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12.5.06

INGRATIDÕES


Muito raro nos corações, por enquanto, o sentimento da gratidão. O semblante afável, a voz melodiosa, a atitude gentil no ato da solicitação do auxílio, quase sempre se convertem em sisudez, verbetes duros, gestos bruscos no momento de retribuir. Gratidão prescreve altruísmo, amplitude de espírito, riqueza de emoções. Como o egoísmo prossegue triunfante, em grande número de pessoas, estas, mesmo quando sentem as expressões do reconhecimento repontarem no imo, se asfixiam, vencidas por controvertidos estados íntimos. Algumas alegam que não sabem retribuir, que se constrangem, sentem receio, envergonham-se... E olvidam que é sempre mais feliz aquele que dá, felicitando-se, também quem retribuir sentimentos, gestos ou palavras.

Retribuir com ternura, com expressões de afeto, com gestos de simpatia fraternal em testemunhos de solidariedade constituem formas de gratidão no seu sentido nobre. Não apenas por meio de moedas, objetos, utensílios deve ser a preocupação dos que se beneficiaram junto a alguém, buscando exteriorizar ou traduzir gratidão de que se sentem possuídos. Sê tu quem doa reconhecimento, quem resgata a dívida da gratidão pela fidelidade, afeição e respeito a quem te foi ou te é útil. Nunca esqueças o bem que recebeste, embora se modifiquem os quadros da vida em relação a ti ou a quem te beneficiou.

Se alguém te retribui com a ingratidão o bem que doaste, exulta. É sempre melhor receber a ingratidão do que exercê-la em relação ao próximo. Se ofertaste carinho e bondade, sustentando a alegria nos corações alheios e te retribuem com azedume ou indiferença, alegra-te. O ingrato é alguém que enlouquece a longo prazo.

Se te sentes tentado à decepção, porque o bem que fazes se demora sem a resposta dos que o fruem, rejubila-te. A árvore não se nega a doar aos malfeitores do caminho novos frutos, após ser apedrejada por eles. Não te constitua modelo aquele que delinqüe pela ingratidão ou que te esquece o benefício vencido pela soberba. O bem que faças é bem em triunfo no teu coração. Receber o retributo seria diminuir-lhe a significação do que realizaste.

Bendize, assim, os ingratos e ora por eles, porquanto estão em piores condições do que supões e se puderes, ajuda-os mais, pois a felicidade é sempre maior naquele que cultiva o amor e a misericórdia, jamais em quem recebe e esquece, beneficia-se e despreza o benfeitor.

(Joanna de Ângelis)

Do Livro: Leis Morais da Vida
Psicografia: Divaldo Pereira Franco
Editora: LEAL

"O homem não é tão atingido pelo que acontece, e sim sobre sua opinião sobre o que acontece."
(Michel de Montaigne)

"Amar é mudar a alma de casa."
(Mário Quintana)

"Ai as almas dos poetas / Não as entende iniguém; / São almas de violetas / Que são poetas também."
(Florbela Espanca)

"O macaco: homem desregulado. O homem: vice-versa ou idem."
(João Guimarães Rosa)

"A vida se contrai e se expande proporcinalmente à coragem do indivíduo."
(Anaïs Nin)

"Os anos enrugam a pele, mas renunciar ao entusiasmo faz enrugar a alma."
(Albert Schweitzer)

"Elegância é bom gosto mais uma pitada de ousadia."
(Carmel Snow)

"A felicidade é sempre resultado da atividade criativa."
(Dalai Lama)

"O sorriso custa menos que a eletricidade e dá mais luz."
(provérbio escocês)

"Coragem é resistência ao medo, domínio do medo, e não ausência do medo."
(Mark Twain)

10.5.06

Convite
Achados Imperdíveis
(bazar Dia das Mães)

Charme, Bom Gosto, Moda, Decoração, Acessórios,
Artesanato, Perfumaria, Presentes e Brindes

Sábado - dia 13 de maio das 10 às 21h.

Ação social:
traga um alimento infantil não perecível
para doação às crianças em tratamento de câncer
do Hospital Gafreé Guinle.

Lokau do Pão – entrada franca
Av. Lúcio Costa (Sernambetiba), 17.610 / 1º andar
Recreio - estacionamento fácil (perto do Posto 11)


Organização:
2éBom! – Eventos e Promoções

Feliz aniversário, Pai...
"Quem pede a palavra nem sempre a devolve em condições."
(Max Nunes)

"A juventude é um dom que nem todo jovem sabe usar."

(Nelson Sargento)

"Seja como um selo: agüente até chegar ao seu destino."
(Josh Woolf)

"O desafio é viver sem ilusões, sem se tornar um desiludido."
(Antonio Gramsci)

"A minha alma é presa da mais livre loucura."
(Sady Bianchin)

"Quanto maior for a sorte, menos se deve acreditar nela."
(Tito Lívio)

"O homem é sua própria causa e também é sua própria conseqüência."
(Millôr Fernandes)

"A opinião de um homem pode mudar honrosamente, desde que sua consciência não mude."
(Victor Hugo)

"Amar vinte homens durante um ano é fácil se comparado a amar um homem durante vinte anos!"
(Zsa-Zsa Gabor)

"Não só de pão vive o homem. De vez em quando necessita de um trago."
(Woody Allen)

No próximo dia 17/05, quarta-feira, às 14 horas, a Faculdade CCAA exibirá o filme Favela Rising . Em seguida, José Júnior e Anderson Sá farão uma palestra sobre o trabalho desenvolvido à frente do Grupo Cultural Afro Reggae.

SOBRE O GRUPO CULTURAL AFRO REGGAE

Quem diria que de uma festa de reggae, sem mais compromissos, nasceria um projeto que hoje é referência entre as ações sócio-culturais desenvolvidas em favelas? Pois sim. O sucesso obtido com a realização da 1º Rasta Reggae Dancing, em 1992 no Centro do Rio de Janeiro, estimulou a criação, no ano seguinte, do Jornal Afro Reggae Notícias, um veículo direcionado à divulgação da cultura afro-brasileira. As dificuldades financeiras para editar o jornal levaram seus organizadores, dentre eles José Junior, atual coordenador executivo do grupo, a procurarem uma alternativa de interferir socialmente de maneira mais eficaz. Nasceu, assim, a idéia de usar a cultura como instrumento de mudança social que é, até hoje, a característica mais marcante do Afro Reggae.
Em agosto de 1993, o Brasil assistiu, com perplexidade, as notícias sobre o assassinato de 21 moradores de Vigário Geral por policiais militares, em represália ao assassinato de quatro policiais por traficantes da favela. O AfroReggae, que chegou a Vigário um mês após a tragédia, começou, com a ajuda da associação de moradores, a oferecer oficinas de percussão, reciclagem de lixo, capoeira e dança afro para os jovens daquela comunidade marcada pelo trauma. Em 1994 estava montado o Núcleo de Vigário Geral.
Atualmente, o AfroReggae se estabelece em mais três comunidades: Parada de Lucas, Cantagalo-Pavão-Pavãozinho e Complexo do Alemão e desenvolve, também, projetos em mais quatro: Morro do Estado, Honório Gurgel, Paciência e Parque Arará.

Em Vigário Geral são desenvolvidas oficinas de percussão, capoeira, dança, teatro e tai chi chuan, oficina voltada para a terceira idade. Há o Criança Legal, um programa de preparação de crianças para a educação formal, e também o NAH (Núcleo Afro Hip-Hop), que vem desenvolvendo oficinas baseadas nos elementos da Cultura Hip-Hop. Dentre todas as atividades artísticas desenvolvidas, a música tem sido o instrumento mais eficaz para atrair os jovens. Após a criação da banda AfroReggae, surgiram mais oito grupos musicais, denominamos subgrupos, além da trupe de teatro. Essas atividades ainda são desenvolvidas em diferentes espaços na comunidade, já que será inaugurado um espaço próprio, o Centro Cultural Waly Salomão.

Em Parada de Lucas – favela vizinha a Vigário, e que mantém com esta uma guerra desde o início da década de 80, há um centro de cultura e informática, o Centro de Inteligência Coletiva Lorenzo Zanneti. Fora as oficinas ligadas à informática, realizam-se oficinas de Alfabetização de Adultos (em parceria com o CEASM), História em Quadrinho, Teatro, Violino e Teoria Musical (projeto Acorda Lucas).

No Cantagalo-Pavão-Pavãozinho, situado entre Copacabana e Ipanema, desde 1996, está o Anfiteatro Benjamim de Oliveira, onde se formaram outros dois subgrupos: O Afro Circo, formado pelos circenses mais experientes, e a trupe do Levantando a Lona.

No segundo semestre de 2005 o Afro Reggae instalou um projeto no Complexo do Alemão. São realizadas oficinas de circo, dança, percussão e teatro.

Não se pode deixar de mencionar o Conexões Urbanas. Através deste projeto o AfroReggae, em parceria com a Secretaria Especial de Eventos da Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro, tem levado espetáculos, entretenimento, cidadania e informação para inúmeras favelas do Rio de Janeiro.

Outro projeto que merece atenção é o Juventude e Polícia. A iniciativa é coordenada pelo Grupo Cultural AfroReggae e pelo CESeC, em parceria com a Polícia Militar de Minas Gerais e o Programa Fica Vivo, através da Secretaria de Defesa Social de Minas. O objetivo é diminuir as barreiras de estigma e preconceito que envolvem a relação entre a juventude das favelas e a corporação policial.

Há ainda outros projetos e idéias sendo desenvolvidas. Em breve, um outro documentário, este dirigido por Cacá Diegues, contará de forma abrangente a história do grupo. Essa mesma história é narrada por José Junior em seu livro Da favela para o mundo, que terá sua segunda edição (revista e atualizada) lançada no início de 2006. Ali episódios da história do AfroReggae são revividos em detalhes, como por exemplo, a recente experiência de mediação de conflito – uma das principais estratégias de ação do grupo hoje –, que colocou integrantes do grupo numa situação de muito risco pessoal, mas que contribuiu para abrir caminhos no sentido de estabelecer medidas reais, realizáveis, de mediação em áreas marcadas por guerras do narcotráfico.