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13.6.03

Pobre quando recebe pagamento, esquece a senha do cartão do banco.

Ajuda eu aí, tio.
Hortelã
Mentha


Histórico

Segundo a mitologia grega, Mentha era uma ninfa de um deus grego transformada em Hortelã pela maldição de sua esposa enciumada. Por seu perfume marcante, era tratada quase como erva sagrada pelos árabes. Quando ameaçadas de morte por serem proibidas de beber vinho, as mulheres romanas mascavam Hortelã com mel para disfarçar o hálito. Existem referências de uso no piso de sinagogas e igrejas italianas.

Uso culinário

Aromática e perfumada, a Hortelã é básica na cozinha árabe, tanto no preparo de pratos típicos quanto na decoração. Também é muito usada no preparo de chás, assados e grelhados em geral. É indicada para enriquecer sobremeses.

Uso terapêutico

O chá de Hortelã é indicado para tratamento de gripes e má digestão. O gargarejo alivia dores de garganta. Pode aliviar picadas de insetos.
EU QUERO, PRECIS0, NÃO POSSO VIVER SEM


Autor canadense satiriza a auto-ajuda e a filosofia da consolação
XICO SÁ
da Folha de S. Paulo



No Brasil, já afogaram até os gansos nas águas térmicas e milagrosas da auto-ajuda. Os danados são protagonistas de "O que Podemos Aprender com os Gansos", livro de Alexandre Rangel. Em vez da tortura do foie gras, os bichos mostram que tudo conspira para a felicidade.

O Tibet é bem ali na esquina, a R$ 1,70 de ônibus apertado, nas quebradas do Jardim Irene. Só é pobre quem quer. Tudo tem seu preço, reflete Zibia Gasparetto, escriba do ramo. O editor Edwin de Valu, personagem principal de "Ser Feliz", romance do canadense Will Ferguson, acerta no milhar quando publica "O que Aprendi na Montanha", de um certo Tupak Soirée. Fenômeno.

É o livro definitivo do gênero. A América está condenada à felicidade. Os drogados não voltam mais ao pó, os alcoólatras afastam-se dos seus cálices, os maridos preguiçosos e flatulentos viram os bambas do sexo tântrico.

Edwin diz a May, colega de trabalho com quem vai para a cama: "Isso é uma panacéia para todos os males humanos. É o segredo da felicidade, durante eras procurado pelo filósofos, finalmente descoberto". É uma citação, do escritor inglês Thomas de Quincey, que o editor carrega no bolso.

Edwin só queria explicar a May que a auto-ajuda é o ópio da nossa era. "E nós controlamos o mercado. Isso não é uma editora. Não estamos vendendo livros, estamos vendendo ópio."

"Ser Feliz" é uma comédia de neuroses sobre a praga da auto-ajuda e da escrita de consolação. A busca pelos livros de sucesso, a relação de escritores com a editora, as fórmulas (o ideal para um best-seller é possuir 60 mil palavras), o plágio desavergonhado, a picaretagem para enganar os trouxas. Um porre de felicidade.

O autor é divertidíssimo. Literatura de entretenimento, essa coisa que, segundo o poeta e crítico José Paulo Paes, sempre fez falta no estoque das editoras brasileiras e bancos escolares. "Ser Feliz" não carecia ser tão gordinho de páginas, poderia ter ficado nas 309, como se comenta em uma reunião da editora de Edwin sobre o ideal para um romance. Mas quem disse que isso é defeito?

Ser Feliz
Lançamento:Companhia das Letras
Autor:Will Ferguson
Quanto:R$ 41 (400 págs.)


11.6.03

This is my new blogchalk:
Brazil, Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, Maracanã, Portuguese, English, Carla Cintia, Female, 36-40, Cinema, Music. :)

9.6.03

Hoje a secretária do meu amor não foi trabalhar. Está cumprindo a dolorosa e sofrida tarefa de sepultar a sua mãe.
Hoje a minha diarista não veio. Está cumprindo a dolorosa e linda tarefa de parir uma menina.

Encontros e Despedidas
(Milton Nascimento & Fernando Brant)

Mande notícias do mundo de lá
Diz quem fica
Me dê um abraço venha me apertar
Tô chegando
Coisa que gosto é poder partir sem ter planos
Melhor ainda é poder voltar quando quero
Todos os dias é um vai-e-vem
A vida se repete na estação
Tem gente que chega pra ficar
Tem gente que vai pra nunca mais
Tem gente que vem e quer voltar
Tem gente que vai querer ficar
Tem gente que veio só olhar
Tem gente a sorrir e a chorar
E assim chegar e partir
São só dois lados da mesma viagem
O trem que chega
É o mesmo trem da partida
A hora do encontro é também despedida
A plataforma dessa estação
É a vida desse meu lugar
É a vida desse meu lugar, é a vida.


Na íntegra, como saiu aqui em 13/12/2001, o meu texto republicado no blog da tal Tati sem crédito:

Recebi uma notícia de morte. Não era alguém muito próximo, mas fazia parte de um grupo ao qual pertenço. Além disso, uma morte precoce sempre nos alerta, nos impele a avaliações.

Não faz muito alguém segurou na minha mão e perguntou se eu havia morrido. Temo dizer que sim e me escondo no escuro e no silêncio. Não sei se morri, mas com certeza estou mais etérea, quase diáfana. Essa transparência traz vantagens e também desvantagens. Posso ser eu à vontade em meu próprio mundo particular e oculto. Entretanto as pessoas passam através de mim sem saberem que depois tenho que repor tudo no devido lugar sozinha. E elas sequer se dão conta disso.

Tinha um sonho que quase se cumpriu uma vez antes de transformar em pesadelo. Hoje já o abandonei porque sei que ele só me traz sofrimento. Tenho outros que não sei se já passaram do tempo. Talvez sim. Não é confortante a idéia de que se passou da idade para certas coisas. Foco então no possível e tento, do meu jeito canhestro, torná-los reais, que não sou do tipo de gente que se farta com migalhas e restos. Revirar lixeiras? Estou fora! Nasci para brilhar. E gosto de ter a minha volta quem, como eu, saiba polir. A si mesmo e a mim. Gosto de quem também sonha bonito. Gosto de realizar sonhos, que sonhos não realizados são espinhos doloridos demais. Felizmente há ainda muito tempo para muita coisa. Dou as boas vindas a quem se dispuser a embarcar comigo. Para os demais, lenço branco.

Mixaria me cansa. Gosto da fartura de sorrisos, de carícias, de afeto, de troca, de amor. Comedimento é coisa para fracos. Sou franca e não gosto de jogos. Nem dos de guerra, nem dos afetivos, nem dos das regras sociais. Quero arrebatamento! Quero tesão! Quero amplos gramados onde possa soltar as feras da minha insanidade sem ferir ninguém... Fazer-me miúda para não incomodar me exaure e me adoece. Quero espaço para ser! Rir quando estiver com vontade e ter motivos para querer a toda hora.
Muito desagradável esta história da tal menina Tati, que andou copiando tantos textos próprios, citações e figuras do blog da Claudia e até um meu que nossa deusa olímpica citou por lá (creditado, evidentemente).

Minha amiga é uma lady e passou uma descompostura com uma classe que é só dela. Eu aqui já estava preparando um belo escândalo. Mas tem gente que tem sorte, viu, dona Tati. Ontem o Blogger não queria conversa comigo e não me deixou enviar o post rodada de baiana e hoje já estou em outra vibe.

Acho que não se deve mesmo trabalhar no final de semana, senão Papai do Céu castiga. Ontem nada rendeu. Consegui terminar o serviço que é pra entregar hoje, mas nunca me foi tão custoso. Isso sem falar dos incêndios informáticos e da vida social.

Quem não foi no Degusta Rio perdeu uma ótima diversão e um programa literalmente delicioso. No Armazém 6 do Cais do Porto, alguns dos melhores restaurantes da cidade com pratinhos de degustação a preços realmente baixos. A única coisa cara era a cerveja, mas a Bohemia pode ser cara que eu pago. Além de toda a mítica em torno da marca, há uma história afetiva: numa época em que morei em Petrópolis havia na minha rua uma seqüência que começava pela casa onde eu, universitária, alugava um quarto, passava por um bar onde bebíamos e cantávamos muito e terminava - na minha referência, lógico - na fábrica da Bohemia. Bons tempos!

Voltando a 2003, recomendo que fiquem de olho no próximo ano para não perderem este programão. Só tinha gente (com cabeça de) magra lá.

No sabadão ainda fomos ver Todo Poderoso. O filme é bem legal na primeira metade, mas vira uma chorumela moralizante e sentimentalóide no final. Continuo amando Jim Carrey, acho o cara genial. Mas, francamente, o que deu na cabeça destes caras de Hollywood, hein?

Só mais uma coisinha. Estava eu em um churrasco, me divertindo, interagindo numa muito boa, de repente alguém aparece com uma TV e a desculpa de que era a final do campeonato. Um monte de caras embasbacadas diante do aparelho. As caras rubro-negras foram ficando mais rubras que negras, principalmente depois do gol do Cruzeiro. Depois de um gol anulado, o Mengo consegue empatar nos últimos instantes do jogo. Eu, na minha ingenuidade feminina, depois de ver a festa propriamente dita entrar pelo cano, ou melhor, pelo tubo de raios catódicos, pergunto, temendo ter que ficar paralisada por mais algum tempo ainda, se agora viria uma prorrogação ou os pênaltis. Sob sorrisinhos debochados de machos que detém todo o ocnhecimento futebolístico e em bando gostam de se iludir que são muito superiores às mulheres recebo a resposta de que não, há ainda outro jogo a ser realizado em BH.

Fala sério, mermão! Interrompem uma festa, fazem shhhh a toda hora, olham de cara feia quando a gente passa em frente ao monitor para pegar outra cerveja, ignoram fêmeas lindas e maravilhosas e a final não finaliza nada?