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10.10.03

quandoéqueseabreumaportaaberta?
(resposta no final do post)



Living de pegnoir

Quando eu era pequena, no bairro onde eu morava, o sinal da Rede Globo não chegava com nitidez. Só no final dos 70 é que colocaram uma super-antena lá no alto do que dizem ser um vulcão extinto e eu finalmente me vi livre de chuviscos e fantasmas. Antes, preferíamos a Tupi, não pela programação, mas porque conseguíamos ver o que se passava. Crianças, vocês estão diante de uma balzaquina testemunha ocular da história. Sim, eu assisti a TV Tupi.

E eu acho que foi na extinta emissora que eu vi uma cena de novela que jamais me esqueci, embora, como muitas outras memórias remotas minhas, ela viva adormecida e só desperte à força de algum estímulo do mundo presente. Não me lembro qual eram os atores, nem qual era o folhetim televisivo, mas recordo que ele era um mordomo daqueles bem caricatamente pernósticos e ela uma moça simples que acabara de casar-se com um ricaço. Os dois fizeram um trato de que ele ensinaria a ela como portar-se no novo ambiente social.

Na tal cena ela vinha esbaforida da parte íntima da casa, porque tinham avisado que havia uma visita a sua espera. O mordomo a olha com total reprovação. Ela o puxa para o canto e pergunta o que estava errado. Ele empina o nariz e responde:

- Madame, uma dama jamais vai ao living de peignoir.

Eu, que queria crescer e ser uma dama, corri para Mamãe para saber onde é que ficava aquele lugar onde nunca deveria ir. Será que era perto de casa ou na Europa, o tal Lívin Dipenhoá?


Resposta: Quando Berta bate à porta.

9.10.03

Será que a Marina Lima não tem um amigo sincero que sente com ela e diga:

- Escuta, querida, sua voz acabou, já era, babau, kaput. Pega toda essa sua musicalidade e gosto musical estupendo e concentre-se em composição, ou invista na carreira de instrumentista, ou vai produzir o trabalho de alguém. Cantar não dá mais, nega.

8.10.03

Prenhe de idéias.
Tricotando projetos.
Aguarde convite para o batizado.