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14.2.03

Sei que estou fora do meu normal. Fora do meu ritmo, fora do meu astral, fora da minha forma. Por isso tenho sido mais chata do que eu mesma consigo suportar.

O lado bom é que tenho descoberto um monte de coisas. Sabe aquelas coisas que a gente até sabe de certa forma mais só consegue elaborar corretamente quando a jiripoca pia? Pois é.

Por exemplo, tenho pensado muito em responsabilidades e em como é confortável simplesmente acomodar-se ou sair distribuindo culpas. Talvez até por ter acabado de ler um livro sobre negociação que ganhei de presente (acho que nunca compraria um livro desse tipo), comecei a pensar sobre o quanto podemos alterar até o que parece irremediavelmente estagnado se simplesmente tomarmos as responsabilidades e as rédeas em nossas mãos.

E seguindo este caminho começou a acender uma luzinha dentro de mim que me mostrou que havia muita coisa que acontecia de errado na minha vida simplesmente porque eu permitia, não estava tão atenta quanto era necessário, não cobrava o devido, confiava e de certa forma me deixei convencer de que se me davam pouco era porque pouco eu merecia.

Sou uma pessoa intensa. E foi enorme a minha fúria quando esta ficha finalmente caiu. Ainda estou furiosa comigo mesma e com mais uma penca de pessoas e situações. Mas passa porque é assim que eu funciono. Daqui a pouco eu vou acoplar esta nova percepção ao meu dia-a-dia, vou perdoar quem merece perdão (inclusive a mim mesma), mas não vou esquecer. Eu nunca esqueço certas coisas.

Uma amiga minha dizia que a consciência é foda, ou seja, a partir do momento em que alguém se torna consciente de determinada coisa é impossível retornar ao ponto onde se estava. É preciso seguir, ir adiante, dar os passos necessários. Não adianta querer se agarrar à sombra da ignorância. Mesmo que ela fosse uma sombrinha tranqüila e gostosa.

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Por favor, dê algum sinal. Não me deixe desanimar de escrever por aqui. Faça com que eu sinta que alguém ainda me lê.

11.2.03

Voltei!

Pensei que voltaria bem, mas, depois de um período em que realmente consegui relaxar nas férias, o retorno me colocou nos ombros o mesmo peso que estava antes e mais alguns quilinhos.

Além das encalacradelas que continuam no mesmo ponto que deixei ou se complicaram um pouquinho, teve a morte do Fábio, que abalou toda a família. Está todo mundo de teto baixo e ainda tem a complicação do inquérito policial.

Graças a Deus o trabalho também começou a carga total, o que ocupa a cabeça e distrai um pouco dos aborrecimentos e tristezas.

Então, tamos aí.