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27.6.03

Rapadura é doce, mas não é mole não!
Neste momento, acontece sob minha janela uma festa junina.

Está tocando uma música do Gonzagão considerada genial porque, além de tudo, estabelece uma ponte cultural. Mas ele não foi o único a ter a genialidade para perceber os pontos em comum na cultura desses dois povos.

Estávamos em Recife, numa apresentação de frevo. Pedro de repente pára e de tentar acompanhar os dançarinos e fala que a dança parece a do Shrek. Que dança do Shrek?

Só depois eu fui estabelecer as conexões que quem tem filhos e o vídeo em casa pode reparar. No final da fita tem um clipe, onde os personagens dançam vários hits pop e ritmos mundiais em um karaokê. Tem inclusive uma dança russa.

E foi assim que meu filho se equiparou ao Rei do Baião.

(Corujice mata?)



Pagode Russo

(Luiz Gonzaga/ João Silva)

Ontem eu sonhei
Que estava em Moscou
Dançando pagode russo
Na boate Cossaco

Parecia até um frevo
Naquele cai e não cai
Parecia até um frevo
Naquele vai e não vai

Vem cá, cossaco
Cossaco, dança agora
Na dança do cossaco
Não fica cossaco fora

26.6.03

Que coisa engraçada!

Estou estudando inglês, só aparecem expressões francesas ou oriundas do francês e citando coisas brasileiríssimas.

Olhem mais esta:



Getting back to the idee fixe, let me say that it's what
produces strong men and madmen.

Joaquim Maria Machado de Assis, The Posthumous Memoirs
of Brás Cubas (translated by Gregory Rabassa)
Estudando um pouquinho de inglês (ou francês, já nem sei mais), me deparo com isso aqui:

"The dernier cri today is cheap rubber flip-flops from Brazilian supermarkets, embellished with beads or sequins."

(The [London] Times, April 8, 2003)
E se todo mundo resolvesse criar coragem e virasse a mesa bonitinho assim, hein?
Quem sabe a qualidade do que vemos e ouvimos na TV melhorasse muito...

Já é!
Lulu Santos!
Todo mundo resiste a mudanças.

Eu também.

Estava tão satisfeita com o Blogger do jeito que estava...
Momento Fel - Amargando Felicidade


Você não lida bem com sangue, mas seu filho leva uma topada daquelas e arranca a ponta do dedão do pé.

Você está sozinha com ele em casa. Já veio disfarçando pela rua, ignorando aquele detestável líquido vermelho sujando aquele pezinho que você ama tanto. Não tem como passar a tarefa adiante. Você vai ter que fazer o curativo.

Água oxigenada, merthiolate, algodão, gaze, esparadrapo. O arsenal é proporcional ao nervoso que você sente, mas não pode transparecer.

Música! Besta é Tu com Novos Baianos bem alto. Você conta para o rebento que ouvia aquela música quando era do tamanho dele e Vovó cuidava dos machucados da Mamãe. Ele adora a música e canta a plenos pulmões.

- Obrigado, Mãe! Puxa, você é boa em curativos, hein!

23.6.03

Fui ao Festival Oi de Inverno em Itaipava
.
Meu amor dirigiu do Rio até os cafundós da Cidade Imperial para atender minha vontade. Nessas horas a gente não pensa em preço da gasolina, no cansaço que é subir e principalmente descer a serra no último dia de um feriadão com grandes chances de cair num engarrafamento em plena Baixada Fluminense.

Qual não foi nossa surpresa ao sermos informados à porta do local do evento de moda, decoração, esportes radicais, gastronomia e música que ontem - domingo de feriadão, dias depois da inauguração oficial na quinta-feira e ampla divulgação nos veículos de comunicação carioca - não havia nada para fazer lá porque os stands não ficaram prontos. Só poderíamos participar da visitação normal ao castelo e um almoço de alta gastronomia (leia-se muito dinheiro saindo e pouca comida entrando). Para não perdermos a viagem, fomos visitar o castelo do avô da prefeita de São Paulo. É bem interessante, mas ficaria muito mais se o guia, além do texto decorado, soubesse responder às perguntas mais óbvia que lhe foram feitas.

Felizmente, como ex-moradora da Cidade das Hortênsias, tenho amigos por lá e tivemos uma tarde muito agradável sob o sol preguiçoso de serra, ladeados por crianças e diante de muito croquete da Casa do Alemão.

Mas ontem não foi nosso dia em termos de serviço. Na volta, fomos a um restaurante que pertence a uma rede bastante popular entre a classe média carioca. Ele comentava que era interessante observar como os preços continuavam razoáveis por lá (um prato de massa custa entre R$10,00 e R$15,00 e para pessoas de apetite normal - o que nem sempre é nosso caso - dá para dois). Será?

Ao chegar pedimos duas garrafinhas de água mineral. Sem gelo no copo. Uma garrafinha com água gelada, outra à temperatura ambiente.

Os copos tinham restos de espuma de sabão, as duas garrafas chegaram abertas à mesa em temperatura ambiente. Pedimos para trocar tudo. Ele trouxe dois copos com gelo. Pedimos que tiresse o gelo. Na terceira tentativa ele finalmente acertou. Garçom sem treinamento reduz bastante os custos.

Pedi um nhoque à bolonhesa e um suco de laranja. O molho do nhoque tinha três ou quatro bolinhas de carne e o suco de laranja não era natural, era aquele de caixinha, azedo e cheio de acidulantes, aromatizantes e conservantes. Economizar no prato que serve reduz bastante os custos.

A conta demorou horrores para ser trazida. Cortar despesas com pessoal ou contratar gente incompetente e lerda reduz bastante os custos.

O problema de reduzir os custos demais, chegando a comprometer a qualidade do serviço, é que acaba-se também afastando o cliente. Reduz-se o custo e também a receita.