Pesquisar este blog

13.7.02

Uma mulher não deseja engravidar. Tenta marcar uma consulta com o ginecologista para saber que pílula anticoncepcional usar e só consegue marcar para setembro. Até lá arrisca no improviso ou prepara-se para aumentar a família. Em que outro país isso poderia acontecer?







































Só na Suécia mesmo!
(aqui)

11.7.02

Não sei quem gostou mais do livro Mania de Explicação da Adriana Falcão, eu ou ele. Mas sei que fiquei com uma vontade grande de estar lá quando a autora visitou a escola na culminância de todo o trabalho que desenvolveram sobre o livro.

Ontem foi a reunião de pais para a conclusão do segundo bimestre letivo. Recebemos os relatórios, avaliações e trabalhinhos realizados no período. Entre tudo isso estava um dicionário preparado na aula de informática. É baseado no Mania de Explicação, só que com as idéias dos pimpolhos. A versão do moleque já está online. Claro que desta vez tive que dar uma mãozinha com a (re)digitação. Mas foi só um pouquinho. E não mexi nem uma letra na criação dele.

Minhas definições favoritas são para "alarme", "fundo" e "hoje". Você quer escolher a sua?
Ontem foi por uma boa causa que me meti a preparar a receita de pizza de batata. Foi uma delícia receber gente tão boa.

O problema foi que misturei pizza, cerveja, muitos belisqueites e coca-cola. Resultado: hoje tive uma tremenda ressaca moral. Para me arrasar de vez me obriguei a subir na balança.

Decidido: tenho que perder 5 Kg! Retiro de sobre os ombros dos míticos 63 Kg a carga de serem minha meta. A partir de hoje ocuparão a posição de doce - não doce não!, afetuosa - lembrança da juventude.

Hoje depois de uma carona caída do céu até a primeira parada, fui andar um pouco na rua aproveitando o raro frio nesta cidade. O pessoal que vem de fora deve achar muito exótica e sexy a forma como nos vestimos por aqui no calor. Pois acho muito charmoso todo mundo enrolado em casacos. A beleza deve estar mesmo no extraordinário.

Então foi assim, depois de cumprir uma tarefa de mãe, fui cumprir uma de esposa e comprei o presente para a afilhada do meu amo e senhor. Claro que aproveitei para olhar outras vitrines. E acabei sendo mãe de novo e comprei o presente para o aniversário de uma amiguinha do filho. Meu lado mulher teve que pastar, isto é, o almoço foi uma salada.

A profissional recebeu boas notícias. Saiu parte daquele pagamento que estava custando a sair. Amanhã, novidades em outro front que a gente tem que ir abrindo caminho em diversos flancos.

Anoto mentalmente que tenho que contactar a colônia de férias se não quiser enlouquecer na próxima quinzena. E lembro que preciso de uma resposta. Terreno minado. É duro ser mãe, esposa e eu ao mesmo tempo.

A mulher ouviu uma declaração sem estar esperando e isso é sempre muito bom. [Não esquecer que aqueles seres estranhos chamam de gostosura o que o espelho insiste em apontar como excesso de peso.]

A serotonina vai bem, obrigada.
Às vezes me atrapalho.
Este link está para entrar aqui há dias:

9.7.02

Para começar, um escracho: eu vejo novela. Às vezes a TV só fica ali, ligada enquanto termino de ler o jornal, brinco com meu filho ou simplesmente relaxo um pouco, pensando no nada. Na época em que andava muito triste assistia àquelas séries norte-americanas que passam na Sony e na Warner. Ô Cride, fala prá mãe...

Foi assim que comecei a pensar num recurso comum da teledramaturgia que algumas vezes já vi acontecer diante de mim sem a intermediação dos raios catódicos (a arte imita a vida ou vice versa?). É comum a mocinha ter por perto uma confidente. Para ela conta tudo e ela sempre está por perto para auxiliar a protagonista. Assim ficamos sabendo o que se passa na cabeça e no coração da personagem principal sem que se precise recorrer às fantasmagóricas vozes em off. Geralmente pouco sabemos dessa segunda personagem, já que ela só está ali como escada. Ela não interessa. E parece que algumas pessoas pensam assim: que só sua existência importa.

São como a personagem da (argh, puf, puf!) Regina Duarte em Desejos de Mulher. Ela perde tudo, carreira, marido, dinheiro, casa, tudo, tudo, tudo. Alguns de seus antigos empregados permanecem com ela. Acho que são uma secretária, o motorista e a copeira. Todos são extremamente dedicados a ela. Todos se propõem a trabalhar de graça para ajudá-la a reerger-se. Todos oferecem seus ombros para seus soluços. Claro que todos também ficaram desempregados, mas isso é detalhe. De repente, a ex-copeira trai a ama, digo, amiga. Ela se justifica dizendo que precisava de dinheiro para cuidar do filho doente. Claro que é justamente execrada.

Eu disse justamente? Pois a grande amiga sequer sabia a outra tinha um filho, muito menos que estava doente. Que piorara e estava à beira da morte? Nem pensar!

É só um exemplo da lógica televisiva, absurda e parcial como deve ser ali. Mas e quando acontece bem aqui? O fulano cobra, cobra e cobra dos amigos. E onde está a amizade dele? Em que situação ele perguntou ao outro como se sentia, o que se passava com ele? Quando foi que deixou claro que se podia contar com ele? (Lá de onde vim, diria-se "só venha a nós, do vosso reino nada".) Talvez a personagem de La Duarte respondesse que sempre deu seus sapatos usados para moça, que no Natal oferecia uma cesta com arroz quebradinho e vinho sangue de boi. Faz parte da maneira particular de raciocinar das heroínas dos folhetins.

Agora se nem em novelinha das sete eu tenho paciência para complexo de diva...
Porque não tenho vocação para vítima:

1 - Ao dar de cara novamente com o idiota do rottweiler à porta da escola, reportei-me imediatamente à direção da qual passo a exigir a partir de hoje providências enérgicas quanto ao assunto. Já tenho montado o plano B, caso isso não seja solucionado na diplomacia e na conversa.

2 - As cortinas permanecem fechadas e já estou cansada de ouvir palavras de baixo calão à minha janela. Mas não vou ficar aqui reclamando da vida. Reduzi drasticamente a lista das coisas a fazer em casa hoje e estou de saída. Volto quando acabar o expediente dos peões.

3 - Como as implosões estavam causando insônia, taquicardia, queda de pressão e piriri, volto ao esquema de sempre: bateu, levou.

4 - Só me tem quem me merece.

8.7.02



Copiei daqui.
Da série adoro ser feliz: Claudinho

Quer ser mais feliz com sua amada? Dê-lhe muito mais que amor, dê-lhe o encantamento. Viva inteiro - corpo e mente - para ela. Seja dela sem medo. Faça-a acreditar que em nenhum espelho a imagem dela é mais perfeita que em seus olhos. E, quando ela quiser brincar sozinha no carrossel, deixe-a ir, mas não desgrude os seus dos olhos dela, e esteja pronto para correr ao encontro dela, depois da última volta, braços abertos, como se fosse a primeira, a vez mais importante. Escove os cabelos dela com seus dedos, com seus pensamentos.

Quem ama de verdade se entrega, sem receio de se perder. Quem se preserva decreta a extinção do amor.

Não se arrisque a matar o amor de sede, de fome, de insuficiência de atenção.

Experimente o amor brincante, brinque, dance para ela. Seja homem-criança por ela, só com ela, dentro dela. Mas não seja irresponsável, que não tem nada a ver com ser criança...

Morro de medo de olhar de repente para a janela e ter alguém estranho lá, me encarando.
Já aconteceu e foi horrível.
Agora estão limpando o prédio e os andaimes estão subindo em direção ao meu andar.
Quero fugir daqui.