Pesquisar este blog

21.12.04




Você é "E sua mãe também" de Alfonso Cuaron. Você é imaturo e despretencioso. Mas consegue se divertir e como!!
Faça você também Que bom filme é você? Uma criação deO Mundo Insano da Abyssinia

20.12.04

Recebido por e-mail:

Não é ficar jovem que leva tempo....

Data:15/09/2004

E não é ficar jovem que leva tempo, permanecer jovem é mais importante, e dá um trabalhinho legal:

1. Não pensar conforme a sua idade cronológica, e sim como se tivesse a metade.
2. Viver como se tivesse só a metade da idade.
3. Não se vestir como velho.
4. Conviver com jovens, barulhentos, comunicativos, aventureiros, arteiros.
5. Usar da criatividade, em tudo.
6. Estar sempre em busca de coisas novas.
7. Procurar aventuras de viver, e a ventura de viver.
8. Não reclamar das coisas, antes aprender a observar e agir no momento certo.
9. Treinar a memória com diversidade de assuntos.
10. Estar antenado com o futuro e se manter em contato com ele. Como: internet, pacote Office, Excel, Word, PowerPoint,Access, e outros programas mais.
11. Se ele faz eu posso. Veja que os homens mais famosos da humanidade fizeram suas melhores coisas depois dos 40 e aos 85, 90, etc. Sócrates, Platão, etc. Veja na revista de surf um jovenzinho de 70 anos praticando kitesurf, surfando no ar, com balão puxado por lancha a motor disse que queria aprender essas coisas antes de ficar velho...
12. Ter comunhão com Deus e as coisas da Natureza, orar e agradecer os bens que se recebe.
13- Eliminar pensamentos negativos, evite pensar em doenças, em coisas ruins, evite em falar mal das pessoas em geral, e pare com a mania de dizer: NO MEU TEMPO, era diferente. Não existe seu tempo. seu tempo é hoje, o que já se fez, JÁ SE FEZ. Hoje é um novo dia, que Deus te deu para viver. Faça o seu melhor possível, e procure ajudar os outros, conversar com alguém, e andar mais um quilometro do que o de ontem. Seja jovem, seja saudável, não importune os outros, mas seja você mesmo.Seja autêntico.
14. Vista-se de jeans, camiseta bem colorida, tênis, ou botinas, boné, pochete na cintura, mochila nas costas, e vá andar, se divertir, pois tempo você tem... Temos o nosso lado ruim, dolorido, dificuldades mil, mas... quem não tem? superar é dom que Deus te dá. Seja crente. E viva com fé.
15. A cada dia você não tem mais idade, e sim tem mais experiência e está mais perto da casa de Deus, junto com Ele, Amém.

José Aloisio V. Décourt

14.12.04

Não importa o quanto eu planeje, me organize, antecipe. Quando chega dezembro tudo se atropela, precipita, embola. São tarefas, presentes, confraternizações de última hora. É trabalho, vida social, convivência familiar tudo ao mesmo tempo agora. Até a pintura de uma infiltração que o condomínio me devia desde fevereiro, teve que acontecer justamente esta semana. E imagina se foi naquele cantinho entulhado de estantes com livros e bibelôs que dão um trabalhão para remover e outra epopéia para por tudo no lugar... E adivinha se o arremate do trabalho que era pra hoje foi feito... Não! A vida um caos, a sala um caos! Quer mais? Criança com bronquite. Sim, nada combina mais com cheiro de tinta... É pouco? Parece que estou tendo outra crise provocada pela deficiência de convergência, com mais enjôo que nunca. Nada combina mais com enjôo que cheiro de tinta...

E a cabeça não pára porque o que estava planejado para 2004 não aconteceu por contingência, falta de parceria - já que era algo difícil de se fazer sozinha - e, para falar a verdade, pouco empenho de minha parte. Isso significa que estou oficialmente encerrando este ciclo da minha vida e seguindo adiante, retomando minha história a partir do ponto em que ela foi cortada. Muitas vezes tenho a nítida impressão de que sou uma espécie de Persófone. O novo ano será o momento em que volto à superfície.

Este final de ano estou canalizando a expectativa de Natal toda na visão infantil do moleque. Por mim, arranjaria uma estrutura bem menor. Mas lembro como era bom uma Noite Feliz quando tinha a idade dele. Não que não continue me emocionando com a data. Só estou estabelecendo outras prioridades. Sei, entretanto, que em pouco tempo, essas noites de Natal, cheia de arrulhos de criança serão apenas saudades. Então, mesmo com todo cansaço e mal-estar, vamos a ele.

Estou soando mal-humorada? É que ontem tive que enfrentar supermercado. Isso sempre me drena. Mas daqui a pouco vou estar melhor. Só queria poder tomar um Dramine e dormir, até o enjôo passar...

11.12.04

Presentes de Natal pra mim 3 - CD

Fclg
Funk Como Le Gusta

Lenine Incité
Lenine

Essa Boneca Tem Manual
Vanessa da Matta

Vagabundo
Ney Matogrosso e Pedro Luis e a Parede

A Vida Me Fez Assim
Teresa Cristina e Grupo Semente

Milagreiro
Djavan

Meu Tempo É Hoje
Paulinho da Viola

Vander Lee
Vander Lee

IaiáMonica Salmaso

Show
Ná Ozzetti

Baiana da Gema
Simone

10.12.04

Presentes de Natal para mim 2 - Diversos

* maiô preto tamanho GG para natação e hidroginástica
* piranha (pregadeira em garra, viu, meninos?) que segure um volume imenso de cabelo
* canetas bonitinhas e coloridas

9.12.04

Fui convidada para o evento pelo pessoal da Putumayo e nossa roda de conversa foi animada por pessoal quentíssimo do meio cultural e mais um monte de gente fina, elegante e sincera que tenho a honra de ter no meu círculo de amizade. A festa bombou e eu conto pra você como foi.

Ontem fui à inauguração de uma loja no Rio Design Barra. Como você deve saber, aquele shopping era dedicado, praticamente de forma exclusiva, à decoração. A louvável exceção ficava por conta da gastronomia e da cultura, representada por salas de cinema com seleção primorosa e uma livraria de tirar qualquer amante de livros do sério, ruindo com orçamentos. Sempre foi um dos meus favoritos, além dos motivos citados, por sua bela arquitetura e corredores vazios. Tem maior diferencial que esse em pleno mês de dezembro? Pois agora, e já isso deve ser também do seu conhecimento, o lugar está passando por uma reformulação em seu mix de lojas. Muitas grifes de roupas estão instalando novos pontos de venda por lá.

Gosto de uma boa badalação. Observar pessoas é um hobby para mim. É prazer ver e ouvir não apenas seus comportamentos e suas histórias - cacoete de uma escritora latente (e, temo, sem talento) -, mas também seu habitat, suas penas, pêlos e peles, sua organização social, seus hábitos alimentares e de acasalamento. A festa da Totem foi um prato cheio.

As fotografias expostas eram lindas, assim como as modelos que circularam por lá. Só ainda não cheguei ao ponto de distinguir uma da outra e conhecê-las pelos nomes. Os drinks e acepipes eram gostosos como os gatos. A coleção verão 2005 deles é um caso de sério de amor à primeira vista. Dá vontade de comprar tudo, pôr na mochila e seguir pelo nosso litoral, relaxando e curtindo, parando em tudo quanto é cidade até acabar o mapa do Brasil... Ah, se eu pudesse, se meu dinheiro desse... Bom, o deputado mosca-de-padaria da novela das oito apareceu com sua bela esposa, cujo corpo sequer sugere que recentemente deu um bebê à luz. Tinha também aquela loirinha espevitada que, literalmente e não, batia (ainda bate?) um bolão e adora um par de chuteiras. Vi também uma outra loira esportista e fiquei pasma porque ela não é tão grande quanto eu pensava. Pelo menos é bem mais baixa que eu.

E música da Putumayo, que agora tem também na Totem.
Estou adorando começar a receber votos de um feliz Natal e boas energias para o Ano Novo, acompanhados de cartõezinhos, beijos e abraços. Para mim é o que basta para sentir que as pessoas me querem bem.

Contudo, entretanto, todavia, suponhamos que entre tantos compromissos e sustos que a economia nacional nos pregou neste ano que está terminando, tenha sobrado algum por aí e você esteja querendo demonstrar seu afeto de uma forma, digamos, mais material. Vou ficar muito contente com sua lembrança e o seu gesto de carinho me oferecendo o que quer que seja que você tenha achado que era a minha cara.

Mas sei que entre aqueles que adoram me presentear tem uma turminha que sempre fica na dúvida, entra naquela trip de jogar verde pra ver se colhe maduro, fica com receio de não agrada, enfim, bobagem. Só que esse ano resolvi facilitar a vida dessa gente querida e aproveitar o espaço do blog para divulgar o que ando paquerando pelas vitrines. Resolvi colocar bastante coisa para se ter bastante opção de escolha.

Então, aí vai a primeira parte:

SUGESTÕES DE PRESENTES PARA MIM 1 - LIVROS

Preconceito Lingüístico: O que é, como se faz
Marcos Bagno
Editora Loyola

Os 4 compromissos
Don Miguel Ruiz
Editora Best Seller

Explicando Filosofia com Arte
Charles Feitosa
Ediouro

O Santo Graal e a Linhagem Sagrada
Michael Baigent
Nova Fronteira

A Louca da Casa
Rosa Montero

Chic(érrimo)
Glória Kalil
Códex


ATUALIZAÇÃO

Anjos e Demônios
Dan Brown
Sextante

Pensar é Transgredir
Lya Luft
Record

O Opositor
Luis Fernando Veríssimo
Objetiva

Por Trás do Véu de Ísis
Marcel Souto Maior
Planeta

6.12.04

Eu sempre soube que era uma fumante do pior tipo, a safada, porque sempre consegui parar por longos períodos sem nem lembrar da existência do dito cujo e, de repente, voltava por não ter onde colocar as mãos numa festa ou por estar meio sem ter o que fazer numa noite de domingo. Para mim, excetuando a voracidade do apetite, especialemnte nos primeiros tempos, não foi tão difícil parar de vez. Pelo menos, é mais complicado ver filmes sem comer pipoca ou ir a Bahia sem devorar no mínimo um acarajé por dia :-) Embora não goste de cutucar a onça com vara curta e por isso evito ambientes de jogatina, parece que não tenho o perfil compulsivo mesmo, mas ainda penso que o melhor jeito de parar de fumar é o susto (incluíndo a decisão súbita e o método pá-pum).

Quanto à comida, é simples: adoro comer. Mas, como antes dos, digamos 25 anos, podia comer tudo e na quantidade que quisesse, desenvolvi hábitos grandiosos. Nunca fui de confeitar alimentos com problemas, substituindo sexo por brigadeiros ou afeto por quindim, mas se é hora de comer, comer. O fato de ter uma irmã e avó diabéticas em casa, também restringiram o desenvolvimento do gosto pelo doce. Não que eu não saiba dar o valor merecido a uma barra de chocolate, mas doce na sobremesa, por exemplo, é coisa que só lembro que existe quando tenho companhi para as refeições.

Agora estou tendo que me reeducar alimentarmente, não só porque comer demais, para quem já passou um pouquinho da adolescência, engorda, mas porque me causa desconfortos. Antes, eu comia um boi no almoço e já estava com fome na hora do jantar para encarar uma boa pizza. Conseqüências? Nenhuma. Meu pai costumava dizer que eu não "agradecia" ao que comia. Hoje, se exagero em uma das refeições, não sinto fome no horário da seguinte (além de uma horrível sensação de peso na região abdominal). Isso quer dizer que o metabolismo está mais lento e que já não preciso de tanto.

A grande questão é que comer faz parte da vida social. Mudar o que como também significa mudar o tipo de atividades sociais em que me engajo e, talvez futuramente, os lugares que freqüênto, por exemplo.

Entretanto, segundo as recomendações da Ayurveda , meu mais novo foco de interesse, a gente deve comer apenas 3/4 do que acha que precisa. E se sentir sonolência e cansaço depois das refeições, é sinal de que comeu demais.

Hoje é segunda-feira, dia mundial do início das dietas. Estou substituindo café por chá de hortelã e todo tipo de carne por apenas frango e peru, entre outras dicas para harmonizar os elementos no meu organismo. Não parece uma coisa tão complicada assim, mas fico pensando o que vai ser das minhas noites de sexta e sábado já sem pito, agora sem gororoba nem goró.
Sábia frase recebida por e-mail:

"Se você não encontrar sua metade da laranja, não desanime, procure sua metade do limão, adicione açúcar, pinga e gelo, e vá ser feliz!"
Nem deu tempo de sentir saudade, né? Cá estou, firme, forte e com uma disposição daquelas. Foi muito bom participar de um momento especial na vida de amigos queridos, estando presente em seu casamento e Deus sabe como eu precisava de uns dias fora, longe do barulho das britadeiras e outras coisinhas chatinhas.

Aproveitei bastante sim. Nada como estar cercada por pessoas do bem, num lugar lindo. Muita coisa para colocar em dia, mas vocês já sabem como eu sou, aos poucos tomo pé da situação. Como sempre na volta dessas fugidas, estou crioula de pele (exagerada!), loura de cabelo (mais exagerada ainda!!!!!) e com um bom humor insuportável.

Ah, o casamento foi em Imbassaí, no meio do bosque de uma pousada, com areia da praia aos nossos pés, uma cerimônia singela e muito, muito emocionante e verdadeira. Também passei alguns dias em Salvador, antes e depois, curtindo a cidade para onde quase já me mudei um par de vezes. Tem alguma coisa ali que me chama e prende e voltar é sempre uma batalha entre a saudade das coisas daqui e a atração das coisas de lá. Aquilo é um perigo.

As fotos vão aparecendo aos poucos.
Bom, o silêncio foi por conta de um pulinho rápido à Bahia, mas já conto sobre isso logo. Não fui sem antes dar um abraço na Letti no lançamento do seu livro.

E foi engraçado ler no aeroporto na ida duas crônicas falando do Melodia e dar de cara com ele assim que levantei os olhos. É uma pena que minha timidez resolva atacar justo nessas horas. Não seria o máximo presentear minha amiga com uma foto do seu ídolo segurando sua obra? A idéia me veio na hora, mas cadê perna pra isso?

O livro é maravilhoso e claro que todos vocês já sabem porque também já estão com seus exemplares e já leram tudo, né? Por aqui até o Pedro já leu e colocou suas impressões por . Muito boa a idéia de ter o melhor desse blog tão benquisto em papel para sempre (e com dedicatória, ora!).

23.11.04

FLOR SAGRADA

A flor de lótus é nativa do sudeste da Ásia. Encontrada principalmente no Japão, nas Filipinas e na Índia, simboliza a pureza porque, apesar de nascer em águas lodosas, permanece intacta devido à sua textura impermeável. Quando sai do lodo, entra em contato com o sol, a flor de lótus se abre. Isto significa que ela vem das profundezas da ignorância, da sujeira, e desabrocha ao ser tocada pela luz do conhecimento, a luz divina da estrela sol. Este encontro representa ascenção e integração espiritual, onde o ser individual e o ser superior são apenas um. Desta forma, também ocorre a libertação, porque a dualidade e o sentimento de se estar preso ao próprio corpo são anulados quando se estabelece uma ligação com o sagrado. Não é à toa que o sétimo chacra (o espiritual), localizado no topo da cabeça, é simbolizado por uma lótus de mil pétalas.

(texto de Anna Clara Peltier na Revista Vida em 31 de janeiro de 2004)



"Estamos todos condenados à liberdade."
(Jean-Paul Sartre)



"A inveja é como o sapo: tem olho grande e vive na lama."
(Adesivo de carro)

22.11.04

"Quem mantém os dois pés no chão não sai do lugar."
(Tor Äge Bringsvaerd)
A receita é antiga: contra mau-olhado, um galho de arruda. Esse arbusto nativo da Europa pertence à família das rutáceas e as duas espécies mais comuns são a Ruta graveolens e a Ruta chapelensis. A crença de que a arruda teria poderes vem de longe. Gregos e romanos acreditavam que a planta era uma amuleto capaz de trazer sorte nos negócios e imunização contra doenças contagiosas. Seria também um poderoso antídoto para vários quebrantos e feitiços.

O cheiro marcante que caracteriza a arruda provém do óleo natural contido na planta, que sempre foi usada por árabes como aromatizante de vinhos e condimentos. No entanto, é preciso cuidado: se ingerida em grande quantidade, a arruda pode ser venenosa, irritando o estômago, o duodeno e o útero.

Muito usada no Brasil, a planta chegou a nossa terra através dos escravos africanos e até hoje faz parte da sabedoria popular o uso de um galhinho de arruda contra inveja e olho gordo.


(texto de Rafael Martí publicado na Revista Vida em 13 de novembro de 2004)

20.11.04

Será que só eu tenho que, antes de falar, parar para pensar se o correto é:

Drew Barrymore ou Barry Drewmore,
Jack Hughman ou Hugh Jackman,
Adam Sandler ou Sam Adanler?

Será que só eu fico refletindo sobre o parentesco entre Peter Coyote, Virginia Woolf e Snoop Doggy Dogg?

19.11.04

"Tudo o que for mais que a verdade será demais."
(Robert Frost)
Recebido por e-mail:

Alá recebe Arafat no céu:

-Arafat, é bom você se esconder. Tem um bando de gente muito brava aí fora, querendo te pegar de pau.

- São israelenses, Senhor?

- Não! São os homens-bomba exigindo as virgens...

18.11.04

Três velhinhas se reúnem para o chá da tarde:

- Estou mal! Ontem fiquei com a vassoura na mão, sem lembrar se já tinha varrido, diz uma.

- Eu me vi de camisola, na cama. Não sabia se tinha acordado ou se ia dormir!, conta outra.

- Deus me livre de ficar assim, fala a terceira, dando três batidinhas na mesa: toc-toc-toc.

Olha para as outras e emenda:

- Esperem um pouco que eu já volto. Tem gente batendo na porta!

17.11.04

VOCÊ É PAPAI / MAMÃE NOEL?


Mensagem recebida por e-mail:

"Gostaria de divulgar que os correios abrem as cartinhas que as crianças mandam para o papai noel e tentam atender aos pedidos.

Inicialmente, é feita uma triagem das cartas para atender as comunidades mais pobres, creches, orfanatos etc.

Quem quiser e puder ajudar, pode ir no correio e ler as cartinhas, escolhendo aquela com que mais se identificar.

Mas já aviso: haja coração! o que tem de criança pedindo comida, emprego para a mãe, caderno para estudar etc, é duro... uma das que apadrinhadas pediu um colchão para dormir... é triste, né?

É claro que tem muito pedido de bicicleta, barbie, poli, video-game.

- Esses sonhos de qualquer criança - enfim - tem pedido para todo gosto e bolso!

Depois que comprar o presente, basta entregar no próprio correio, que eles se encarregam da entrega.

Se alguém preferir, não precisa apadrinhar uma carta específica. Pode doar o que quiser, que o pessoal do correio seleciona para quem mandar."

Site:

http://www.correios.com.br/institucional/conheca_correios/acoes_cidadania/papai_noel.cfm
Recebido por e-mail:


SEGREDOS DO MAR

Quando chega o verão, nós, humanos, nos sentimos atraídos pelo mar.

Multidões se reúnem nas praias buscando um contacto com as ondas do mar que nos proporcionam prazer e descanso. Porém, o caminhar do ser humano deixa sua trilha fatal nas areias da praia. Milhões de sacolas de nylon e plásticos de todo o tipo são largados na costa e o vento e as marés se encarregam de arrastá-los para o mar.

Uma bolsa de nylon pode navegar várias dezenas de anos sem se degradar. As tartarugas marinhas confundem-nas com as medusas e as comem, afogando-se na tentativa de engoli-las. Milhares de golfinhos também se confundem e morrem afogados.

Eles não têm capacidade para reconhecer os lixos dos humanos, simplesmente, se confundem, até porque, "tudo o que flutua no mar se come".

A tampa plástica de uma garrafa, de maior consistência do que a sacola plástica, pode permanecer inalterada, navegando nas águas do mar por mais de um século.

Dr. James Ludwing, que estava estudando a vida do albatroz na ilha de Midway, no Pacífico, a muitas milhas dos centros povoados, fez uma descoberta espantosa. Quando começou a recolher o conteúdo do estômago de oito filhotes de albatrozes mortos, encontrou: 42 tampinhas plásticas de garrafa, 18 acendedores e restos flutuantes que, em sua maioria, eram pequenos pedaços de plástico. Esses filhotes haviam sido alimentados por seus pais que não conseguiram fazer a distinção dos desperdícios no
momento de escolher o alimento.

A próxima vez em que Você for à sua praia preferida, talvez encontre na areia lixo que outra pessoa ali deixou.

Não foi lixo deixado por Você, porém, é SUA PRAIA, é o SEU MAR, é o SEU MUNDO e Você deve fazer algo por eles.

Muitos pais jogam com seus filhos o jogo de: "vamos ver quem consegue juntar a maior quantidade de plásticos?" como forma de uma inesquecível lição de ecologia.

Outros, em silêncio, recolhem um plástico abandonado e levam-no para suas casas, com restos do mar. Você os verá passarem sorridentes, sabendo que salvaram um golfinho.

"Não se pode defender o que não se ama e não se pode amar o que não se conhece".


Ajude-nos a difundir essa mensagem.

12.11.04

Do Bem e do Mal


Acho que ando vendo muito o programa Saia Justa. Mas sempre acho alguma coisa sobre o que pensar, mesmo no meio do papo que alguns consideram caótico e superficial. Bom, talvez também eu seja caótica e superficial.

O fato é que as meninas do GNT comentavam sobre a nem tão nova mania de dizer que Fulano(a) é do bem e Beltrano(a) é do mal. Elas falavam que as coisas não são assim tão simples. Concordo, claro. Todo ser humano é cheio de nuances e ninguém é totalmente bom ou totalmente mau o tempo todo. Imagino que George W. Bush, Paulo Maluf, Fernando Collor de Mello, Osama Bin Laden, Ariel Sharon e Saddam Hussein já devam ter feito algo de bom em suas vidas. Eu não ter tomado conhecimento de exatamente o quê é problema da minha ignorância, não deles.

E, deixando de lado tantos os grandes criminosos quanto Madre Tereza, Dalai Lama e Gandhi, continuei até chegar naquelas pessoas que fazem parte do nosso círculo mais próximo. Temos, muitas vezes, por perto aquelas criaturas capazes de cometer pequenas maldades, agem com certa vilania e ainda assim, continuamos a nos relacionar com elas. Têm certamente aspectos positivos que nos agradam e atraem. Entretanto me detive pensando em outros três tipos específicos.

O primeiro é aquele modelo de gente que tem o astral pesadíssimo, parecendo ter sempre uma nuvenzinha preta sobre a cabeça. Imagino que, como os portadores de mau-hálito, os pobres desconhecem a pestilência que espalham. Você até se esforça pra ficar por perto, afinal, a figura não é má. Você oferece uma balinha de hortelã psicológica, um chiclete de menta espiritual, mas não adianta. O problema vem do âmago. Não, não estou falando mais do estômago. São como aquele homem que trabalhou na roça e, muito tempo depois de deixar a enxada de lado, anda encurvado, porque a espinha se dobrou.

Muitas dessas pessoas foram tocadas e se deixaram aprisionar pelo mal. E por mal entendo tudo aquilo que desvia o ser humano do caminho da harmonia. Todos nós, creio, em algum ponto da vida sofremos um baque, uma decepção, uma traição, uma dor, uma perda... Talvez o peso que a aura dessas pessoas carregue seja o dos fardos que elas não quiseram ou não puderam permitir que fossem levadas pela nau do tempo. E, quando o barco passou, como estavam já tão sobrecarregadas, não puderam receber a encomenda de alívio e redenção.

Quem consegue despejar ao menos parte de seu volume na tal embarcação, nem sempre consegue livrar-se das marcas dos lanhos. São aqueles a que chamo de sobreviventes. Encolheram-se quando o mal veio para fugir de seu abraço e de sua bocarra devoradora, mas farejaram seu cheiro, ouviram seu urro... Sabem que o mal existe, contudo tentam levar a vida da melhor forma, procurando pelo melhor dela. Vez ou outra, porém, deixam escapar um travo de cinismo, ceticismo, ironia ou humor cáustico. É a cicatriz.

Sem vestígio de danificação, todavia, são aqueles que pensei como os puros. Todo mundo tem – ou deveria ter para aprender a relativizar algumas coisas – aquela amiga que sofreu com os apelidos que os meninos da rua davam ao seu pai alcoólatra, teve que ajudar, desde cedo, a mãe a cuidar dos irmãos menores abrindo mão da infância, adolescência e muitos sonhos e, apesar de todas as probabilidades em contrário, chega à vida adulta feliz e serena. Essa gente tem sempre um sorriso no rosto e uma vontade incansável de ajudar. Parece que o mal tangencia suas vidas. Talvez isso aconteça porque eles não lhe dão muita trela, seguindo adiante, ocupadas com tanto bem a fazer. Quem sabe não se dêem conta da gravidade de algumas coisas. Não importa. O que interessa é que, atingidas pelas tormentas mais difíceis, mantêm aquele semblante que transpira as sábias palavras: tudo passa.

11.11.04

OLHO DE HÓRUS


Também conhecido com udjat, o olho de Hórus faz parte da mitologia egípcia e pertence à época do Império Novo, de 1560 a 1070 a.C. Sua Imagem representa o deus do sol Hórus, que também é simbolizado por uma cabeça de falcão ou um disco solar com as asas da ave.

Hórus era filho dos deuses Osíris e Ísis. Diz a lenda que Osíris foi assassinado por seu irmão Set e que Hórus foi vingar a morte do pai. No combate, o deus sol eliminou o maligno Set, mas perdeu um de seus olhos.

A luta ilustra a vitória da luz contra as trevas, do bem contra o mal, mas, ao mesmo tempo, aponta a necessidade de um olhar vigilante, protetor e justiceiro. O olho deve estar atento às emboscadas dos inimigos e combate as forças adversas na busca pela eternidade.

O símbolo se tornou um amuleto de proteção e acredita-se que permite uma visão do presente que transcende os planos temporais do passado e do futuro. O olho direito de Hórus representaria a parte racional (masculino) e o esquerdo, a emocional (feminino).

(texto de Anna Clara Peltier publicado na Revista Vida em 1º de maio de 2004 e ilustração retirada de http://www.cyberartes.com.br/edicoes/104/artista.asp?edicao=104&acao=todos)

10.11.04

Bom, bonito e de graça no Rio de Janeiro


Siri lança CD com pocket show na FNAC Barra Shopping


Quem não compareceu ao show do percussionista SIRI no Espaço Cultural Sérgio Porto não pode perder esta oportunidade. Quinta-feira - 11/11 - às 19:00h - a FNAC do Barra Shopping recebe o percussionista SIRI para lançamento do seu CD.

Integrante do bem sucedido projeto musical "BossaCucaNova", SIRI traça uma viagem musical através do motor de seu fusca. Composições como "N'água", tocada com percussões dentro d'água e "Bangladesh", chamam a atenção pela boa mistura de culturas, usando elementos de percussão de todas as partes do mundo.

Data: 11 de novembro, quinta-feira, às 19 horas
Local: FNAC - Barra Shopping - Piso Lagoa
Classificação: Livre

ENTRADA FRANCA

_______________________________________________________________


Rodrigo Lessa lança CDs na Arlequim


Um show na Arlequim, no próximo dia 11 de novembro, quinta-feira, às 18 horas, marcará o lançamento dos CDs “No bangalô da bandola” (instrumental) e “Fora de esquadro” (canções) do músico, compositor e arranjador Rodrigo Lessa.

A apresentação tem entrada franca e a Arlequim CDs fica localizada na Praça XV, 48, loja 1, Paço Imperial, Centro.

Um artista de talento - Instrumentista titular dos grupos Nó em Pingo D´Agua e Pagode Jazz Sardinha`s Club, Rodrigo Lessa, que acaba de ganhar o Prêmio Tim de Melhor Disco Instrumental com o segundo CD do Pagode Jazz, brilha agora com a salseada “Balagandã” e convida o ouvinte para sua viagem rítmico-harmônica, passando pelo samba-canção e pelo choro contemporâneo, entre outros ritmos.

Já “Fora de Esquadro” é o terceiro CD de canções de Rodrigo e o primeiro integralmente com Mauro Aguiar, letrista e parceiro há quase seis anos. Entre os dez sambas, destacam-se o partido-alto “Insônia de Morcego” e o choro-funk “Pagode Jazz Sardinha`s Club”.

Até lá!!!

Data: 11 de novembro, quinta-feira, às 18 horas
Local: Arlequim CDs – Praça XV, 48, loja 1, Paço Imperial, Centro
Telefone: 2240-9398
Capacidade: 80 lugares
Classificação: Livre
ENTRADA FRANCA
Sou só eu ou mais alguém tem implicância com aquelas academias que abrem vitrines enormes pra rua onde seus alunos exibem-se exercitando como hamsters dentro da gaiola?

Será que só eu acho estranho as pessoas ficarem empurrando muros e postes para se alongar no meio da rua?
Para abstrair o fato de estar cheia de eletrodos no peito e sem poder tomar banho por 24 horas enquanto os termômetros da rua marcam 38ºC, tendo que anotar todos os mínimos passos que dou, divulgo pérolas recebidas por e-mail:

Cabelo crespo é igual a bandido... ou tá preso ou tá armado!!! (Esta é em minha homenagem.)

"Mulher feia é como pantufa... Dentro de casa, até que é gostosinha, mas na
rua...dá uma vergonha!!!"
(Arre! Esta espero que não seja.)

"Casar é trocar a admiração de várias mulheres, pela crítica de uma só !!!" (É verdade, amor?)

"Mulher feia é igual a ventania...só quebra galho." (Cruel, muito cruel.)

"Nunca bata em um homem quando estiver caído . a não ser que você tenha certeza que ele não vai se levantar ." (Muito sábio conselho.)

"Preguiçoso é o dono da sauna, que vive do suor dos outros" (Eita nós!)

"Quem trabalha muito, erra muito.
Quem trabalha pouco, erra pouco.
Quem não trabalha não erra.
E quem não erra... é promovido."
(É a pura verdade.)

"A faculdade virou uma instituição financeira que vende diplomas, o aluno é
o consumidor interessado em comprar o diploma e, o professor é o cara que
quer atrapalhar as negociações."
(Socorro!)

"Não me considere o chefe, considere-me apenas um colega de trabalho que tem
sempre razão."
(Ai-ai)

"Malandro é o pato, que já nasce com os dedos colados para não usar aliança." (Só rindo.)

"Mulher gorda é que nem Ferrari... quando sobe na balança vai de zero a cem em um segundo" (Que maldade!)

"Quando você passar na rua e ficarem te olhando ... Não se sinta o máximo... Pois o feio e o ridículo também chamam a atenção.." (Pois é... Preciso reavaliar meus conceitos...)

"Aprenda uma coisa: o mundo não gira em torno de você... Só quando você bebe demais." (Pela tonteira ou surto megalomaníaco?)

"Os psiquiatras dizem que: uma em cada quatro pessoas tem algum problema mental... Fique de olho em três dos seus amigos. Se eles parecerem normais, o louco é você!!" (Estou salva! O que eu tenho de amigo louco... Não você que está lendo aqui agora, claro.)

"Se CHEFE fosse arquivo, a extensão seria '.fdp" (Tsc, tsc, tsc...)

"Todo mundo tem cliente. Só traficante e analista de sistemas é que tem usuário." (Isso deve querer dizer alguma coisa...)

9.11.04

"eu sei pouco de mim. Mas tenho a meu favor tudo o que não sei e, que por ser um campo virgem, está livre de preconceito. Tudo o que não sei é o que constitui a minha largueza."
(Clarice Lispector)
They're sorry.

6.11.04

Em terra de olho quem tem um cego... errei!

O pior cego é o que não quer ouvir.

A melhor maneira de prever o futuro é criá-lo.

Perigo e prazer dão no mesmo galho.

Quando se precisa de sal, não adianta ter açúcar.

Para uma formiga, umas gotas de água são uma inundação.

Para o rato, o gato é um leão.
Seu marido resolveu te dar umas porradas?

Tem um bebê correndo perigo numa casa em chamas?

Chegou traficante no bairro?

Precisa de cobertor de orelha?



Não importa qual seja o seu problema!
Com Constantino, o super-portuga nada tema!

5.11.04

Pedro Conteiro Pessanha, meu filho unigênito, e seu livro Pavor na Escola fazem parte da Paixão de Ler. Ele vai autografar exemplares de sua obra amanhã.

Te mete!
Hoje na coluna da Hilde:

http://jbonline.terra.com.br/index_frame.asp?jb/papel/colunas/angel/2004/11/04/jorcolanl20041104001.html

OS ''MORAL ISSUES'' (as questões morais) deram a vitória a G.W. Bush. A maioria americana mostrou nas urnas sua desaprovação ao aborto, ao casamento entre homossexuais, às pesquisas com células T. Em São Paulo, Marta Suplicy, apesar de ter praticado um bom governo, perdeu, e a coordenação petista da campanha agora atribui a derrota à postura ''de vítima'' do senador Suplicy, de marido abandonado. O voto paulista teria sido um voto moralista. O que está havendo? Uma onda retrô vitoriana? As urnas disseram isso...

COM A REELEIÇÃO de George W. Bush inicia-se um retrocesso no processo de apoio à tecnologia e à ciência em benefício de todos, o que um dia contribuiu para fazer dos EUA a maior potência do mundo. O americano mudou. Bush conseguiu transformar a mentalidade de pelo menos a metade de seu povo, cada vez mais voltado para seus próprios interesses - não os interesses dos americanos, mas os de cada indivíduo! Isso é péssimo para o desenvolvimento sustentável e toda a luta voltada para o meio ambiente. Serão mais quatro anos de atraso, com a não adesão do Protocolo de Kioto e outras decisões que precisariam de atitudes de cidadania e conscientização: que pena!...

4.11.04

Manias

Ao chegar em casa:

* verificar secretária eletrônica;
* tirar os sapatos;
* guardar os óculos escuros no estojo e o estojo na bolsa;
* pendurar a bolsa;
* lavar mãos e rosto.

28.10.04

Entre os meus hábitos, não incluo o de ler matérias e entrevistas com “famosos quem?”, cujos feitos e relevâncias nacionais e internacionais incluem “exatamente o quê?”. A revista Veja anda especializando-se neste tipo de coisa, destacadamente nas suas páginas amarelas. Aliás, para ser fiel à verdade, devo revelar que gosto cada vez menos daquele periódico e é cada vez menor o número de artigos que decido ler ali.

Foi assim que passei por cima da entrevista da tal Mônica Dallari. Pensei que se tratava apenas das cobras e lagartos proferidos por uma mulher que se sente extremamente ameaçada pela ex-esposa mãe dos filhos do namorado. Então veio a avalanche de comentários de todas as partes, de rodas de amigos a colunas dos jornais. Diziam que as declarações da morena poderiam abalar ainda mais a candidatura de Marta Suplicy a novo mandato na Prefeitura de São Paulo.

Depois que Maluf foi protagonista de mais um de seus escândalos assim que decidiu associar seu nome ao de Mme. Favre (e ela topou!) e que o chefe da campanha pela re-eleição foi preso numa rinha de galos, era só o que faltava. Resolvi romper com minha birra e sentei com a revista sobre os joelhos para conferir o que havia de tão bombástico ali.

Sinceramente, não vi nada de mais. Era precisamente o que eu tinha imaginado. O povo gosta mesmo de uma fofoca. Uma boa baixaria, um barraco, uma lavação pública de roupa suja é a glória pra muita gente. O pior é que esse tipo de coisa infelizmente pode chegar a grandes proporções e mudar a história. Não creio que essa dona Ih-esqueci-o-nome-dela vá de fato abalar. Tem terra muito mais pesada para enterrar as aspirações de Marta que, se perder a disputa, vai ser embaixadora do Brasil em Paris. Não acho que seja exatamente uma situação que mereça ser chamada de penosa. Mas conseguir dar sua contribuição de alguma forma, por menor que seja, pra empurrar uma ex poderosíssima para fora país, bem longe do seu pretendido, pode ser o episódio mais importante da vida daquela lá. Minha opinião sobre o conteúdo da entrevista: despeito muitíssimo mal disfarçado, aquele tipo de assunto que não deveria sair das páginas da revista Contigo.

Outro dia li na coluna do Roberto Pompeu de Toledo – e talvez ele seja um dos últimos motivos para eu não cancelar definitivamente minha assinatura da Veja – que há uma nova versão sobre a morte de Getúlio Vargas que indica que tudo começou com uma questão de alcova. Já é tido como mais ou menos certo o enredo que diz que a nora de Getúlio expulsa do país não era propriamente uma espiã alemã, como se conta na história oficial. Ela, que ainda está viva e é pintora em Nova York, teria sido pega na cama com outra mulher. Como era mais digerível a primeira opção que a segunda, lá está ela nos livros como nazista. Lacerda teria descoberto tudo e estava perigando publicar toda a verdade. Daí o corno teria encomendado o crime da Rua Tonelero, então blábláblá, até o suicídio de Vargas.

E antes que alguém venha com uma aquelas frases que eu detesto, como “só no Brasil” ou “brasileiro é assim mesmo”, tenho algumas palavrinhas a dizer: Clinton e Lady Di.

Pelo menos aprendi minha lição. Quando meu instinto me disser que não vale a pena perder meu tempo lendo alguma coisa, devo ouvi-lo.
Incrível!
Fantástico!
Extraordinário!
Assim como tinha ido pras Cucuias, meu blog, de forma igualmente misteriosa, volta a funcionar.
There is a God!
Vamos chegando de volta, meu povo, que agora é só alegria!
será?

10.9.04

A empresa com a qual trabalho, que está há 20 anos no mercado e presente em mais de 30 países, está realizando no mês de setembro alguns eventos super interessantes, abordando tópicos relacionados com os produtos que comercializa, numa indústria que movimenta bilhões de dólares por ano ao redor do mundo e desconhece a palavra crise.

Também serão tratados assuntos como negócios, empregabilidade e tendências de mercado. É uma excelente oportunidade para se conhecer assuntos do interesse de todos, firmar parcerias e realizar negócios.

Esses eventos ocorrerão nos estados de RJ, SP, PR e SC com entrada gratuita, para convidados.

Se você tiver interesse em participar, me mande um e-mail que passo os detalhes.

1.9.04

O difícil diálogo das gerações


É comum ver pessoas reclamando que as crianças vêm sem manual. Elas se esquecem dos idosos, principalmente os que não são nossos, mas contraídos nas núpcias. Se formos estabelecer comparação, com os pequenos é até fácil conciliar o trabalho em casa. Como os recém-chegados a este mundo não têm idéias pré-concebidas sobre local de trabalho ou sobre o gênero de quem deve garantir a entrada de dinheiro na conta corrente, não acham que o fato de você passar a tarde em casa e fora da cozinha significa ócio e disponibilidade. Além disso, por alguma razão, os pequenos são mais sensíveis a uma folha de papel, alguns lápis de cor e a frase “Faz um desenho bem bonito pra mim”. Também costumam reagir melhor quando a gente sugere que assistam a Shrek pela trigésima nona vez.

O diálogo abaixo é típico em um dia que você está cheio de trabalho. Você está sentado ao computador desde cedo dando duro. O representante da terceira idade que lhe cabe nesse latifúndio chega da rua.

- Bom dia!
- Bom dia!
- Alguém morreu.
- O quê?
- Tem um cartaz no elevador avisando da morte de alguém?
- É? Quem?
- Não sei.
- Ah!
- Quer dizer, o nome está lá, mas eu esqueci.
- Deve ser o seu Oswaldo. Ele teve um derrame e caiu na garagem outro dia. Falei com a filha dele na portaria anteontem e ela disse que não tinha muita esperança.
- Ah, deve ser esse mesmo. Era aquele gordo, né?
- Não ele era magro.
- Então não sei quem é.
- Pois é, deve ter sido seu Oswaldo mesmo. Mas não vou poder ir ao sepultamento porque estou muito ocupada hoje, cheia de trabalho pra entregar.
- Mas como é que ele era?
- Era um senhor moreno que ficava sempre ali pela garagem.
- Ah! Aquele que tem duas filhas moças?
- Não, aquele é seu Zé. E ele ainda é jovem. A filha me falou que seu Oswaldo ia completar 80 anos agora em setembro.
- Então não era tão velho assim.
- Ahn!? Ah, sim. Não era tão velho.
- Deve ter sido por ele ser gordo.
- Ele não era gordo. O gordo é o português.
- Ah, é. Mas é uma pena, né? Deixar mulher e duas filhas tão novinhas ainda.
- O que tem as duas filhas é o seu Zé, é outro.
- Mas você não falou que era o que ficava na garagem.
- Falei, mas acho que foi o seu Oswaldo que morreu, o mais velho, o que já ia fazer 80 anos.
- Mas você não disse que ele ainda era novo?
- Ahn!? Ah, é. Pois é.
- E quem colocou o anúncio no elevador?
- Não sei. Deve ter sido a filha dele.
- Tem um erro de ortografia nele.
- Coitada, deve estar abalada, né? Nessas horas essas coisas escapam.
- Imperdoável.
- Então tá.
- Você vai ao enterro?
- Não, tenho muito trabalho hoje. Já estou atrasada. Dá licença.
- Você conhecia bem o falecido?
- Não muito.
- Deve ter sido por causa da bebida né?
- Bebida!?
- É, toda vez que eu passava ali na esquina ele estava no bar bebendo.
- Não! Aquele é o português gordo, que... [Ai, meu Deus!] É, tá bom, deve ter sido.
- Será que na hora que estava bebendo, não pensava na mulher e nas duas filhas?
- Um-hum...
- Deve ter sido por isso que tem um erro ortográfico no anúncio do elevador. As filhas devem ter estudado em escolas horríveis enquanto ele gastava todo o dinheiro da família enchendo a cara no botequim.
- Tá bom, me dá licença agora. Preciso terminar este trabalho.
- Ele teve o derrame e caiu na garagem?
- Foi.
- Deve ter caído de bêbado, isso sim. E depois é que teve o derrame.
- [Oh, senhor!] Anh-hã! Olha, preciso terminar isso aqui e...
- E deve ter ficado lá um tempão sem ninguém socorrer porque todo mundo sabia que ele bebia e pensou que fosse só mais um pileque.
- Na verdade ele foi atendido na hora, porque a porteira estava conversando com ele quando ele caiu e chamou a filha que o botou no carro e levou pro hospital.
- Mas aquela menina tão novinha já dirige? E como é que conseguiram levantar e colocar aquele homem gordo dentro do carro?
- A filha do seu Oswaldo não é novinha. Ela tem um filho adulto. E o gordo é o outro... Olha, quer saber? Não sei. Aliás, nem sei se foi mesmo o seu Oswaldo que morreu. [Respira. Conta até dez.] Olha só. Estou cheia de trabalho, não dá pra continuar agora. Depois a gente conversa mais, tá?
- Tá. Tá bom, tá bom! Já vou deixar você em paz. Não vou mais incomodar. Pode deixar. Não precisa se incomodar.
- Obrigada.
- Mas já contei que tem um anúncio fúnebre no elevador?

23.8.04

"Se queres mel, não dê pontapés na colméia".
Provérbio popular
"Nem ataque cardíaco acontece de súbito. São necessários anos de preparação. Existem duas opções na vida: resignar-se ou indignar-se. E eu não vou me resignar nunca."

DARCY RIBEIRO

Por favor, leiam a coluna da Lya Luft na Veja desta semana!

17.8.04

Os posts estão se acumulando sem que eu consiga publicar. Pelo menos não estão perdido, espero.
Mais comentários sobre Pavor na Escola:

Adorei o livro do Pedro. Percebe-se que foi escrito por uma criança mas com incrível maturidade literária. As expressões onomatopéicas são um barato! A história é ótima, o mistério bem engendrado e as imagens que o texto passa ao leitor permitem que o mesmo participe intensamente da aventura.
A última capa com a foto do Pedro e seu perfil, foi uma excelente idéia.
(Neide Poyart)

Gostei muito do livro do seu Pedro e já emprestei para algumas mães aqui do pedaço que também se divertiram muito.
(Andrea Bianchi)
Post retirado para teste

12.8.04

Estou tomando um capuccino mentolado. É ruim, mas é bom.

Cheia de coisa pra fazer e pensando besteiras. Como o fato de que algumas pessoas são coisas que não aparentam, ou que não aparentam mais ou até que aparentam, mas elas adorariam poder disfarçar. Essas características estão impressas em seu perispírito.

Quer alguns exemplos?

Um gordo de alma sempre tem na bolsa uma balinha, um bombonzinho ou qualquer outro docinho sempre no diminutivo. Ninguém vai ter pra você uma recita de bolo de chocolate melhor do que a dele. Aliás, obesos de espírito são, geralmente, excelentes cozinheiros e adoram expressar seus afetos preparando quitutes para seus queridos. São os maiores consumidores do paradoxo conhecido como refrigerante light.

O gago, mesmo quando o quiquiqui está só na aura, tem as unhas roídas, os cabelos oleosos e, conseqüente ou coincidentemente, espinhas nas costas. Ele sua muito.

Um galináceo tem em seu halo luminoso as roupas que considera mais finas (isso pode variar de Armani à camisa aberta com medalão no peito) e se trata muitíssiomo bem. E exige o mesmo dos outros, embora poucas vezes esteja disposto a sequer ouvir das necessidades alheias. Dirige o carro mais caro que seu dinheiro pode comprar. Tem a mina de fé que ele freqüentemente induz a não usar maquiagem, não cortar o cabelo e se vistir com coisas parecidas com saco de estopas desde que sejam bem compridas. E ela há de vê-lo como um Amex (não sai de casa sem ele) funcionando como porto seguro quando ele está cansado, porque galiforme que é galiforme considera que figurinha repetida não completa álbum e que a fila tem que andar. Ela é uma espécime vinda de rebanho. Enquanto ela prepara o jantar dele, ele avança sobre as matilhas ou lagos onde jacaré nada de costas.

O corno - perdoem a redundância - é manso. E flácido.

11.8.04

Tomei um susto e fiquei com medo. Ainda não passou. E quase estou achando que gostei.


Nem às paredes confesso.

Daqui a pouco chega mais um grande momento dele. Está difícil conter a ansiedade do moleque. Os amiguinhos perguntam: "Você vai ficar famoso? Vai aparacer na TV? Vai ganhar dinheiro? Vai ficar rico?"


O meu destino é ser star.

Mais uma amiga deu a notícia de sua gravidez. Será que é epidemia? Não sei se me vacino ou se estou mesmo é querendo brincar de médico.


Dá-dá chupeta pro neném não chorar.

Claro o relógio de rua marcando 10ºC foi ilusão de ótica ontem no início da madrugada ao sair da Academia. Da Cachaça, é lógico.


E o inverno no Leblon é quase glacial.

6.8.04

Entre outros, este é um dos motivos para este blog andar tão relagado a segundo plano:


Convite Lancamento Livro Pedro
E claro que estou esperando você por lá.

29.7.04

Lua Azul

         A próxima lua azul acontecerá no dia 31 de Julho às 15h15min. A primeira Lua Cheia do mês foi no dia 02/07. Chama-se Lua Azul a segunda lua cheia num mesmo mês.
 
Significados
 
Pesquisadores afirmam que a expressão é usada desde o século XVI para representar uma Lua cheia especial, perigosa, onde pode acontecer o desatino e a alucinação.
Ao contrário do que o nome sugere, a Lua Azul é associada a perigos e desvario, a desafios emocionais difíceis de viver que requerem humildade e despojamento. É considerada um acontecimento de muita força magnética e poder espiritual, onde acontecem profundas purificações emocionais.
No ocidente, a Lua Azul, foi projetada como uma Lua romântica propícia ao Amor e ao Prazer.
 
Blue Moon
(Lorenz Hart/Richard Rodgers)
 
Blue moon, you saw me standing alone
Without a dream in my heart,
Without a love of my own
 
Blue moon, you knew just what I was there for
You heard me saying a prayer
For someone I really could care for
 
A Lua Azul acontece, em média, uma vez a cada dois anos e sete meses, sete vezes a cada dezenove anos e trinta e seis vezes num século. Isso se deve a que um mês terrestre tem em média 30,5 dias enquanto o mês lunar tem 29,5 dias.

Existe uma particularidade com a Lua Azul, é quando tem dois meses no mesmo ano com Lua Azul. Isto acontece se a primeira Lua Cheia cair no primeiro de janeiro,  como fevereiro tem apenas 28 dias,  as próximas duas luas cheias se repetem em março. Tal coincidência ocorre apenas quatro anos em cada século, (o próximo será só no distante 2018).

Outro tipo de Lua também chamada de Lua Azul
 
Nos calendários lunares , à lua cheia do décimo terceiro mês se lhe chama também de Lua Azul . Neste caso, da para entender o porque esta Lua Cheia pode ser especial,  já que ao ser o último ciclo de lua do ano,  deve ocorrer nele uma síntese do vivido durante todo o ano.

Ritual da Lua Azul
(Mirella Faur)
 
“Com o surgimento do calendário Juliano, no início do cristianismo, o culto à Lua Azul passou a ser reprimido por ser considerado uma exacerbação da simbologia lunar, do poder feminino e do culto às Deusas, assuntos perseguidos e proibidos. Mesmo assim, permaneceu sua aura romântica e poética e a Lua Azul passou a ser associada à crença de que era propícia ao romance e ao encontro de parceiros. Surgiu o termo inglês blue moon, significando algo muito raro, impossível, dando origem a inúmeras músicas e poemas melancólicos ou esperançosos”.

Na Mitologia Celta, esta Lua favorece o contato com o Reino Encantado dos seres da natureza. Invocam-se as Rainhas das Fadas – Aeval, Aine, Aynia, Bri, Creide, Mah e Sin – e empreendem-se viagens reais ou imaginárias para as “Sidhe”, as colinas encantadas, morada do “Little People”, o Povo Pequeno.

Para agradar as Fadas, os Celtas cultivavam perto de suas casas suas plantas preferidas – calêndulas, verbenas, violetas, prímulas, e tomilho – e deixavam oferendas de mel, leite, manteiga, pão, e cristais nas clareiras onde os círculos de cogumelos denotavam sua presença. Para favorecer a “visão”, abrindo a percepção psíquica, usava-se Artemísia, em chá ou em infusões para banhos, suco de samambaias ou orvalho passado nas pálpebras, saches de mil folhas e hipericão, invocações mágicas adequadas.

A Lua Azul é regida pela Matriarca da 13 Lunação . Ela é “aquela que se torna a visão”, a guardiã de todos os ciclos de transformação, a mãe das mudanças. Esta Matriarca nos ensina a importância de seguir nosso caminho sem nos deixar desviar por ilusões que possam vir a interferir em nossas visões. Cada vez que nos transformamos, realizando nossas visões, uma nova pespectiva e compreensão se abre, permitindo-nos alcançar outro nível na eterna espiral da evolução do espírito. A última visão a ser alcançada é a decisão de simplesmente SER. Sendo tudo e sendo nada, eliminamos os rótulos e definições que limitam nossa plenitude.

Para criar uma atmosfera adequada a uma celebração da Lua Azul, use velas e roupas azuis. Prepare água lunarizada expondo garrafas de vidro azul, cheias de água, aos raios lunares. Prepare “travesseiros dos sonhos” enchendo uma fronha de tecido azul com flores de sabugueiro, lavanda ou alfazema, hipericão, folhas de artemísia e sálvia. Imante cristais e pedras azuis como o topázio azul, a safira, o berilo, a água-marinha, o lápiz-lazuli ou a sodalita. Usando músicas com sons da natureza, como pios de corujas, cantos de baleias ou uivos de lobos, permita que sua criatividade e intuição levem-no/a ao Reino das Fadas ou ao encontro das Deusas Lunares. Olhe fixamente para a Lua, eleve seus braços e “puxe” a luz da Lua para sua testa, seu coração e seu ventre.

Conecte-se, em seguida, à Matriarca, pedindo-lhe orientação sobre as mudanças necessárias para alcançar uma real transformação.

Permaneça, depois, em silêncio e ouça as mensagens e respostas ecoando em sua mente ou alegrando seu coração.”

A Lua
(Fernando Pessoa)
 
A Lua (dizem os Ingleses)
É feita de queijo verde.
Por mais que pense mil vezes
Sempre uma idéia se perde.
E era essa, era, era essa,
Que haveria de salvar
Minha alma da dor da pressa
De... não sei se é desejar.
Sim, todos os meus desejos
São de estar sentir pensando...
A Lua(dizem os Ingleses)
É azul de quando em quando .
(resumido e adaptado de um e-mail recebido indicando hectorastrologia@globo.com como autor(a) do texto original)

28.7.04

Recebida por e-mail:

A ROSA E A COUVE-FLOR
 
Um dia, a rosa encontrou a couve-flor e disse:

- Que petulância, se chamar de flor!Veja sua pele áspera e a minha, lisa e sedosa.Veja seu cheiro desagradável e meu perfume, sensual e envolvente.Veja seu corpo grosseiro e o meu, delgado e elegante...Eu, sim, sou uma flor!!!

E a couve-flor respondeu:

- É...mas ninguém te come.

Moral da História:De que vale ser bonita se não for gostosa?

26.7.04

Meu colega do Levanta, Rio , o professor Antônio Argenor está promovendo um curso que é a cara de quem ama esta maltratada e linda cidade.


"Caminhos da Arquitetura e do Urbanismo Carioca": (Re) conhecendo o Rio a pé.

Local: Espaço Cultural da Livraria e Editora Renovar Rua Visconde de Pirajá, 273 - A - Ipanema
Tel: 2287 4080 / Fax: 2287 4888 e-mail: livrariaipanema@editorarenovar.com.br
Horário: Terças-feiras das 9:30 hs ao 12:00 hs
Início: 17 de agosto de 2004 - R$ 140,00
Duração: de agosto a outubro de 2004
Informações e inscrições - Tel: (21) 9304 2645

O Curso:
Programa de aulas expositivas que pretendem iniciar os alunos em estudos que abordem os processos de fundação, desenvolvimento e consolidação da cidade do Rio de Janeiro. Ao longo do curso e durante as aulas serão elaborados alguns Roteiros Temáticos que ocorrerão em visitas guiadas pelo professor aos principais espaços públicos, monumentos e arquiteturas da cidade do Rio de Janeiro, com o objetivo de (re) conhecer os diversos e mais significativos momentos históricos da evolução urbana da cidade, desde a época da sua fundação no século XVI até o século XX. As visitas serão a pé e em grupos de aproximadamente 20 pessoas para cada um dos roteiros a serem cumpridos.

Professor: Antônio Agenor de Melo Barbosa Arquiteto e Urbanista e Mestre em Urbanismo (Fau-UFRJ)

Rio antigo, / Rio eterno, / Rio-oceano, / Rio amigo, / O governo vai-se? Vá-se! / tu ficarás, e eu contigo.
Canção do Fico - Carlos Drummond de Andrade

OBS: Aos 15 primeiros alunos que efetuarem a inscrição serão concedidos descontos e promoções em diversos livros que abordam os temas do curso.


23.7.04

Li esta frase hoje e fiquei pensando: será?

"A boca fala do que o coração está cheio e os olhos vêem o que estamos buscando."
 
Ai-ai...

22.7.04

Impressões sobre Dogville

 
Li em tudo quanto era canto, todo mundo já tinha dito que era maravilhoso, mas só ontem consegui assistir a Dogville. E achei muito mais interessante e instigante do que qualquer coisa que eu tivesse lidou ou ouvido a respeito do filme de Lars von Trier.

Sim, o cenário, ou melhor, a falta dele é provocante e talvez esconda uma metáfora quanto a promiscuidade e falta de privacidade da vida em pequenas cidades. E tem câmera na mão, o que pode ser enervante. E mais uma série de outras coisas que podem ser comentadas sobre técnicas de cinema. O problema é que eu adoro cinema, mas não sou profissional da área. Sou daquele tipo de pessoa que, na verdade, se envolve realmente com a história e só depois que o filme acaba, se houver algo realmente marcante, como nesse caso, o não-cenário, é que me dou conta. Gosto de histórias.

E esse filme, parece, é sobre arrogância, muito mais do que sobre manipulação. Só que não a arrogância que surge imediatamente em nossas cabeças quando pensamos na palavra, mas outra, bem mais sutil e talvez destrutiva.

(Se você ainda não viu o filme, pare aqui e vá até a locadora para alugá-lo. Caso contrário, prossiga a leitura e, por favor, comente.)
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
Durante o filme uma pergunta que me ocorreu era por que ela se sujeita a isso. O que a esperava além das montanhas ou em Georgetown poderia ser assim tão pior? Depois que o filme acabou a resposta veio bem nítida.

Outro dia ouvi num programa de televisão que é fácil viver na permissividade e no desregramento. Tão fácil quanto viver na negação total: não fumo, não bebo, não jogo, não trepo, não saio à noite, não ouço música alta, não vou a festas, não, não, não... Bem mais complexo é encontrar o tão falado caminho do meio. Da mesma forma é muito simples ser "boazinha" quando se é oprimida. Difícil é continuar sendo boa quando se tem poder. E isso a gente vai descobrindo no decorrer da fita. À medida que os ninguéns moradores da cidade - a princípio gente apenas miserável e desconfiada, mas muito boa - vão vendo o poder que têm sobre Grace, sua crueldade e ausência de consciência moral vai aumentando.

A Grace de Nicole Kidman, com sua passividade e aceitação irrestrita das maldades, traições e punições a ela impostas, na verdade exerce, ao contrário do que pode parecer num primeiro olhar, a arrogância compassiva explicada magistralmente pelo personagem de James Caan.
Não era o temor de que se tratasse de uma criminosa que fustigava o sadismo da população. As mulheres sentiam-se ameaçadas por sua beleza. Os perdedores sentiam-se ofendidos e desrespeitados por seu jeito nobre. O cego humilhado por sua capacidade de enxergar. E ela deixava-se consumir dócilmente, às vezes até sob débil protesto, talvez também como uma forma de punição, porque expunha a eles suas próprias fraquezas e deficiências. "Você pode me ter agora como qualquer um deles. E será (tão vil) como eles." Desta forma, quanto maior o castigo aplicado a ela, mais seriam eles mesmos condenados à visão de sua própria iniquidade. Contudo não era suficiente que se soubessem culpados. Não era complicado para aquela laia encontrar desculpas para seus próprios desvios. Foi o fato de ela apontar publicamente os pecados de cada um que os fez desejá-la longe, de uma vez por todas.

O que esperava Grace além das montanhas ou em Georgetown poderia ser assim tão pior que a matilha de almas corrompidas de Dogville? Os gângsters? A polícia? Sim, o que a esperava fora de Dogville era bem pior: era ela mesma.

"O poder corrompe, o poder absoluto corrompe absolutamente."

20.7.04

Agruras de uma proto-mutante
 
Um dos meus problemas sempre foi encontrar sapatos que coubessem nos meus pés. Nunca adiantou os amigos bem-intencionados dizerem que eu não poderia calçar menos mesmo porque senão ia desequilibrar. A verdade é que não me incomoda nem um pouco, pelo menos a partir do final da adolescência, ter pé grande. O que me irrita é não encontrar aquele modelo maravilhoso no meu número, afinal a maioria da mulheres têm uma Carrie Bradshaw dentro de si.
 
Felizmente parece que o cenário está mudando.
 
"Segundo a professora de endocrinologia pediátrica da UFRJ Isabel Callende, melhorias nas condições de vida, com alimentação mais saudável e a prática de esportes, por exemplo, aumentam o potencial genético do crescimento. 'E, como os membros são proporcionais, os pés também estão ficando cada vez maiores', diz ela.
 
Para atender a essa demanda que não pára de crescer, cresce também o número  de lojas que trabalham com calçados de numeração maior."
 
(Revista Veja Rio, 21 de julho de 2004)
 
Parece que o número de proto-mutantes como eu tem aumentado, assim, minha vida vai ficando mais fácil.
 
Anotem as dicas (para o Rio ou na Internet), até para ajudar amigos e familiares:
 
Femininos:
 
Arezzo - 2431-9637
Carmen Steffens - 3324-0766
Cordoban - 3322-0247 (até 41)
Con$tância Basto - 2422-0355
Datelli - 2431-9475
Foot Feet - 2431-8235
New Order - 3089-1383
Pé de Anjo - 2256-2396 (de 40 a 43, tb em www.pedeanjo.com.br)
Pontapé - 2431-8293
 
Masculinos:
 
Adidas - 2275-7938 (tênis até 45)
By Tennis - 2219-5404
Centauro - 2219-5426(Adidas, Nike, Reebok para basquete até 47)
Esporte Total - 2431-9586 (tênis até 46)
Físico & Forma - 2542- 0145 (Nike até 47
Sport Society - 2523-0644
Street Shoes - 2295-1898 (tênis até 44 e sapatos até 47)
Pé de Anjo - 2256-2396 (de 45 a 50, tb em www.pedeanjo.com.br)
Pontapé - 2279-3843

14.7.04

Quero o segundo volume do livro A Casa da Mãe Joana de Reinaldo Pimenta.

Mas nem tenho coragem de entrar numa livraria com a pilha de livros que se acumulam na minha cabeceira aguardando sua vez de serem lidos.

Esta é mais uma prova de que eu precisava de uma daquelas férias em lugar ermo e silencioso, bom pra fazer nada, quer dizer, só ler e/ou namorar. E comer muito. E voltar depois de uma semana, morrendo de saudade de todas as facilidades da vida moderna e caçando uma boa dieta que compre nossa indulgência. Ah, queria mesmo.

Aliás, ando querendo um monte de coisas ultimamente, sabe?

Será que isso é bom?

Tem uma frase que eu li outro dia que ainda está flutuando aqui na cachola e diz mais ou menos que "Bom é ter esperanças, não expectativas."

Eis a história da minha vida nos últimos dias:



Ou Isto ou Aquilo
(Cecília Meireles)

Ou se tem chuva e não se tem sol
ou se tem sol e não se tem chuva!

Ou se calça a luva e não se põe o anel,
ou se põe o anel e não se calça a luva!

Quem sobe nos ares não fica no chão,
quem fica no chão não sobe nos ares.

É uma grande pena que não se possa
estar ao mesmo tempo em dois lugares!

Ou guardo o dinheiro e não compro o doce,
ou compro o doce e gasto o dinheiro.

Ou isto ou aquilo: ou isto ou aquilo...
e vivo escolhendo o dia inteiro!

Não sei se brinco, não sei se estudo,
se saio correndo ou fico tranqüilo.

Mas não consegui entender ainda
qual é melhor: se é isto ou aquilo.
Além de poeta e benfeitora, pioneira e rebelde, sobretudo o melhor colo do mundo, minha avó adorava jardinagem. Quando ela faleceu, minha mãe com três crianças ainda pequenas e trabalhando fora fez o melhor que pôde para manter suas plantas. Nas últimas décadas, regou, podou, transferiu de vasos, plantou mudas...

Outro dia trouxe da casa da minha mãe vasinhos com mudas de antúrio e flor de maio, originários dos canteiros da vovó. E tanto quanto a cópia de seu caderno de poesias, essas plantas fazem, agora, parte dos meus tesouros.

Hoje logo que acordei, vi a primeira flor aberta no meu Zigocactus e pensei, como sempre, na minha fonte e referência de amor inesgotável, que me fez ser tão exigente nos meus parâmetros sobre o que é ser amada, e nessa crônica do Rubem Braga, que é a minha favorita.



FLOR DE MAIO

(Rubem Braga)

Entre tantas notícias do jornal - o crime do Sacopã, o disco voador em Bagé, a nova droga antituberculosa, o andaime que caiu, o homem que matou outro
com machado e com foice, o possível aumento do pão, a angústia dos Barnabés - há uma pequenina nota de três linhas, que nem todos os jornais
publicaram.

Não vem do gabinete do prefeito para explicar a falta dágua, nem do Ministério da Guerra para insinuar que o país está em paz. Não conta incidentes de fronteira nem desastre de avião. É assinada pelo senhor diretor do Jardim Botânico, e nos informa gravemente que a partir do dia 27 vale a pena visitar o Jardim, porque a planta chamada "flor-de-maio" está, efetivamente, em flor.

Meu primeiro movimento, ao ler esse delicado convite, foi deixar a mesa da redação e me dirigir ao Jardim Botânico, contemplar a flor e cumprimentar a
administração do horto pelo feliz evento. Mas havia ainda muita coisa para ler e escrever, telefonema a dar, providências a tomar. Agora já desce a
noite, e as plantas em flor devem ser vistas pela manhã ou à tarde, quando há sol - ou mesmo quando a chuva as despenca e elas soluçam no vento, e
choram gotas e flores no chão.

Suspiro e digo comigo mesmo - que amanhã acordarei cedo e irei. Digo, mas não acredito, ou pelo menos desconfio que esse impulso que tive ao ler a
notícia ficará no que foi - um impulso de fazer uma coisa boa e simples, que se perde no meio da pressa e da inquietação dos minutos que voam. Qualquer
uma destas tardes é possível que me dê vontade real, imperiosa, de ir ao Jardim Botânico, mas então será tarde, não haverá mais "flor-de-maio", e
então pensarei que é preciso esperar a vinda de outro outono, e no outro outono posso estar em outra cidade em que não haja outono em maio, e sem
outono em maio não sei se em alguma cidade haverá essa "flor-de-maio".

No fundo, a minha secreta esperança é de que estas linhas sejam lidas por alguém - uma pessoa melhor do que eu, alguma criatura correta e simples que
tire desta crônica a sua única substância, a informação precisa e preciosa: do dia 27 em diante as "flores-de-maio" do Jardim Botânico estão
gloriosamente em flor. E que utilize essa informação saindo de casa e indo diretamente ao Jardim Botânico ver a "flor-de-maio" - talvez com a mulher e
as crianças, talvez com a namorada, talvez só.

Ir só, no fim da tarde, ver a "flor-de-maio"; aproveitar a única notícia boa de um dia inteiro de jornal, fazer a coisa mais bela e emocionante de um dia
inteiro da cdade imensa. Se entre vós houver essa criatura, e ela souber por mim a notícia, e for, então eu vos direi que nem tudo está perdido, e que
vale a pena viver entre tantos sacopãs de paixões desgraçadas e tantas COFAPs de preços irritantes; que a humanidade possivelmente ainda poderá ser
salva, e que às vezes ainda vale a pena escrever uma crônica.

13.7.04

Eu fui ao Anima Mundi no sábado e no domingo, no Odeon para ver animações infantis com o filhote e Ricardo, mas acho que fui eu quem mais se divertiu. Bem, foi páreo duro. O programa agradou porque foi de ótima qualidade. No sábado ainda demos uma esticada até o Centro Cultural dos Correiros para brincar com as técnicas de animação. Com ajuda do moleque, que já tinha experiência acumulada do último ano, fiz meu primeiro filme (um curtíssima-metragem de animação com massinha). Convites para a première estarão disponíveis em breve.

Foi lá que fiquei sabendo de uma coisa que todo mundo já deve saber, mas achei que valia a pena mencionar, já que sempre pode ter alguém, como eu, desembarcando agora de Vênus. É o seguinte:


EDUCAÇÃO A 24 QUADROS
Uma aula diferente

Sessões especiais com filmes do mundo inteiro.
Não deixe sua escola perder essa!

Filmes para todas as idades.
Sessões seguidas de debates, atividades lúdicas e visitas guiadas aos bastidores do cinema.


Alguns filmes oferecidos:

Narradores de Javé, de Eliane Caffé
Cidade de Deus, de Fernando Meirelles
Diários da Motocicleta, de Walter Salles
As Bicicletas de Belleville, de Sylvain Chomet
Aventuras com Tio Maneco, de Flávio Migliaccio
Buena Vista Social Club, de Wim Wanders
Memórias Póstumas, de André Klotzel
A Viagem de Chihiro, de Hayao Miyasaki
Ônibus 174, de José Padilha
Adeus, Lênin!, de Wolfgang Becker
Promessas de um Novo Mundo, de Justine Shapiro, B. Z. Goldberg e Carlos Bolado
Tainá, Uma Aventura na Amazônia, de Tania Lamarca e Sergio Bloch
entre outros lançamentos e clássicos

PROFESSOR VAI DE GRAÇA AO CINEMA
Sessões gratuitas para professores, acompanhadas de debate.



Informações
tel.: 21 2539-6142
e-mail: oce@estacaovirtual.com

www.estacaovirtual.com

12.7.04

Programa super legal e diferente!!!
E de graça!



João Gabriel Alves se apresentará tocando piano na próxima quinta-feira, dia 15 de julho às 18:30 h.
O recital solo será na Uni-Rio, Avenida Pasteur 436, Urca. (Sala Alberto Nepomuceno)
No programa Bach, Villa-Lobos, Mozart e Debussy.
Para quem for de ônibus tem que saltar no último ponto da Av. Pasteur. Fica pertinho da Biblioteca da Uni-Rio.

8.7.04

To be the big person


É certo que uma das (poucas) dádivas do acúmulo de anos é ganhar sabedoria. Ou pelo menos assim deveria ser. Na batata, o que acontece é que a lição se repete como um antigo disco quebrado até que se tire dela o ensinamento de que se necessita. Afinal, aprendizagem é mudança de comportamento. Se a gente continua (re)agindo da mesma forma, é porque ainda não aprendeu.

Onde uma pessoa jovem poria as mãos à cintura e perguntaria “Está pensando que eu sou idiota, é?”, uma alma maturada daria de ombro: “Que pense o que melhor lhe aprouver.” Repare que juventude e maturidade aqui tem pouco a ver com idade cronológica. Conheço velhos moços e adolescentes anciãs.

Levar o mundo à ponta de lança requer ânimo de que já não disponho. Gosto de pensar que não é preguiça, mas certa dose de generosidade. Por que seria tão importante demonstrar que tenho razão? Exponho meu ponto de vista, ouço o que há para ser dito do outro lado, analiso, assimilo ou pondero, conforme o caso. Tudo o mais fica por conta de Cronos.

A vida é professora rígida e implacável, entretanto paciente e incansável. Muitas vezes lança mão de um “monitor”, colocado em nosso caminho para dizer o que precisamos ouvir naquele momento exato. Um dos meus “monitores”, esta semana, depois de ouvir de mim algumas queixas, me olhou e disse uma única palavra: “Perdoa”.

Por mais difícil que seja, também é preciso aprender que não é possível modificar ninguém, a não ser nós mesmos e que se disso chegou-se ao limite, sempre se pode desviar a rota e evitar desastrosas colisões. Tudo é uma questão de avaliar o quanto (tempo, energia, saúde,...) se está disposto a investir para não perder uma nesga de jardim, quando o mundo pode ser seu quintal. Você se contenta com as migalhas (de atenção, poder, carinho, posses, reconhecimento...) e acha que realmente vale a pena todo o esforço que tem empenhado por elas?

Magnanimidade também pode ser abrir mão em favor de quem realmente jamais conseguirá nada além.

Desapego não é um conceito apenas material.

E os urubus passeiam a tarde inteira entre os girassóis.

6.7.04

Sabe o que ia ser bom mesmo agora?

Pó de pirlimpimpim.

Sabe quem tem?

30.6.04

VOZinVENTO - curso gratuito no Rio


VOZinVENTO
o vento da criacao traz o canto INtenso


oficina de criacao a partir da voz e do movimento em cena,
com Suely Mesquita

O curso acontece no palco e na plateia do teatro do Espaco SESC, as 3as. e 5as. de 11 as 14hs, de 6 a 29 de julho, privilegiando exercicios praticos e aproveitando a presenca do outro durante a criacao.

LOCAL:
Espaco SESC - Rua Domingos Ferreira 160 - Copacabana

PRECO:
2kg de alimento nao perecivel

DATA E HORARIO:
3as. e 5as. de 11 as 14hs
de 6 a 29 de julho

INFORMACOES:
vozinvento@suelymesquita.com.br
espacosesc.info@sescrj.com.br
(021) 2547-0156
(021) 2548-1088 R 229 ou 255

INSCRICOES:
de 3a. a domingo, na bilheteria do teatro, das 15 as 19hs
Espaco SESC - Rua Domingos Ferreira 160 - Copacabana

29.6.04

Você sabe onde vende repelente de urubu?
Tô precisada, viu?
O Quilombo do Leblon


"Sítio encantador, de cujo plateau se descortinava um dos mais belos e empolgantes panoramas, abundante em caulim de fina qualidade para fabricação de porcelana, cortado por um riacho, sussurrante entre seixos e taiobas, com magnífica fonte de excelente água potável, com varada plantação de árvores frutíferas, das de melhor espécie, com extenso corte em cujo meio vicejavam camélias brancas, aparecidas nas festividades promovidas com escopos libertatórios, era a afamada chácara - batizada sob o nome de quilombo do Leblon - benéfico esconderijo dos perseguidos pela ferocidade dos escravocratas. (...) Transportando-me a tão ditosa quadra da vida lembro-me das viagens para o bendito quilombo. Saltava-se do bonde no Largo das Três Vendas (atualmente Praça Santos Dummont). Apeando uma charrete, fornecida pelo asilador dos pretos (José Seixas), carrinho que, sob a tração de reforçado burro, tomava a Rua do Sapé (atual Avenida Bartolomeu Mitre), entrava no Largo da Memória, continuava pela Rua do Pau (hoje Dias Ferreira e Ria Igarapava), e transpunha a linha divisória do quilombo do Leblon, galgando um morro que acabava na pitoresca vivenda dentro da qual a mais carinhosa recepção aguardava o feliz visitante."
(Trechos do depoimento do jornalista Brício Filho, publicado no Jornal do Brasil, em 27 de setembro de 1928)

O nome Leblon surgiu por causa de um francês, seu primeiro morador, acabou se estendendo ao quilombo e mais tarde ao bairro, hoje um dos mais conhecidos da Zona Sul da cidade do Rio de Janeiro.

O terreno pertencia ao fabricante de malas português José de Seixas Magalhães. Ele foi adquirido em 1881 como parte de uma dívida hipotecária na qual José Seixas era credor, e possuia uma extensão de dois milhões e setecentos mil metros quadrados. Onde existia a casa principal do quilombo, hoje fica o Clube Campestre Guanabara, na rua seu saída Alberto Rangel, 71, no Alto Leblon, um ponto, sem dúvida, estratégico, que oferecia o necessário isolamento e grande proteção natural. O território oficial do quilombo do Leblon, em síntese, era: desde a praia do Leblon até um pouco além do Clube Guanabara, chegando quase na atual Rua Timóteo da Costa e, por dentro, até a pedra Dois Irmãos.

Preconceitos e mais preconceitos


Como a princesa Isabel e as damas mais importantes enfeitassem o colo com camélias abolicionistas, os inimigos do regime logo afetaram grande escândalo moral, tentando assim ganhar a simpatia dos escravocratas. Silva Jardim, por exemplo, bate forte na tecla dos bons costumes: "(...) homens sérios querem ser seriamente representados, e não por quarentonas que desconhecem a própria idade, o próprio sexo, a própria posição... Batalha de flores! Cuidado, Senhora! que estas flores não se vos tornem demasiado encarnadas, que elas se não vos tornem vermelhas!"


Um achado


O Museu do Negro está situado no conjunto arquitetônico do século XVIII na Igreja de Nossa Senhora do Rosário e São Benedito dos Homens Pretos, fundada pelos alforriados e escravos, e que tem profundos vínculos com fatos históricos da vida desta cidade.

O museu foi tombado em 1937 reunindo instrumentos da escravidão, móveis, documentos, estandartes, bandeiras abolicionistas, livros, fotografias de homes que se celebrizaram no campanha da abolição como: Luiz Gama, José do Patrocínio, Joaquim Nabuco, Castro Alves, André Rebouças, Cuz e Sousa e outros.

No ano de 2000 sofreu estrutura museológica com exposições permanentes e temporárias abordando temas desde o negro arrancado de sua terra, aviltado no trabalho escravo e sofrendo discriminações até hoje na sociedade, mas preservando as tradições culturais e artísticas.

A partir de 2001 foram criados: o Setor Museu da Educação, o Museu Itinerante, o Projeto de Incentivo à Arte, a Sala de Orientação Bibliográfica e a Lojinha do Museu.

2004 - Ano Internacional da Luta Contra a Escravidão


"Esta comemoração não é apenas um ato de solidariedade histórica para com as vítimas de uma terrível injustiça e para com aqueles que combateram por sua liberdade e seus direitos, como também é um ato de reafirmação do combate ainda em curso contra toda as formas de recismo, discriminação, xenofobia, intolerância e injustiça."

(Koichiro Matsuura - Diretor Geral da UNESCO)




Não é incrível que eu tenha descoberto tudo isso num trabalho escolar do meu filho que está cursando a 3ª série?

25.6.04

Eu odeio


Caga-regras em geral;
Quem não olha o próprio rabo;
Apatia;
Flacidez de caráter;
Mentira;
Falsidade;
Traição;
Preconceito;
Mau hálito, chulé e cê-cê;
Barulho de obra;
Burrice.
Ai, ai! Pois é...


"Gente que é fogo, no mais literal que possa ser a palavra. Fogo de entusiasmo, fogo de coragem, fogo de energia e de amor. Atividade e dinamismo, emoções determinadas, sucesso social. Audácia e aventura, firme disposição para qualquer empreendimento. Inteligência, muita inteligência, capacidade de reter grande volume de conhecimentos sem despender grandes esforços. Mentalidade inquieta e ansiosa, com mostras de imaginação ativa, incrível criatividade. Lógica e poesia, comando de muitas artes. Determinação e ousadia acima de tudo. Fogosa, difícil de domar, temperamental.Tem paixões à primeira vista, 'ferve', faz loucuras. Não gosta de conquistas fáceis. Prefere conquistar a ser conquistado. Precisa do amor romântico com um pouco de risco. Geralmente elegante, bonita, a ariana tem traços marcantes, orgulhando-se da própria beleza e do seu porte altivo. Quando ama, é sincera, apaixonada e leal. Orgulhosa, não admite recusa de amor. Que me desculpe, as mulheres de outros signos, mas a ariana é um ser privilegiado da criação."
(Wanderlino Arruda)

24.6.04

TPM


Quem, nesse mundo de Deus, toca o interfone da casa de alguém com quem não tem qualquer intimidade às 08h15 da matina sem nem ao menos ligar antes? E que tipo de espírito das trevas incita uma criatura dessas a fazer isso justo no dia em que a desinfeliz aqui está em plena TPM?

Depois, (mais) uma manhã infernal com telefone tocando sem parar, pedreiro, ajudante e engenheiro entrando e saindo, demolição do outro lado do rua, criança em pré-adolescência precoce discutindo tudo ponto por ponto... Da real necessidade do banho na vida urbana moderna, passando pela ditadura do dever de casa até a quantidade adequada de creme de desembaraçar cabelo. Outras questões relevantes: “Tarefas escolares e televisão: mutuamente excludentes ou mais um paradigma a ser quebrado?”, “A existência de Deus e a necessidade de manter o quarto arrumado: teorias ainda não comprovadas cientificamente.” e “Lágrimas e outros fortes apelos dramáticos: até onde se pode ir por um capricho?”

Eu considero que nessas horas é que sai Piaget e entra Pinochet.

Mas, para mim, Deus é sábio e criou o homem, que criou o milk-shake do ovomaltine do Bob’s. Momento de abandonar o almoço dietético sem graça em casa e cair de boca nas delícias da comida desqualificada e calórica preparada por desconhecidos.

E lá se foi uma fortuna com meias para mim, cada uma de uma cor. Tudo para combinar com meu novo/velho vestido. Eu não encontrei o chapéu desfiado de festa junina que eu queria comprar pro filho.

Eu achei na locadora o filme que eu queria ver (Adeus Lenin). Mas mim achou melhor trazer também uma comédia com o Steve Martin (A Casa Caiu) para relaxar. Eu olhei pro relógio e vi que já estava na hora de correr de volta, os peões estariam de volta do almoço a qualquer instante.

Mas sempre se pode dar um toquezinho pra melhorar e mim entrou na floricultura e voltou pra casa abraçando aquele lindo arranjo de flores do campo com o girassol. A providencial caminhada acompanhada de moderado surto consumista ajudou a aliviar o peso do prato imenso que mim devorou. Eu sabia que comendo daquele jeito não ia sobrar espaço nem tempo pro ovomaltine. Mas eu prometi pra mim que ainda vai rolar.

E quanto a isso, só tranqüilidade, já que eu e mim temos isso em comum. Ambas honramos nossas palavras. E no pequeno passeio fez-se a luz. Talvez a TPM pontencialize, quem sabe o cotidiano esmagador inflame, pode ser que o problema grave e insuportável exarcebe, mas o que realmente irrita, deprime, destroi e arrasa é a contumaz quebra das promessas e compromissos.

23.6.04

O FEIJÃO, O SONHO E A VIAJANTE DO TEMPO


Ao dobrar a esquina, na calçada estreita, quase tropecei no casal de adolescentes que, de pé, debuçavam-se um sobre o outro. Ele, protetor, talvez carrasco, passava um braço sobre os ombros dela e com a outra mão enxugava suas lágrimas. Ela, sofrida, quem sabe dissimulada, apoiava de leve a cabeça no ombro dele e murmurava sua lamúria.

Lembrei daquele meu sonho que jamais se realizará e quase chorei de novo. Um dia as lágrimas para essa quimera secarão e eu também. No vagar vespertino da rua residencial, quase pude me ver sentada ali no meio-fio, com aquele vestido quadriculado que eu adorava aos 8 anos, segurando o joelho ralado e ensangüentado e tentando engolir o pranto que poderia desencadear mais uma bronca. Era a menina na cena, sua voz, mas fala era minha:

- Mas, mas, mas... (fung, fung, fung) Tenho tanto amor pra dar aqui dentro de mim.

Não gosto de pet shops nem daquelas gaiolas, com bichinhos aprisionados, mas parei diante daquela, hipnotizada pelo olhar órfão do cãozinho. Perguntei telepaticamente se ele me entendia. Ele continuou me olhando, melancólico e solitário. Achei que a vitrine era um espelho. O gato siamês no box ao lado também me olhou. Só que altivo, desafiador, seguro e firme. Achei que também aquela vitrine era um espelho.

Subi as escadas do prédio antigo, brincando de claro e escuro com suas clarabóias. No fim dos degraus, a viajante do tempo me aguardava com cheiro de feijão.

21.6.04

Aqui jaz um post que não deu certo.

Lembranças eternas e saudosas da minha paciência e do meu tempo.
A Associação Saúde Criança Renascer, fundada em 1991 pela Dra. Vera Cordeiro, é um ONG sem fins lucrativos e sem filiação política ou religiosa.

O projeto nasceu da indignação de profissionais da área de saúde pública do Hospital da Lagoa, no Rio de Janeiro, frente ao sofrimento a que são submetidos as crianças miseráveis e doentes lá internados.

O objetivo da Associação é quabrar o ciclo vicioso:

"Miséria - Doença - Internação - Reinternação - Morte"

Nesses anos todos, o Saúde Criança Renascer já ajudou na recuperação e amparo de cerca de 4.000 crianças e 1.200 famílias. Eles doam medicamentos, alimentos, material de construção e intrumentos de trabalho. Também encaminham para empregos e cursos profissionalizantes, além de promover palestras sobre saúde para as mães em atendimento.

Sua missão é auxiliar, em conjunto com setores da sociedade civil, crianças e suas famílias, oriundas do Hospital da Lagoa, quebrando o ciclo vicioso e criando bases para a melhoria biopsicossocial e auto-sustentação.

A visão do grupo é transformarem-se em um centro de referência que permita a multiplicação do modelo atual, fornecendo serviços de alta qualidade e alto impacto na saúde de crianças e adolescentes. Montar uma instituição semelhante perto de cada hospital público do país.

COMO PARTICIPAR

Seja sócio:
Você colabora periodicamente com o Saúde Criança Renascer (via ficha de inscrição ou ppor telefone)

Apadrinhe uma criança:
Doe mensalmente 1 cesta de alimentos e/ou medicamentos durante 6 meses.

Doe ou arrecade:
Alimentos, roupas, brinquedos, material escolar, colchões, filtro d'água, fraldas descartáveis, etc.

Doe serviços:
Vagas em creches e escolas, empregos para adolescentes para adolescentes e pais, trabalho para diaristas, etc.

Seja voluntário:
Dedique seu tempo livre ao trabalho.

Divulgue o Projeto Saúde Criança Renascer:
Quanto mais pessoas souberem, maior participação eles terão.


Para saber mais e doar:

www.saude-crianca.org.br
renascer@montreal.com.br
renascer@saude-crianca.org.br

R. Jardim Botânico, 414
Parque Lage - Jardim Botânico
Rio de Janeiro - RJ
CEP 22461-000

Tel. (21) 2286-9654 / 2286-9988
Final de semana agitado e feliz.

Entre as diversas pequenas tarefas do sábado pela manhã, tínhamos que comprar algumas roupas de inverno para o Pedro. Aqui vai uma dica "di grátis" para quem trabalha no ramo de confecções: durante toda semana procurei em diversas lojas de rua e de shopping e não achei roupas para menino de 8 anos alto e robusto; quem investir nesse filão fica rico. Calça de moleton só consegui encontrar nas Lojas Americanas depois de bater muita perna, ter desistido e encomendado sob medida. Pijamas: impossível! Só uma loja tinha tamanho 12, mas ele disse que pijamas com figura do Tigrão ele não usava nem que a vaca tossisse. Pois é, ainda tem isso, a pré-adolescência precoce. Outro dia ele queria levar um jogo pra escola e eu peguei a primeira sacola que encontrei e coloquei o tal jogo dentro. Ele veio cheio de dedos: "Mãe, sua sacola é bonita, mas desculpa dizer, se eu aparecer com essa sacola na escola vão me zoar. Sacolinha rosa com florzinha não dá, né, mã?." Ó, céus!

Também fomos ao alfaiate. Eu queria recuperar um vestido pretinho que desmontei pra consertar e não consegui remontar. É uma coisa até trivial, não fosse o alfaiate ser uma das pessoas ainda vivas com números de campo de concentração nazista tatuado no punho e a pessoa que ele amavelmente me indicou para realizar o serviço. A costureira parece saída de um túnel do tempo: sua casa, seu cachorro, seu estúdio, suas maneiras, seu vocabulário, seu descompromisso com horários. O papo rende sem pressa, ela liga em horários inusitados para perguntar coisas sem importância. Uma figura folclórica. Tomara que o vestido fique bom.

Mas o evento do sábado foi mesmo o aniversário dos petizes da Lu. Como eles crescem rápido! Como são lindos! Tão adoráveis! Meu Pedro, que finalmente os conheceu depois de algumas tentativas frustradas, ficou encantado com os novos amiguinhos. Ele adorou a festa e as brincadeiras e nós ficamos muito felizes por termos sido convidados a participar de um momento tão alegre e rever a Lu, tão querida.

Domingão teve matinê de Shrek 2. Eu estava esperando um bom filme, mas assistia a um ótimo filme. Além de toda a graça dos protagonistas e da fuga das fórmulas esquemáticas dos contos de fadas, ainda traz diversas referências cinematográficas, que são deliciosas também para os pais.

E fomos tão cedo ao cinema porque de tarde tínhamos planos de ir ao Roça in Rio no Jockey. Foi muito bom. Um casal de amigos com 2 filhos nos acompanhou. Adoro festa junina, adoro comida, brincadeiras e roupas típicas e adoro uma badalação moderada. Tinha tudo isso e mais. Rolou show de pop rock satírico com uma banda chamada Parabrisas do Fracasso, e um bom show com o Reggae B (Bi Ribeiro, George Kid Abelha Israel, João Fera e outros grandes músicos) que acabamos não vendo até o final porque o moleque já estava cansado. Teve observação de celebridade também. A mulherada fez fila pra tirar foto com o bombeirão, aquele. O Bernard do vôlei ficou só dando entrevista com a tocha apagada na mão. As mulheres queriam mesmo era a mangueira. Mas o mais divertido foi na hora de vir embora. A gente saiu perseguindo o Sidney Magal.

A história começou há alguns dias quando Ricardo viu a Rosi Campos beijando o cantor em Da Cor do Pecado. Ele disse que a atriz deveria ser muito grande, porque já tinha visto o Magal de pertinho e que era muito maior que ele. Meu marido não é exatamente baixinho e eu disse que tudo bem, a Rosi é grande, mas que eu achava que devia ser porque na época bagaceira ele usava salto. Quando vi o moço pedi pro Ricardo ir se aproximando pra eu conferir se havia uma diferença tão grande assim de altura. Só que na hora em que a gente conseguiu se aproximar ele saiu descendo uma rampa. E lá fomos atrás, perseguindo disfarçadamente pro sujeito não notar. Isso durou um tempo, até que consegui fazer a verificação? Magal é mais alto uns dois dedos. Portanto a Rosi ou atua sobre um banquinho ou dá duas de mim, que tenho 1,78 m.

E aqui mais uma dica de negócios gratuita. Se você pensa em investir no ramo de alimentação, não hesite. Pastéis são ótima pedida. A fila para a barraquinha do pastel eram bem grandes, mas ela estava, no máximo, em terceiro lugar. Na segunda posição, o cachorro-quente não fez feio e já era uma pista para a vedete do gosto popular. A barraquinha campeã tinha aquela fila imensa que fez a gente duvidar que as pessoas estavam realmente pagando pela iguaria. Tamanha fila, só para refeição gratuita. Mas não. Esta é a indicação definitiva e passo pra você de bandeja: invista tudo em salsichão!

19.6.04

CHICO BUARQUE

60 ANOS




A Banda e não outra entre tantas lindezas emoldura este meu registro sobre Chico Buarque porque minha mãe conta que era a música que tocava quando ela foi para o maternidade, no dia do meu nascimento.

Mais que trilha sonora para minha chegada nesta terra, mais que um ídolo, Chico Buarque é uma espécie de pai, que acompanhou todo o meu desenvolvimento e toda a minha educação musical, política, emocional e amorosa. Até sobre ser mulher aprendi muito com ele.

A bênção, Chico.

Parabéns, Chico.

Muito, muito obrigada, Chico.

17.6.04

Entre o riso e a lágrima há apenas o nariz.
Millôr Fernandes

Velho abandonado não foi moço ajuizado.
Provérbio brasileiro

A vida é um circo gratuito: basta você prestar atenção.
Bill Copeland

Nada dura, mas muda.
Heráclito

Sob um bom governo, deveríamos nos envergonhar da pobreza; sob um mau governo, da riqueza.
Confúcio

Os perfeccionistas nunca são perfeitamente felizes.
Anônimo

O passado é o futuro usado.
Millôr Fernandes

Se você não sabe para onde vai, é provável que chegue lá.

Anônimo
As três peneiras


Um rapaz procurou Sócrates e disse que precisava contar-lhe algo.

Sócrates ergueu os olhos do livro que lia e perguntou:

- O que você vai me contar já passou pelas três peneiras?

- Três peneiras?

- Sim. A primeira peneira é a VERDADE. O que você quer contar dos outros é um fato? Caso tenha ouvido contar, a coisa deve morrer aí mesmo. Suponhamos então que seja verdade.

Deve então passar pela segunda peneira: a BONDADE. O que você vai contar é coisa boa? Ajuda a construir ou destruir o caminho, a fama do próximo?

Se o que você quer contar é verdade e é coisa boa, deverá passar pela terceira peneira: a NECESSIDADE. Convém contar? Resolve alguma coisa? Ajuda a comunidade? Pode melhorar o planeta e, arremata Sócrates:

-Se passar pelas três peneiras, conte! Tanto eu, você e seu irmão nos beneficiaremos. Caso contrário, esqueça e enterre tudo. Será uma fofoca a menos para envenenar o ambiente e levar discórdia entre irmãos, colegas do planeta.

Devemos ser sempre a estação terminal de qualquer comentário infeliz.



O problema com a maldição de Cassandra é que também me caem no colo certas informações que eu não desejo e pelas quais não procuro. O pior é quando você sabe que, mesmo que a sua intenção seja das melhores, a pessoa que precisaria desses dados, se ouvisse de você, não acreditaria e ainda lhe imputaria maldade.

Fico em silêncio e torço que não me deixem ver o sofrimento da pessoa quando souber a verdade. Talvez seja melhor caminhar assim mesmo, às cegas, tateando a realidade, sentindo-a penetrar em seus ossos, mas sem coragem para abrir os olhos e encará-la. Se não há nada que eu possa fazer para minimizar sua dor, por que estou em seu caminho? Não quero mais testemunhar desastres que prevejo, mas não posso evitar.