Na terça fui assistir ao elogiadíssimo Separações.
Gostei muitíssimo. Excelentes diálogos, tiradas engraçadas e inteligentes, comovente sem ser piegas, metalinguagem esperta e com o Rio de Janeiro como moldura.
Foi a primeira vez que fui ao Estação Ipanema. Também gostei de lá.
Depois, embalados pelo filme, fomos para o Baixo Leblon (vocês vão entender porque quando forem ver também).
Acho que todo mundo sai da sessão reconhecendo um quê de Woody Allen e já ouvi gente falando em Truffaut.
Eu quis porque quis o texto sobre o Homem Lúcido que o Domingos Oliveira lê na última cena, porque depois de tantos anos me achando louca, descobri que sou uma Mulher Lúcida. Trata-se de um texto descoberto em uma pesquisa arqueológica com uma tremenda atualidade. A expressão homem lúcido entra aqui, porque na língua original é simbolizada pela mesma palavra usada para designar os sacerdotes.
Hoje de manhã, ao abrir minha caixa postal, vejo que meu amigo Marcelo Batalha tinha conseguido o texto pra mim. Um daqueles pequenos milagres, advindos de coisas que nos chegam as mãos no momento em que mais precisamos delas da forma como menos esperamos, porque o motivo que me fez amar o texto na terça-feira é completamente diverso do de hoje.
Divido com vocês:
O Homem Lúcido
O homem lúcido sabe que a vida é uma carga tamanha de acontecimentos e emoções que nunca se entusiasma com ela, assim como não teme a morte. O homem lúcido sabe que viver e morrer são o mesmo em matéria de valor, posto que a Vida contém tantos sofrimentos que a sua cessação não pode ser considerada um mal.
O homem lúcido sabe que é o equilibrista na corda bamba da existência. Sabe que, por opção ou acidente, é possível cair no abismo, a qualquer momento, interrompendo a sessão do circo.
Pode também o homem lúcido optar pela Vida. Aí então, ele esgotará todas as suas possibilidades. Passeará por seu campo aberto e por suas vielas floridas. Saberá ver a beleza em tudo. Terá amantes, amigos, ideais. Urdirá planos e os realizará. Resistirá aos infortúnios e até às doenças. E, se atingido por algum desses emissários, saberá
suportá-los com coragem e mansidão.
Morrerá o homem lúcido de causas naturais e em idade avançada, cercado por filhos e netos que seguirão sua magnífica aventura. Pairará então, sobre sua memória uma aura de bondade. Dir-se-á: aquele amou muito e fez bem às pessoas.
A justa lei máxima da natureza obriga que a quantidade de acontecimentos maus na vida de um homem iguale-se sempre à quantidade de acontecimentos favoráveis. O homem lúcido que optou pela Vida, com o consentimento dos Deuses, tem o poder magno de alterar esta lei. Na sua vida, os acontecimentos favoráveis estarão sempre em maioria.
Esta é uma cortesia que a Natureza faz com os homens lúcidos.
texto Caldaico (pertencente ou relativo à Caldéia, antiga região da Ásia) do VI século a.C. citado no filme Separações de Domingos Oliveira
Dica: Todas as Mulheres do Mundo, um clássico brasileiro de 1967 escrito e dirigido por Domingos Oliveira e estrelado por Paulo José e Leila Diniz está de volta. A partir de amanhã (17) até o dia 23, no Odeon, sempre às 13h. Não é "digrátis", mas é quase: R$2,00!!!
16.1.03
Da série Aqui Pertinho: Fábrica do Samba
Fábrica do Samba é um festival de música dedicado ao gênero que abriu as inscrições em outubro passado. Entre os autores dos 2153 sambas inscritos estão revelações, bambas e anônimos. Destes foram selecionados 57 que, a partir de hoje às 20 horas no Maracanãzinho, disputam a primeira de seis eliminatórias (16,17, 23, 24, 30 e 31 de janeiro). Depois acontecem duas semi-finais (6 e 7 de fevereiro) e a finalíssima (8 de fevereiro) com doze sambas. O sexto colocado levará 20.000 reais e os prêmios vão crescendo até os R$100.000 do primeiro colocado, que também levará o troféu João Nogueira. Os premiados gravarão um CD pelo selo Biscoito Fino.
Alguns dos classificados: Pedro Hollanda e Nilze Carvalho, Dona Ivone Lara, Monarco, Tantinho, Noca da Portela e Camunguelo.
Além das apresentações dos concorrentes, haverá shows contando a história do samba, passando por vertentes como samba-canção, samba de gafieira, afro-samba, samba de raiz e os sambas de enredo.
Agenda dos shows:
16/1: (Homenagem a Clementina de Jesus) Jongo da Serrinha, Dona Ivone Lara, Nelson Sargento, velhas-guardas do Império, da Mangueira e da Portela
17/1: (Homenagem a Tom Jobim) Emílio Santiago, Ivan Lins e Zé Renato
23/1: Jamelão, Alcione, Elza Soares
24/1: Sandra de Sá, Lecy Brandão, Seu Jorge
30/1: Martinho da Vila, Paulinho Mocidade, Dominguinhos do Estácio, Neguinho da Beija-Flor
31/1: Zélia Duncan, Miltinho, MPB-4, Quarteto em Cy
6/2: Jorge Aragão, Almir Guineto, Arlindo Cruz, Sombrinha, Luiz Carlos da Vila
7/2: Zeca Pagodinho, Dudu Nobre
8/2: Beth Carvalho, Grupo Fundo de Quintal
Preços:
eliminatórias (16, 17, 23, 24, 30 e 31/1): R$10,00
semi-finais (6 e 7/2): R$15,00
final (8/2): R$20,00
Fábrica do Samba é um festival de música dedicado ao gênero que abriu as inscrições em outubro passado. Entre os autores dos 2153 sambas inscritos estão revelações, bambas e anônimos. Destes foram selecionados 57 que, a partir de hoje às 20 horas no Maracanãzinho, disputam a primeira de seis eliminatórias (16,17, 23, 24, 30 e 31 de janeiro). Depois acontecem duas semi-finais (6 e 7 de fevereiro) e a finalíssima (8 de fevereiro) com doze sambas. O sexto colocado levará 20.000 reais e os prêmios vão crescendo até os R$100.000 do primeiro colocado, que também levará o troféu João Nogueira. Os premiados gravarão um CD pelo selo Biscoito Fino.
Alguns dos classificados: Pedro Hollanda e Nilze Carvalho, Dona Ivone Lara, Monarco, Tantinho, Noca da Portela e Camunguelo.
Além das apresentações dos concorrentes, haverá shows contando a história do samba, passando por vertentes como samba-canção, samba de gafieira, afro-samba, samba de raiz e os sambas de enredo.
Agenda dos shows:
16/1: (Homenagem a Clementina de Jesus) Jongo da Serrinha, Dona Ivone Lara, Nelson Sargento, velhas-guardas do Império, da Mangueira e da Portela
17/1: (Homenagem a Tom Jobim) Emílio Santiago, Ivan Lins e Zé Renato
23/1: Jamelão, Alcione, Elza Soares
24/1: Sandra de Sá, Lecy Brandão, Seu Jorge
30/1: Martinho da Vila, Paulinho Mocidade, Dominguinhos do Estácio, Neguinho da Beija-Flor
31/1: Zélia Duncan, Miltinho, MPB-4, Quarteto em Cy
6/2: Jorge Aragão, Almir Guineto, Arlindo Cruz, Sombrinha, Luiz Carlos da Vila
7/2: Zeca Pagodinho, Dudu Nobre
8/2: Beth Carvalho, Grupo Fundo de Quintal
Preços:
eliminatórias (16, 17, 23, 24, 30 e 31/1): R$10,00
semi-finais (6 e 7/2): R$15,00
final (8/2): R$20,00
Meu sobrinho, filho único da minha irmã caçula, que é diabética desde os seis anos de idade e já perdeu dois filhos, está internado num hospital desde ontem com uma doença que ninguém ainda conseguiu diagnosticar.
Eu sei que esta é uma terra de prova e expiação, mas será que não daria para aliviar a mão só um pouquinho por um tempo.
Eu sei que esta é uma terra de prova e expiação, mas será que não daria para aliviar a mão só um pouquinho por um tempo.
14.1.03
13.1.03
Da série Aqui Pertinho: Maracanã
Desde o dia 16 de junho de 1950, o Rio de Janeiro nunca mais foi o mesmo. Estava sendo inaugurado o Estádio Jornalista Mário Filho, o Maracanã, resultado da paixão dos brasileiros pela arte do futebol. Num projeto único para a época, o Estádio impressiona até hoje pela sua grandeza. São 195.600 m2, contando com o Maracanãzinho, a pista do Célio Barros e o complexo aquático Julio Delamare.
Os autores do projeto foram os arquitetos Rafael Galvão, Pedro Paulo Bastos, Orlando Azevedo e Antônio Dias Carneiro. O início da construção se deu no dia 2 de agosto de 1948, envolvendo muito trabalho, dedicação e, principalmente muita expectativa por todo o país. Uma das intenções do projeto era abrigar a Copa do Mundo de 1950. E assim foi. Perdemos a Copa para o Uruguai, mas ganhamos um estádio único no mundo, que ultrapassa fronteiras desde o dia de sua inauguração. Vários eventos já puderam testemunhar a grandeza do Maracanã: O Papa João Paulo II, em 1980, cantores como Frank Sinatra, Tina Turner, Paul McCartney, Rolling Stones, sem contar com grandes jogos, demonstrando o imenso potencial do futebol brasileiro.
O Maracanã foi inicialmente construído para comportar 166.369 pessoas, entre a geral, arquibancadas, cadeiras comuns, cadeiras especiais, camarotes e tribunas.
No dia 31 de agosto de 1969, nas eliminatórias da Copa do Mundo de 1970, o jogo Brasil e Paraguai recebeu 183.341 torcedores! Foi um jogo que entrou pra história do Maracanã.
O pontapé inicial para a construção do Maracanã foi dado pelo jornalista Célio de Barros, em 1938, quando sugeriu a Jules Rimet que o Brasil fosse sede da Copa de 1942. A SEgunda Guerra Mundial acabou cancelando as Copas de 1942 e 1946 e adiando a de 1949 para o ano de 1950.
Dessa forma, o Brasil acabou sendo escolhido, mas precisava de um estádio de porte para a final. Foi uma luta convencer a todos da importância do projeto. As pessoas alegavam a necessidade de mais hospitais. Nomes como Mário Filho, Ari Barroso, Vargas Netto, lutaram e conseguiram transformar o sonho em realidade. A cidade do Rio de Janeiro merecia um estádio à altura do seu futebol. Assim, no dia da inauguração, o Maracanã pôde comprovar porque tinha sido construído. Milhares de torcedores vibraram, se emocionaram e viram, como nunca, a magia do futebol falar mais alto. Estava dado o primeiro passo para que o mundo se rendesse ao Brasil. E o Brasil se rendesse ao futebol.
E hoje, já pentacampeões mundiais, tem-se a certeza de que sem os encantos do Maracanã nada teria o mesmo brilho. Nem o mesmo sabor. O país do futebol tem seu monumento. O Maracanã é o maior do mundo. Um templo inquestionável, que continua recebendo os belos espetáculos da bola.
Desde o dia 16 de junho de 1950, o Rio de Janeiro nunca mais foi o mesmo. Estava sendo inaugurado o Estádio Jornalista Mário Filho, o Maracanã, resultado da paixão dos brasileiros pela arte do futebol. Num projeto único para a época, o Estádio impressiona até hoje pela sua grandeza. São 195.600 m2, contando com o Maracanãzinho, a pista do Célio Barros e o complexo aquático Julio Delamare.
Os autores do projeto foram os arquitetos Rafael Galvão, Pedro Paulo Bastos, Orlando Azevedo e Antônio Dias Carneiro. O início da construção se deu no dia 2 de agosto de 1948, envolvendo muito trabalho, dedicação e, principalmente muita expectativa por todo o país. Uma das intenções do projeto era abrigar a Copa do Mundo de 1950. E assim foi. Perdemos a Copa para o Uruguai, mas ganhamos um estádio único no mundo, que ultrapassa fronteiras desde o dia de sua inauguração. Vários eventos já puderam testemunhar a grandeza do Maracanã: O Papa João Paulo II, em 1980, cantores como Frank Sinatra, Tina Turner, Paul McCartney, Rolling Stones, sem contar com grandes jogos, demonstrando o imenso potencial do futebol brasileiro.
O Maracanã foi inicialmente construído para comportar 166.369 pessoas, entre a geral, arquibancadas, cadeiras comuns, cadeiras especiais, camarotes e tribunas.
No dia 31 de agosto de 1969, nas eliminatórias da Copa do Mundo de 1970, o jogo Brasil e Paraguai recebeu 183.341 torcedores! Foi um jogo que entrou pra história do Maracanã.
O pontapé inicial para a construção do Maracanã foi dado pelo jornalista Célio de Barros, em 1938, quando sugeriu a Jules Rimet que o Brasil fosse sede da Copa de 1942. A SEgunda Guerra Mundial acabou cancelando as Copas de 1942 e 1946 e adiando a de 1949 para o ano de 1950.
Dessa forma, o Brasil acabou sendo escolhido, mas precisava de um estádio de porte para a final. Foi uma luta convencer a todos da importância do projeto. As pessoas alegavam a necessidade de mais hospitais. Nomes como Mário Filho, Ari Barroso, Vargas Netto, lutaram e conseguiram transformar o sonho em realidade. A cidade do Rio de Janeiro merecia um estádio à altura do seu futebol. Assim, no dia da inauguração, o Maracanã pôde comprovar porque tinha sido construído. Milhares de torcedores vibraram, se emocionaram e viram, como nunca, a magia do futebol falar mais alto. Estava dado o primeiro passo para que o mundo se rendesse ao Brasil. E o Brasil se rendesse ao futebol.
E hoje, já pentacampeões mundiais, tem-se a certeza de que sem os encantos do Maracanã nada teria o mesmo brilho. Nem o mesmo sabor. O país do futebol tem seu monumento. O Maracanã é o maior do mundo. Um templo inquestionável, que continua recebendo os belos espetáculos da bola.
O Zamorim confessou que usa pochete e me deu vontade de escrever sobre uma observação que tenho feito nos últimos tempos.
Onde colocar as quinquilharias que os adultos do sexo masculino são obrigados a carregar? Carteira, celular (nem pensar em pendurar no cinto!), frente do rádio do carro, chaves (casa, carro, alarme), agenda eletrônica...
Alguém decretou que é deselegante usar pochete. Sim, elas realmente não são bonitas, mas são práticas. Pior ainda é andar com os bolsos estofados, formando volumes estranhos aqui e ali. Quando o compromisso é profissional, uma pasta executiva resolve. Se é uma atividade esportiva, dá para atacar de mochila. Mas e para ir ao cinema, ao teatro, a um bar ou restaurante?
Andei fazendo uma pesquisa informal com as amigas casadas e descobri que são elas que carregam os pertences dos maridos em suas bolsas. Assim, além de nossos próprios bagulhos (que não são poucos, nem leves), brinquedinhos e outras distrações (e toda sorte de material de emergência) para os filhos, ainda carregamos o extra do companheiro.
Não sei se já aconteceu com vocês, mas já houve vezes comigo em que eu passava a semana toda escolhendo a bolsa certa para combinar com aquele vestido naquela festa e estudava meticulosamente o que poderia/deveria ou não levar para que tudo ficasse perfeito e então, já na porta, saindo, o dono do meu coração, com aquele ar de inocência típico dos machos pergunta: "Baby, dá pra por minha carteira na sua bolsa?". Oh, céus!
E fico me perguntando como é que os homens solteiros se arranjam hoje em dia? Preciso conhecer esse segredo pela saúde do meu casamento e da minha coluna, tão sofrida depois de carregar tanto peso. Também preciso descobrir, um dia, como uma mulher normal, principalmente se for casada e tiver filhos pequenos, consegue sair de casa carregando apenas uma bolsa tipo baguete. Por favor, se você conhecer as respostas, não me deixe na ignorância.
Onde colocar as quinquilharias que os adultos do sexo masculino são obrigados a carregar? Carteira, celular (nem pensar em pendurar no cinto!), frente do rádio do carro, chaves (casa, carro, alarme), agenda eletrônica...
Alguém decretou que é deselegante usar pochete. Sim, elas realmente não são bonitas, mas são práticas. Pior ainda é andar com os bolsos estofados, formando volumes estranhos aqui e ali. Quando o compromisso é profissional, uma pasta executiva resolve. Se é uma atividade esportiva, dá para atacar de mochila. Mas e para ir ao cinema, ao teatro, a um bar ou restaurante?
Andei fazendo uma pesquisa informal com as amigas casadas e descobri que são elas que carregam os pertences dos maridos em suas bolsas. Assim, além de nossos próprios bagulhos (que não são poucos, nem leves), brinquedinhos e outras distrações (e toda sorte de material de emergência) para os filhos, ainda carregamos o extra do companheiro.
Não sei se já aconteceu com vocês, mas já houve vezes comigo em que eu passava a semana toda escolhendo a bolsa certa para combinar com aquele vestido naquela festa e estudava meticulosamente o que poderia/deveria ou não levar para que tudo ficasse perfeito e então, já na porta, saindo, o dono do meu coração, com aquele ar de inocência típico dos machos pergunta: "Baby, dá pra por minha carteira na sua bolsa?". Oh, céus!
E fico me perguntando como é que os homens solteiros se arranjam hoje em dia? Preciso conhecer esse segredo pela saúde do meu casamento e da minha coluna, tão sofrida depois de carregar tanto peso. Também preciso descobrir, um dia, como uma mulher normal, principalmente se for casada e tiver filhos pequenos, consegue sair de casa carregando apenas uma bolsa tipo baguete. Por favor, se você conhecer as respostas, não me deixe na ignorância.
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