por um simples INFINITIVO (flexionado ou não), desde que não se trate efetivamente de uma ação durativa, como nos exemplos 1 a 4.





*Maria Tereza de Queiroz Piacentini, autora dos livros "Só Vírgula" e "Só Palavras Compostas", é diretora do Instituto Euclides da Cunha.

(Reprodução parcial da coluna "Não Tropece na Língua" nº 145, intitulada "GERUNDISMO E ENDORRÉIA" sob autorização expressa)



4.12.02

Especial para tias e tios corujas de plantão:

A mamãe coruja de plantão informa que o moleque que habita o quarto aqui ao lado, além de conseguir medalha de ouro na disputa de natação da última segunda-feira, hoje foi promovido no exame de faixa do judô.

Dá licença que vou ali me abanar e já volto.
Em 2003 pretendo ter:

- air bags
- cintura
- noites perfeitas de sono
- banheiro de rainha
- cozinha de gourmet

Portanto, neste Natal, quem era de presente que se contente com lembrancinha; quem era de lembrancinha terá meu caloroso abraço e desejos de boas festas e próspero ano novo (inclusive para mim). Bom, quem já tinha o abraço pode continuar contando com ele.

E, filho, Papai Noel mandou dizer que Max Steel Super Força com controle remoto a R$300,00 só quando você receber seu primeiro salário, tá? Ele ainda está pesquisando para ver se no restante da lista tem pelo menos um item que reflita a atual situação do país. Mas, como ele acredita que é de pequenino que se torce o pepino, está começando a achar que o presente mais indicado prá você é uma bela cartela de Simancol.

3.12.02

Antes da enchente de ontem, fui a uma competição de natação de que participaram meu amor e meu amor.

Os dois conseguiram subir ao ponto mais alto do pódio em suas respectivas categorias.






(roupas da Coopa Roca, fotos retiradas do Terra)

Muita gente descobre que pagar caro por uma roupa onipresente de uma grife famosa é o oposto do cool.

(tudo mais)

E por falar em moda, um viva pelo falecimento da moda da cabeça raspada e do cabelo cortado à máquina para os homens. Viva!
Estou em ótima companhia:

(...)sei que sou antipática e não posso fazer nada. Eu só falo de mim porque nem sei o modo de abordar você.
(Clarice Lispector em uma carta de 1944, citada por marina w)
A vida só pode ser assim chamada entre os 15ºC e os 30ºC.
A vida só pode ser assim chamada entre os 15ºC e os 30ºC.
A vida só pode ser assim chamada entre os 15ºC e os 30ºC.

2.12.02

Nunca ouvi a FM O Dia, mas o pessoal dessa rádio resolveu fazer uma promoção aqui em frente de casa, no outro dia, bem na hora em que eu voltava da hidroginástica. O povo que escuta a rádio vinha chegando correndo e eu lá, disputando uma entrada grátis para o cinema, numa débil tentativa de fila. Quando chegou minha vez, é claro que as entradas haviam acabado. Mas não fiquei triste em levar para cima um bonezinho para o moleque que faz coleção.

Quando cheguei em casa: surpresa! Minha sogra, que tinha trazido meu tesouro de umas voltinhas pouco antes, conseguiu pegar os convites. E meu herdeiro e eu fomos ontem, como convidados, assistir à pré-estréia de Stuart Little 2. Nas palavras de meu acompanhante, "um filme excepcional". Na minha opinião, poucas novidades para quem viu o primeiro, este sim surpreendeu com a qualidade dos efeitos especiais. Mas o importante é que ele agradou em cheio a quem tinha que agradar.

Também como mãe e acompanhante, fui passear pela floresta no sábado. A culminância do projeto do quarto e último bimestre na escola do pimpolho nos levou a nos embrenhar pela selva. Exageros à parte, foi uma manhã bem agradável na Floresta da Tijuca, com direito a um café da manhã caprichado em mesas muito bem postas que nos aguardavam num local chamado Meu Recanto. O único senão ficou por conta da bióloga que serviu de guia. Parece que foi parar lá por indicação de algum cacique e talvez ninguém tenha se preocupado em verificar como a tal pessoa se expressava. Entre milhares de pequenos erros de concordância ela cometeu o erro que uma bióloga não pode cometer. Ela ia começar a falar da flora dos animais quando foi eficiente e prontamente interrompida por uma atenta coordenadora.

E como uma cidade como o Rio não se cansa de expor possibilidades e belezas, à noite fomos assistir a Fale com Ela (finalmente!) num shopping quase deserto que desde a semana passada foi alçado ao posto de um dos meus favoritos. Além de estacionamento fácil, nada de adolescentes atochando corredores, bons filmes em cartaz (nenhum blockbuster sanguinolento), num lugar quase secreto, abrem-se restaurantes para um pedaço d'água que não conseguimos saber se era um canal, uma lagoa ou um braço de mar, a Pedra da Gávea, montanhas verdes. Com boa comida, boa bebida e boa companhia, o local fica muito próximo ao que pode chamar-se perfeição. (Da próxima vez levo o repelente para mosquitos)

Ainda devo uma visita à árvore de Natal na Lagoa Rodrigo de Freitas e preciso de uma praia para uniformizar meu bronzeado que está um tanto bagunçado depois de trocar com tanta freqüência o modelito de mergulho.

E para arrematar o formato querido diário, conto que fui a uma festa que foi ao mesmo tempo chá de bebê e bota-fora de uma amiga. Corajosa, ela muda-se logo depois do parto de volta para sua terra natal para compartilhar os banquetes de final de ano com seus familiares. Na saída, despedi-me dela como se fôssemos nos encontrar novamente na próxima semana. Talvez eu vá visitar o bebê quando ele nascer. Talvez eu guarde por muitos anos a imagem de seu rosto ainda mais arredondado pela gravidez, sorriso arrematado por profundas covinhas, as pernas pra cima para amenizar o inchaço próprio de seu estado e agravado pelo calor insuportável dos últimos dias, mas principalmente vou lembrar daquela aura de felicidade que envolve aqueles que acreditam que o futuro vai ser bem melhor e que ele já está aí.
Anota aí:

Na cadência do samba e do choro

Programação de dezembro da Sala Funarte Sidney Miller

Seg. 02 e Ter. 03 - Um Natal Especial - Projeto Arte Sem Barreiras
Qui. 05 - "M-Música desafina a fome"
Sex. 06 e Sáb. 07 - José Menezes e Liesbeth Nunes
Seg. 09 e Ter. 10 - Pedro Holanda
Sex. 13 e Sáb. 14 - Maria Teresa Madeira e Nicolas Krassik
Seg. 16 e Sáb. 17 - Feitio de Oração
Sex. 20 e Sáb. 21 - Rita Ribeiro


Como saideira do ano, temos uma programação que evoca a nobre alma popular de nossa cidade, valendo-se do samba e do choro. Será fácil notar também essa alma carioca pela presença rotineira dos músicos do mês nas rodas de samba e choro da Lapa. No palco da Sala estarão músicos como José Menezes (60 anos dedicados ao choro e ao samba); a pianista Maria Teresa Madeira (que inaugura agora uma parceria com o violinista francês Nicolas Krassik, e já teve áureos momentos na companhia de chorões como Altamiro Carrilho, Pedro Amorim e Paulo Sérgio Santos); o grupo Feitio de Oração (versado no samba e no choro, que tem entre seus integrantes o conhecido chorão Marco de Pina); e, representando a nova safra de músicos que se dedicam e
brilham na defesa destes rítmos, o compositor Pedro Holanda (apresentando seu próprio trabalho), assim como o cavaquinista Alessandro Valente (que integra tanto o grupo Rabo de Lagartixa quanto o Feitio de Oração). Essa programação é uma boa mostra do vigor e vitalidade que encontramos, mesmo após a virada do século, nesses dois ritmos essenciais da música popular brasileira.

Ainda neste mês, em seu primeiro evento, temos a tríplice apresentação dos Corais Desconcertando e Mãos em Canto com a dupla Miriam Esteves (piano) e Magda Bellotti (cantora) e a "saideira da saideira" será com a cantora maranhense Rita Ribeiro lançando seu CD "Comigo", no último programa do ano, dias 20 e 21 de dezembro.

Como programação extra, temos um grande evento no dia 05, uma quinta-feira: o projeto "M-Música desafina a fome", uma parceria do grupo M-Música com a Sala Funarte, promovendo um especial de Natal, com a presença de diversos artistas (entre eles, Arthur Verocai, Cláudia Telees, Cláudio Jorge, Fernando Leporace, Simone Guimarães e Sueli Costa), para o recolhimento de alimentos não perecíveis e contribuições diversas a serem encaminhados à Ação da Cidadania contra a fome, a miséria e pela Vida.

Em 2003, estaremos comemorando os 25 anos da Sala Funarte Sidney Miller, o teatro carioca da música, que durante esse percurso teve como meta o compromisso histórico com a música brasileira de qualidade. O público que freqüenta a Sala é também dono dessa história, porque ajudou a construí-la. Público especialíssimo que dá sentido a todo esforço que fazemos. Bom espetáculo, volte sempre, a Sala é sua!


Em dezembro sintonize a Rádio MEC (AM 800 - FM 98,9).
A Sala Funarte Sidney Miller estará lá!

Sala Funarte Sidney Miller
Rua da Imprensa, 16 (esquina com a rua Araújo Porto Alegre)
Próximo ao Metrô Cinelândia / acesso Pedro Lessa
tel.: (21) 2279.8087 / 2279.8107 / 2262.0481
e-mail: salafunart@funarte.gov.br
Ingressos: Segunda R$ 5,00 (preço único)
Terça, sexta e sábado R$10,00 (inteira)
e R$ 5,00 (estudantes, idosos e músicos)
Quinta, projeto "M-Música deesafina a fome"
-> 1 quilo de alimento não perecível OU R$ 3,00