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16.10.03

Percebam, meus caros, o quanto sofre uma mulher no mundo moderno.

Ontem foi dia dos professores, portanto, as crianças não tiveram aula e você, minha amiga, que providencie um jeito pra uma criança sem aula em pleno dia útil. Para as mais sortudas, que dispõem de avós de boa vontade de plantão, não chega a ser uma grande transtorno, afinal, um diazinho cuidando do futuro genético sobre a terra, aquele ser que dizem amar tanto, não vai matar ninguém. Além disso aposentadoria ou a simples continuidade de uma vida dedicada à madamice foi feita pra isso mesmo: mimar os netos. Mas avós ou boa vontade nem sempre são artigos disponíveis. E a você, companheira, que numa hora que não sabe onde estava com a cabeça, decidiu que, para o bem de todos e felicidade geral da família, ia desenvolver sua vida profissional dentro dos limites do próprio lar, conciliando vida doméstica com ganha-pão, cabe o papel de sempre: vire-se.

E daí que o seu trabalho acumule? Você tem flexibilidade de horário. Vamos parar com essa bobagem de dormir 6 horas por noite. Amanhã você acorda às 6 e corre atrás dos atrasos. E nem adianta pensar em ir deitar antes das 2, viu? Hoje você dá um descanso para a regiamente paga escola do seu filho e faz você mesmo a função que era dela de ficar com ele no horário que você tem para ganhar o dinheiro para pagá-la.

O.K. Cinema, então, que a casa não agüenta uma criança quicando sobre todos os móveis durante um dia inteiro. É preciso liberar energia ou, pelo menos, distrair. É pouco ver um filme que não te interessa nadinha. Vamos completar a alegria do moleque que é o que interessa. Convidemos um amiguinho que, também filho único, passou igualmente a manhã chuvosa trancado num apartamento acumulando carga.

Vou poupá-los dos detalhes sórdidos que incluem "o que fazer se esta sessão está lotada e só tem ingresso pra próxima quando se está num shopping com dois meninos de oito anos?". Pulo para a parte em que encontrei uma colega de sina, acompanhada da filhota. Já na fila, com nossos ingressos e pipocas nas mãos damos as duas, atônitas, de cara com isso:



Que vem a ser a foto que ilustra o cartaz do filme Amar Custa Caro (Intolerable Cruelty), estrelado pela indubitavelmente bela Catherine Zeta-Jones e George "Olhos de Travesseiro" Clooney.

Mas espera lá. Lembra do Oscar 2003, em março? Ela estava gravidíssima. Corre lá e vê se este filme é produção deste ano. É. Mas como que uma criatura consegue esta cintura num vestido justo vermelho se há pouco mais de seis meses (nem vamos contar tempo de produção, divulgação, delay para chegar ao Brasil, etc.) ela estava assim:



Então você começa a se questionar se existe mesmo um Deus e se Ele realmente ama todas as suas filhas da mesma forma. Porque se alguém em menos de seis meses consegue parir e retornar a uma cintura dessas, você, pobre mortal excluída do Olimpo hollywoodiano, deve ser uma ímpia que não merece nada.

Mas há a luz. E ela vem através de raios catódicos. Você dá um pulinho na Internet e olhando fotos do tal filme, descobre que:



Ela é linda, talentosa, rica, usa os melhores vestidos e as melhores jóias, freqüenta os melhores lugares, tem o mundo aos seus pés e um Oscar na estante, mas, recém-parida, ao contrário do que querem impigir a nós como verdade, padrão e régua, só arruma cintura de vespa e abdômen reto com muita cinta e photoshop.

15.10.03

Enquanto não consiguia reestabelecer a conexão, fui anotando os posts:


Bode expiatório


The history of "scapegoat" is based on a linguistic misunderstanding. On Yom Kippur, the ancient Hebrews would sacrifice one goat for the Lord and lead another one into the wilderness bearing the sins of the people. The ceremony is described in Leviticus, where it is said that one lot shall be cast for the Lord and one for "Azazel." Modern scholars usually interpret "Azazel" as being the name of a demon living in the desert. But ancient biblical translators thought "Azazel" referred to the goat itself, apparently confusing it with the Hebrew phrase "‘ez ’ozel," meaning "goat that departs." The mistranslation was carried through Greek and Latin into a 16th-century English translation, where the goat was rendered as "scapegoat"; that is, "goat that escapes."


***


"Conhecendo o Rio a pé: Aspectos Arquitetônicos e Urbanos da Cidade"
a partir do dia 11 de novembro próximo pela Universidade Veiga de Almeida
(campus Barra da Tijuca)


Curso de extensão universitária: "Conhecendo o Rio a pé: Aspectos Arquitetônicos e Urbanos da Cidade"
Professor: Antônio Agenor de Melo Barbosa - Arquiteto / Urbanista e Prof. de Evolução Urbana do Rio
Público-alvo: Qualquer pessoa interessada em conhecer a história urbana e arquitetônica da Cidade.
Carga horária: 25 horas/aula (15 horas em sala de aula e 10 horas em visita de campo no centro do Rio)
Investimento: R$ 140,00 (com certificado de participação emitido pela UVA)
Início do curso: dia 11 / 11 / 2003 (terça-feira) às 13:30 horas.
Local das aulas teóricas: Campus da Universidade Veiga de Almeida na Av. Felicíssimo Cardoso n. 500 em frente ao Barra Shopping na Barra da Tijuca.
Aulas externas: aos sábados, no Centro do Rio, a partir das 9:00 horas da manhã.
Inscrições: 3325 2333 / r. 113 (coordenação de extensão da UVA) com Viviane ou Rogério das 9:00 h às 21:00 horas.
Informações: extensaobarra@uva.br


13.10.03

Recebido por e-mail:

Pleasing Others

Most importantly you understood that you are the creator of your experience and that pleasing others is not what is at the heart of being the creator of your own experience. In other words, pleasing others compromises your vibrational pattern....

..You come forth with this very powerful decision that you are going to be independently aware of how you feel that you are going to line up the energy within YOU. You see, the people who have the hardest time being deliberate creators, are the people who have the most people in their lives to please.

Abraham 8/16/03 W. Los Angeles
Ele pergunta, balançando uma barra de chocolate diante do meu rosto:
- O que você faz para ganhar um Chokito?
- Te dou um beijo estalado na bochecha.
- Não... (resposta completa no final do post).





Aos 80 anos de Fernando Sabino, dia das crianças, dia de Nossa Senhora Aparecida, padroeira do Brasil, com o Teatro João Caetano completando 190 anos, o Rio de Janeiro estava sob chuva.

Uma criança, você sabe, já foi uma delas, espera ansiosamente por esse dia. E chovia. Tudo o que tínhamos planejado de antemão, literalmente por água abaixo. Mas houve um iluminado que inventou revistas e cadernos culturais nos jornais que salvam pais e mães desesperados. A palavra grátis parecia piscar para nós em neon.

Meio como convidados, meio como penetras assistimos a uma peça/espetáculo promovida pela FIA (Fundação da Infância e Adolescência), cheia de todas aquelas coisas que criança gosta: música, dança, circo, brincadeiras, umas carinhas conhecidas da TV e no final um sacão de doces. E já que tínhamos passado a manhã inteira no teatro nada melhor para um programa mais para a tarde/noite chuvosa que... mais algum tempo no teatro.

Com a palavra Fernando Bicudo:

"Terra Brasilis luta por um resgate de nossas riquíssimas raízes culturais - as mais valiosas e diversas do planeta.

Terra Brasilis é um casamento de extremos, de opostos que se unem, de clássico com moderno, de erudito com popular, de real com virtual, de passdo com futuro, que se unem no todo da imensidão da cultura de nossa gente.

Terra Brasilis é, sobretudo, um grito de amor ao Brasil, um grito de amor ao que faz a nossa grandeza: o povo brasileiro.

O brasileiro é a síntese do melhor de todas as raças, e isso se espelha nas nossas manifestações populares, de norte a sul.

Apesar de nosso passado de injustiças sociais, somos o povo mais feliz do mundo, o que melhor sabe viver, o que mais cultua seu amor à vida. Somos o povo do perdão e da esperança. Somos o país do belo.

Somos o país da música, da dança, das festas, das celebrações, da excelência da cultura.

O objetivo maior de Terra Brasilis é promover um mutirão pela cidadania brasileira e pela busca de nossas verdades.

Viva o Brasil!"


O espetáculo é belíssimo e conta do Brasil de antes do Big Bang até o futuro. Com ótima música, figurinos caprichadíssimos, coreografias algumas vezes beirando o fantástico e principalmente um amor e uma alegria que fizeram esquecer que lá fora o Rio de Janeiro não se reconhecia, apresentam lundu, maculelê, caboclinho, maracatu, coco, ciranda, xaxado, capoeira, chula, samba de roda, valsa, maxixe, chorinho, gafieira, partido-alto, mangue beat e dança de rua, entre muitos outros.



- Não. Para ganhar um chokito, você enfia a mãozita na tomadita.