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25.6.04

Eu odeio


Caga-regras em geral;
Quem não olha o próprio rabo;
Apatia;
Flacidez de caráter;
Mentira;
Falsidade;
Traição;
Preconceito;
Mau hálito, chulé e cê-cê;
Barulho de obra;
Burrice.
Ai, ai! Pois é...


"Gente que é fogo, no mais literal que possa ser a palavra. Fogo de entusiasmo, fogo de coragem, fogo de energia e de amor. Atividade e dinamismo, emoções determinadas, sucesso social. Audácia e aventura, firme disposição para qualquer empreendimento. Inteligência, muita inteligência, capacidade de reter grande volume de conhecimentos sem despender grandes esforços. Mentalidade inquieta e ansiosa, com mostras de imaginação ativa, incrível criatividade. Lógica e poesia, comando de muitas artes. Determinação e ousadia acima de tudo. Fogosa, difícil de domar, temperamental.Tem paixões à primeira vista, 'ferve', faz loucuras. Não gosta de conquistas fáceis. Prefere conquistar a ser conquistado. Precisa do amor romântico com um pouco de risco. Geralmente elegante, bonita, a ariana tem traços marcantes, orgulhando-se da própria beleza e do seu porte altivo. Quando ama, é sincera, apaixonada e leal. Orgulhosa, não admite recusa de amor. Que me desculpe, as mulheres de outros signos, mas a ariana é um ser privilegiado da criação."
(Wanderlino Arruda)

24.6.04

TPM


Quem, nesse mundo de Deus, toca o interfone da casa de alguém com quem não tem qualquer intimidade às 08h15 da matina sem nem ao menos ligar antes? E que tipo de espírito das trevas incita uma criatura dessas a fazer isso justo no dia em que a desinfeliz aqui está em plena TPM?

Depois, (mais) uma manhã infernal com telefone tocando sem parar, pedreiro, ajudante e engenheiro entrando e saindo, demolição do outro lado do rua, criança em pré-adolescência precoce discutindo tudo ponto por ponto... Da real necessidade do banho na vida urbana moderna, passando pela ditadura do dever de casa até a quantidade adequada de creme de desembaraçar cabelo. Outras questões relevantes: “Tarefas escolares e televisão: mutuamente excludentes ou mais um paradigma a ser quebrado?”, “A existência de Deus e a necessidade de manter o quarto arrumado: teorias ainda não comprovadas cientificamente.” e “Lágrimas e outros fortes apelos dramáticos: até onde se pode ir por um capricho?”

Eu considero que nessas horas é que sai Piaget e entra Pinochet.

Mas, para mim, Deus é sábio e criou o homem, que criou o milk-shake do ovomaltine do Bob’s. Momento de abandonar o almoço dietético sem graça em casa e cair de boca nas delícias da comida desqualificada e calórica preparada por desconhecidos.

E lá se foi uma fortuna com meias para mim, cada uma de uma cor. Tudo para combinar com meu novo/velho vestido. Eu não encontrei o chapéu desfiado de festa junina que eu queria comprar pro filho.

Eu achei na locadora o filme que eu queria ver (Adeus Lenin). Mas mim achou melhor trazer também uma comédia com o Steve Martin (A Casa Caiu) para relaxar. Eu olhei pro relógio e vi que já estava na hora de correr de volta, os peões estariam de volta do almoço a qualquer instante.

Mas sempre se pode dar um toquezinho pra melhorar e mim entrou na floricultura e voltou pra casa abraçando aquele lindo arranjo de flores do campo com o girassol. A providencial caminhada acompanhada de moderado surto consumista ajudou a aliviar o peso do prato imenso que mim devorou. Eu sabia que comendo daquele jeito não ia sobrar espaço nem tempo pro ovomaltine. Mas eu prometi pra mim que ainda vai rolar.

E quanto a isso, só tranqüilidade, já que eu e mim temos isso em comum. Ambas honramos nossas palavras. E no pequeno passeio fez-se a luz. Talvez a TPM pontencialize, quem sabe o cotidiano esmagador inflame, pode ser que o problema grave e insuportável exarcebe, mas o que realmente irrita, deprime, destroi e arrasa é a contumaz quebra das promessas e compromissos.

23.6.04

O FEIJÃO, O SONHO E A VIAJANTE DO TEMPO


Ao dobrar a esquina, na calçada estreita, quase tropecei no casal de adolescentes que, de pé, debuçavam-se um sobre o outro. Ele, protetor, talvez carrasco, passava um braço sobre os ombros dela e com a outra mão enxugava suas lágrimas. Ela, sofrida, quem sabe dissimulada, apoiava de leve a cabeça no ombro dele e murmurava sua lamúria.

Lembrei daquele meu sonho que jamais se realizará e quase chorei de novo. Um dia as lágrimas para essa quimera secarão e eu também. No vagar vespertino da rua residencial, quase pude me ver sentada ali no meio-fio, com aquele vestido quadriculado que eu adorava aos 8 anos, segurando o joelho ralado e ensangüentado e tentando engolir o pranto que poderia desencadear mais uma bronca. Era a menina na cena, sua voz, mas fala era minha:

- Mas, mas, mas... (fung, fung, fung) Tenho tanto amor pra dar aqui dentro de mim.

Não gosto de pet shops nem daquelas gaiolas, com bichinhos aprisionados, mas parei diante daquela, hipnotizada pelo olhar órfão do cãozinho. Perguntei telepaticamente se ele me entendia. Ele continuou me olhando, melancólico e solitário. Achei que a vitrine era um espelho. O gato siamês no box ao lado também me olhou. Só que altivo, desafiador, seguro e firme. Achei que também aquela vitrine era um espelho.

Subi as escadas do prédio antigo, brincando de claro e escuro com suas clarabóias. No fim dos degraus, a viajante do tempo me aguardava com cheiro de feijão.

21.6.04

Aqui jaz um post que não deu certo.

Lembranças eternas e saudosas da minha paciência e do meu tempo.
A Associação Saúde Criança Renascer, fundada em 1991 pela Dra. Vera Cordeiro, é um ONG sem fins lucrativos e sem filiação política ou religiosa.

O projeto nasceu da indignação de profissionais da área de saúde pública do Hospital da Lagoa, no Rio de Janeiro, frente ao sofrimento a que são submetidos as crianças miseráveis e doentes lá internados.

O objetivo da Associação é quabrar o ciclo vicioso:

"Miséria - Doença - Internação - Reinternação - Morte"

Nesses anos todos, o Saúde Criança Renascer já ajudou na recuperação e amparo de cerca de 4.000 crianças e 1.200 famílias. Eles doam medicamentos, alimentos, material de construção e intrumentos de trabalho. Também encaminham para empregos e cursos profissionalizantes, além de promover palestras sobre saúde para as mães em atendimento.

Sua missão é auxiliar, em conjunto com setores da sociedade civil, crianças e suas famílias, oriundas do Hospital da Lagoa, quebrando o ciclo vicioso e criando bases para a melhoria biopsicossocial e auto-sustentação.

A visão do grupo é transformarem-se em um centro de referência que permita a multiplicação do modelo atual, fornecendo serviços de alta qualidade e alto impacto na saúde de crianças e adolescentes. Montar uma instituição semelhante perto de cada hospital público do país.

COMO PARTICIPAR

Seja sócio:
Você colabora periodicamente com o Saúde Criança Renascer (via ficha de inscrição ou ppor telefone)

Apadrinhe uma criança:
Doe mensalmente 1 cesta de alimentos e/ou medicamentos durante 6 meses.

Doe ou arrecade:
Alimentos, roupas, brinquedos, material escolar, colchões, filtro d'água, fraldas descartáveis, etc.

Doe serviços:
Vagas em creches e escolas, empregos para adolescentes para adolescentes e pais, trabalho para diaristas, etc.

Seja voluntário:
Dedique seu tempo livre ao trabalho.

Divulgue o Projeto Saúde Criança Renascer:
Quanto mais pessoas souberem, maior participação eles terão.


Para saber mais e doar:

www.saude-crianca.org.br
renascer@montreal.com.br
renascer@saude-crianca.org.br

R. Jardim Botânico, 414
Parque Lage - Jardim Botânico
Rio de Janeiro - RJ
CEP 22461-000

Tel. (21) 2286-9654 / 2286-9988
Final de semana agitado e feliz.

Entre as diversas pequenas tarefas do sábado pela manhã, tínhamos que comprar algumas roupas de inverno para o Pedro. Aqui vai uma dica "di grátis" para quem trabalha no ramo de confecções: durante toda semana procurei em diversas lojas de rua e de shopping e não achei roupas para menino de 8 anos alto e robusto; quem investir nesse filão fica rico. Calça de moleton só consegui encontrar nas Lojas Americanas depois de bater muita perna, ter desistido e encomendado sob medida. Pijamas: impossível! Só uma loja tinha tamanho 12, mas ele disse que pijamas com figura do Tigrão ele não usava nem que a vaca tossisse. Pois é, ainda tem isso, a pré-adolescência precoce. Outro dia ele queria levar um jogo pra escola e eu peguei a primeira sacola que encontrei e coloquei o tal jogo dentro. Ele veio cheio de dedos: "Mãe, sua sacola é bonita, mas desculpa dizer, se eu aparecer com essa sacola na escola vão me zoar. Sacolinha rosa com florzinha não dá, né, mã?." Ó, céus!

Também fomos ao alfaiate. Eu queria recuperar um vestido pretinho que desmontei pra consertar e não consegui remontar. É uma coisa até trivial, não fosse o alfaiate ser uma das pessoas ainda vivas com números de campo de concentração nazista tatuado no punho e a pessoa que ele amavelmente me indicou para realizar o serviço. A costureira parece saída de um túnel do tempo: sua casa, seu cachorro, seu estúdio, suas maneiras, seu vocabulário, seu descompromisso com horários. O papo rende sem pressa, ela liga em horários inusitados para perguntar coisas sem importância. Uma figura folclórica. Tomara que o vestido fique bom.

Mas o evento do sábado foi mesmo o aniversário dos petizes da Lu. Como eles crescem rápido! Como são lindos! Tão adoráveis! Meu Pedro, que finalmente os conheceu depois de algumas tentativas frustradas, ficou encantado com os novos amiguinhos. Ele adorou a festa e as brincadeiras e nós ficamos muito felizes por termos sido convidados a participar de um momento tão alegre e rever a Lu, tão querida.

Domingão teve matinê de Shrek 2. Eu estava esperando um bom filme, mas assistia a um ótimo filme. Além de toda a graça dos protagonistas e da fuga das fórmulas esquemáticas dos contos de fadas, ainda traz diversas referências cinematográficas, que são deliciosas também para os pais.

E fomos tão cedo ao cinema porque de tarde tínhamos planos de ir ao Roça in Rio no Jockey. Foi muito bom. Um casal de amigos com 2 filhos nos acompanhou. Adoro festa junina, adoro comida, brincadeiras e roupas típicas e adoro uma badalação moderada. Tinha tudo isso e mais. Rolou show de pop rock satírico com uma banda chamada Parabrisas do Fracasso, e um bom show com o Reggae B (Bi Ribeiro, George Kid Abelha Israel, João Fera e outros grandes músicos) que acabamos não vendo até o final porque o moleque já estava cansado. Teve observação de celebridade também. A mulherada fez fila pra tirar foto com o bombeirão, aquele. O Bernard do vôlei ficou só dando entrevista com a tocha apagada na mão. As mulheres queriam mesmo era a mangueira. Mas o mais divertido foi na hora de vir embora. A gente saiu perseguindo o Sidney Magal.

A história começou há alguns dias quando Ricardo viu a Rosi Campos beijando o cantor em Da Cor do Pecado. Ele disse que a atriz deveria ser muito grande, porque já tinha visto o Magal de pertinho e que era muito maior que ele. Meu marido não é exatamente baixinho e eu disse que tudo bem, a Rosi é grande, mas que eu achava que devia ser porque na época bagaceira ele usava salto. Quando vi o moço pedi pro Ricardo ir se aproximando pra eu conferir se havia uma diferença tão grande assim de altura. Só que na hora em que a gente conseguiu se aproximar ele saiu descendo uma rampa. E lá fomos atrás, perseguindo disfarçadamente pro sujeito não notar. Isso durou um tempo, até que consegui fazer a verificação? Magal é mais alto uns dois dedos. Portanto a Rosi ou atua sobre um banquinho ou dá duas de mim, que tenho 1,78 m.

E aqui mais uma dica de negócios gratuita. Se você pensa em investir no ramo de alimentação, não hesite. Pastéis são ótima pedida. A fila para a barraquinha do pastel eram bem grandes, mas ela estava, no máximo, em terceiro lugar. Na segunda posição, o cachorro-quente não fez feio e já era uma pista para a vedete do gosto popular. A barraquinha campeã tinha aquela fila imensa que fez a gente duvidar que as pessoas estavam realmente pagando pela iguaria. Tamanha fila, só para refeição gratuita. Mas não. Esta é a indicação definitiva e passo pra você de bandeja: invista tudo em salsichão!