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19.3.05

DEZ frases de um repolho
(Lula Branco Martins)

Coisas que a garotada anda falando por aí. E que fazem, de cada um deles, uma verdura em potencial


1. ''Estudar História pra quê?'' É só isso que eles questionam na vida. Disciplinas como História, Filosofia e Literatura, as humanidades enfim, não fazem a cabeça dos jovens repolhos. Dá a impressão que eles se bastam em sua ignorância.

2. ''Chaplin? É muito chato!'' É, eles acham chato tudo que é patrimônio cultural da humanidade. Deviam ser amarrados na cadeira, forçados a ver obras-primas.

3. ''Política e religião não se discutem.'' Frase que os repolhos repetem pois não sabem nada, não se informam. Como então discutir alguma coisa?

4. ''Ler dá uma dor de cabeça...'' Sim, pois a dita cuja está enferrujada. Porque esses vegetais não lêem livros, jornais, revistas, e aí ficam todos travados.

5. ''Só no Brasil mesmo!'' Bordão que os repolhos levarão para a vida adulta se não se interessarem em conhecer melhor o que acontece pelo mundo.

6. ''Não ouço Beatles, não são do meu tempo.'' Nem Beatles, nem Tom, nem Bach. Nenhum clássico é do tempo de um repolho que só ouve bodegas na TV.

7. ''Papo intelectual me deixa irritado!'' Claro, afinal de contas, pensar, refletir, criticar e questionar deve machucar demais essas cabecinhas de verdura.

8. ''Ooooi, tem alguém na sala?'' Melhor frase deles na internet. Daí em diante é ''gatinho'' pra cá e ''como você é?'' pra lá, numa grande rede de repolhagem virtual.

9. ''Que corpo sarado!'' Ninguém diz que um amigo ou amiga tem uma ''cabeça sarada''. Só corpo vale. Não percebem que as mentes estão doentes.

10. ''Num sei...'' O professor pergunta: ''Entendeu?'' O aluno balança a cabeça e diz: ''Entendi.'' O mestre prossegue: ''Explica!'' O repolho não consegue.



(fonte)
VEM, VENTO

Ruminar arrependimento, preocupação e angústia não faz o meu estilo. Geralmente minha cabeça, já bem educada neste aspecto, não se perde nesses labirintos. Porém sempre tem aquela noite em que o sono custa a vir ou aquele dia mais turvejante em que a gente se descobre a um passo dessas armadilhas.

Uma coisa que gosto de mentalizar nessas horas é uma nuvenzinha bem escura e pesadona, daquelas que a gente vê por sobre a cabeça de tanta gente por aí. Então cantarolo:

“Vem, vento
Caxinguelê
Cachorro do mato
Quer me morder”


Ou em casos mais urgentes, evoco rapidamente: “Vento!” ou “Sopro!” ou ainda simples e onomatopeicamente “Fuuuuuuu!”.

Quando o que tenta se apossar de mim são lembranças tristes, esconjuro com “Algodão-doce!”. Dá pra ficar melancólico pensando numa matéria etérea cor-de-rosa que sempre está cercada de sons e imagens infantis, música e festa? Entretanto ultimamente venho evitando fixar minha alma nisso, principalmente quando o sentimento negativo me acomete sob o edredon. É que vai me dando uma larica...

E acabei descobrindo outra palavra mágica: “Veleiro!”. O cheiro e o balanço suave do mar, o toque da brisa e do sol na pele, o horizonte, o céu...

Como açúcar na água, baixo astral se dissolve com lufadas de iodo, mesmo que apenas imaginário. É importante manter os cantos do espírito bem arejados.

18.3.05

A Farra na Câmara


CAMPANHA CONTRA A FARRA NA CÂMARA


Sabemos que sair às ruas é complicado devido a compromissos diários, então proponho que no dia 22/03/2005, todos ao saírem de casa vistam camisas/blusas pretas. Se você não tem amarre um lenço/pano preto no braço ou em qualquer lugar. Isto vai ser um sinal de repudio à palhaçada que virou a política Brasileira.
DEMONSTRE sua indignação!
Envie este texto ao maior número de pessoas.
A IDÉIA É FAZER ESTA MENSAGEM CHEGAR A MILHÕES DE PESSOAS .
Está marcado para o dia 22/03/2005, a campanha contra a farra na câmara.
Severino Cavalcanti, ganhou a presidência da câmara fazendo campanha prometendo aumento para os deputados.
Como é possível em um país , onde milhares de pessoas passam fome, deputados receberem aumentos absurdos como este que propõe o grande amigo do povo , Severino Cavalcanti.
Gente, o Brasil é um país viável. Não temos terremotos, furações, etc... O que precisamos é acabar com a corrupção que faz com que o povo viva oprimido com uma péssima distribuição de renda. Precisamos de gente que queira melhorar o país, e não de quem só pensa em si.
Esta vergonha nacional não pode acontecer. Deputados, senadores, vereadores, etc... devem ser tratados igual um trabalhador normal, com data base para aumentos e, se faltar tem que ter descontos. Sem auxilio paletó e mais um monte de auxílios que eles mesmos inventam .
O governador de Minas Gerais , que disse ter saneado as dívidas do estado, disse também , que se o aumento for aceito, Minas , que pôs suas contas em dia , não mais conseguirá pagar em dia porque o efeito cascata afetaria vários servidores do Estado.
VAMOS DAR UM BASTA .
O novo presidente da Câmara dos Deputados, Severino Cavalcanti, disse que nós Brasileiros não nos importamos que o salário deles aumente de R$ 12.000,00 para + ou -R$ 22.000,00.
O que vocês acham disso? Para mim ninguém perguntou nada.....
A farra no Congresso Nacional:
Salário: R$ 12.000,00
Auxílio-Moradia: R$ 3.000,00
Verba para despesas: R$ 7.000,00
Verba para assessores: R$ 3.800,00
Verba de gabinete mensal: R$ 35.000,00 e tem mais...
- Direito a transporte aéreo: 04 passagens de ida e volta a Brasília/mês;
- Direito de contratar até 20 servidores para cada gabinete;
- Direito ao recebimento de 13º e 14º salários, no fim e no início de cada ano legislativo;
- Direito a 90 dias de férias anuais;
- Direito a folga remunerada de 30 dias;
ISSO TUDO É PARA CADA UM DOS 514 DEPUTADOS !!!!
DINHEIRO QUE SAI DOS COFRES PÚBLICOS, DO SEU BOLSO, CIDADÃO !!!

DEMONSTRE sua indignação! Envie este texto ao maior número de pessoas.

A IDÉIA É FAZER ESTA MENSAGEM CHEGAR A 110 MILHÕES DE ELEITORES . Duvido que a coisa não mude!!!! Quem sabe, este é um dos caminhos possíveis para mudar o país.
Uma tenta se apossar do que tenho de mais íntimo e gane imprecações às minhas costas a uma altura calculada, suficiente para que meu ouvido as perceba, mas não para que eu possa tomar qualquer atitude sem me deparar com um passive-aggressive "quem eu? imagine!". Devolvo música suave, cantarolada com toda doçura que eu consigo imprimir na minha voz e a deixo surpresa, confusa e furiosa por não ter atingido o intuito de arruinar meu dia. No meu CD player mental toca Riachão:

Ela quer me ver bem mal
Vá morar com o sete pele que é imortal


A outra discute uma idéia minha como sua, depois de tê-la rebatido com absoluta e inclemente veemência quando a apresentei, cuidando de inventar toda sorte de obstáculos para sua realização. Sorrio e elogio tudo o que sinceramente vejo de positivo nela. Isto vai entrar para o carma dela, não para o meu. Escrutina minhas palavras e meus atos com o indicador pronto para enrijecer-se em minha direção. Ela se rói. Eu me rio.

14.3.05

Os grupos femininos que compõem as Tendas e clãs do Sul completaram dez anos de existência e, hoje, envolvem mais de trezentas mulheres em diferentes cidades do RS e SC. Buscando celebrar esta trajetória, estamos lançando um livro que foi organizado por Lúcia D. Torres (mentora desta metodologia) e escrito por quarenta mulheres de diferentes idades, escolaridades, classes sociais, estado civil, opções políticas e religiosas, profissões... ( Tendas e clãs do sul - jornadas femininas de amor e cura. Ed. Dacasa)

Muitos livros teóricos já foram escritos sobre os arquétipos e a psiquê femininos. Quisemos demonstrar, através de nossas experiências de vida, como estes arquétipos se manifestam no nosso cotidiano doméstico e profissional. Fizemos questão de não interferir nos testemunhos recebidos, por isto, os textos têm estilos muito diferenciados, já que foram escritos em situações das mais variadas, algumas inspiradas pela dor, outras pela fé, outras pela alegria... Foram escritos, sobretudo, com o coração. Algumas mulheres preferiram usar pseudônimos, ou somente as iniciais de seu nome, ao invés assinar os textos com seus nomes pessoais. Foi oferecida e respeitada esta escolha.

Estas jornadas femininas de amor e cura têm contribuido para o resgate da inteireza de muitas mulheres e, por conseqüência, têm curado muitas feridas que elas traziam ainda abertas. Com isto, a família planetária vai-se curando também. Outros campos morfogenéticos vão surgindo porque estamos construindo relações mais harmoniosas, saudáveis, cooperativas, amorosas, verdadeiras e belas entre mulheres, entre mulheres e homens , entre mulheres, homens, o planeta Terra e o Universo.

Neste momento de rara beleza em nossa trajetória compartilhamos os frutos deste sonho. E oferecemos a todos os corações o aprendizado desta caminhada.

Lançamento oficial do livro (vendas e autógrafos) - dia 19/03/05, a partir das 18h, no Auditório do Banco Central ( R. 7 de setembro, 586 - Centro - atrás da Casa de Cultura Mário Quintana.

Valor do exemplar: R$ 20,00 (165 páginas) + despesas de envio (correio comum e/ou Sedex)



ÍNDICE

Poema de abertura
Por todas as nossas relações
A Tenda

·Introdução
"Artemísias Urbanas " - o porquê deste livro
Quem sou ?

·Cap. I - No tempo da Lua
A lua e a flor
As quatro faces da lua
A menarca
A passagem para a vida adulta
A voz das filhas
A voz das mães
A voz das avós
Da lua crescente para a lua cheia
Reflexões de uma garota de vinte e poucos anos
Poemas lunares

·Cap. II - Afrodite desde sempre
A sexualidade feminina - corpo, psique e seus mistérios
Encontrando Perséfone (ou a descoberta da sexualidade)
Resgatando a sacralidade do sexo
Quando Perséfone diz adeus a Deméter

·Cap. III - Nos desafios de Palas Athenas
Vestibular - um ritual de passagem dessacralizado
Professar a vocação, responder à promessa
Professora por opção
A coragem de mudar de rumo
A saia
As tecelãs
A história do xale
A história do tapete

·Cap. IV - Que (H)era vivemos?
A renúnciaO jogo
Desvelando mentiras e superando comodismos
Minhas escolhas
Coragem grande é dizer sim
Ritual de passagem
Sobre ser forte ou ser frágil
Minha história
Solidão a dois
Aprendendo a andar junto

·Cap. V - A vez de Deméter
Ser ou não ser ... mãe : eis a (difícil) questão
Gestações nunca são iguais
Maternidade e solidão
As escolhas dos filhos e os desafios dolorosos de Deméter
Mães e pais que dizem adeus
A fala de Perséfone
Adoção tardia

·Cap. VI - No tempo da Sábia
Menopausa
Tempo difícil
Tempo de renascer
Tempo de escutar, tempo de contar estórias
Aprendendo a me ouvir
Filhos que partem, o útero que sonha
A Bênção das avós

.Cap. VII - As Guardiãs da Chama
A Argonauta
Quando o Sagrado se revela
O cuidado em manter acesa a chama
A presença
Vivendo o Sagrado no cotidiano
Círculos que se abrem, mas não se rompem
Círculos femininos - ciclos femininos / testemunhos
O serviço planetário
As origens dos círculos femininos da Tenda da Terra e da Tenda da Lua
O movimento
Guardiães do Amanhã

13.3.05

- E então, filho, como se chama quem come de tudo?
- Guloso.
- Não. É o... o... o...
- Obeso!
- Onívoro, pelo amor de Deus, onívoro!


- Você nunca presta atenção no que eu digo. Você não me ouve e...
- Peraí! Pára de falar e me escuta! Claro que eu te ouço...


- Você sempre me contradiz. Tudo o que eu digo você diz que está errado.
- Não, não, não e não. De jeito nenhum! Você está errada. Eu concordo com tudo o que você diz.