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3.1.03

Um casamento cancelado na porta da igreja...
Uma gravidez dupla...
Um assassinato...
Cenas de ciúmes...

Parece novela mexicana? Pois não é.
Deu na coluna do Boechat:

O laboratório gaúcho Jobim entregou a um tradutor automático a tarefa de verter para o inglês as embalagens de remédios que está exportando para os EUA.
Resultado: a cidade em que se localiza virou "They are Gabriel - RS".

2.1.03

Ah, sim! Os planos!
Um deles é arrumar esta casa aqui, que está cheia de teia de aranha pelos cantos.
Com a agilidade que tenho andado para este tipo de coisa, quem sabe lá pelas comemorações de São João, né?
O dia 31 foi estranho. Depois de recusar convites para Guaratiba e Magaratiba esperando a confirmação de uma festa que eu tinha combinado em outubro, mas não sabia onde era, recebi o aguardado telefonema. Infelizmente, por uma série de reviravoltas, acabei não me encontrando com quem eu esperava. Assim, mesmo com tantas possibilidades de festas, às 19:00 concluímos que seríamos mesmo só nós três.

Fomos para a Lagoa. Confesso que não estava especialmente animada. Mas algo aconteceu, algo sempre acontece à zero hora do dia primeiro de janeiro. Foi o espelho d'água, foi a linda árvore, foram os fogos, foi a animação infantil e o beijo do meu filho, foi o esforço sobrehumano para me agradar e beijo do meu marido, fui eu, sei lá... Mas no primeiro minuto do novo ano já havia feito as pazes com o sorriso. E ele veio por entre uma enxurrada de lágrimas. Elas sempre aparecem no réveillon, para lavar os males do ano que se encerra ou para lubrificar as engrenagens do que se inicia.

Havia uma festa acontecendo e eu dancei muito com meus dois pares.

O dia acordou preguiçoso. Finalmente encontrei meus amigos que vinham do outro lado do mundo sabe-se lá com quantas escalas. A gente ri, se abraça, se beija e retoma o papo como se ele tivesse sido interrompido no dia anterior. Com eles, vi Copacabana de uma perspectiva que ainda não conhecia. Ali, daquela varanda junto a piscina de um hotel fiquei tentando me imaginar na pele de um turista que chega a minha cidade e tem aquela visão. Deus, obrigada por eu ser aqui.

O almoço foi interrompido pela comoção. No restaurante muitos se levantaram em respeito ao Hino Nacional durante a posse do novo presidente. Eu não. Com as pernas bambas de emoção, não consegui me erguer. Pela televisão e no rosto de cada anônimo vizinho de mesa, vi o futuro chegando através de uma cortina de lágrimas. Que muitas bênçãos se derramem sobre o Brasil, o país do presente.

Depois de uma rápida sesta, era hora de deixar de vez qualquer ranço de 2002 e não há melhor forma de fazer isso do que entregando-se aos cuidados das águas do mar. À margem da Lagoa Rodigo de Freitas, ainda na noite anterior, conheci uma sergipana que vem todos os anos passar a virada do ano no Rio. Segundo ela, a experiência faz com que, diante de qualquer dificuldade, ela saiba que sempre haverá um 31/12-01/01 e siga em frente com força e esperança. Um pôr-do-sol no Arpoador também é beleza para alimentar qualquer um por um ano inteiro. Mas, felizmente, posso repetir o programa com maior freqüência, esteja ou não precisando de uma dose extra de energia.

Na praia estava FR, aquele que não se importou em sacrificar algumas vidas humanas, a cultura da pesca de subsistência, alguns ecossistemas pelo país afora em homenagem ao todo-poderoso deus lucro. Estava inconformado porque seu tempo acabou. Ele faleceu para os holofotes um pouco antes da era FHC e por isso afundava (como uma plataforma de petróleo), ali na areia, em puro despeito. A princípio fiquei irritada, depois me lembrei que a ele - coitado - não restava outra coisa a fazer. Não há mal que dure para sempre.

Nasce um novo ano, um novo país, uma nova disposição nos espíritos. E alguma coisa aqui dentro sinaliza que é muito mais que esperança.
O avô de um colega de trabalho do meu marido está com problemas de saúde e precisou fazer uma transfusão de sangue.

Para repor o sangue que já foi utilizado, são necessários 15 doadores. Qualquer tipo de sangue serve.

Local: Hospital Ordem 3º da Penitência - Tijuca - Rua Conde de Bonfim 1036
Horário: Sábado: 8:00h às 16:00h - Seg/Sexta: 07:00h às 16:00h

No momento da doação é importante dizer que a doação é para repor do paciente Fernando Dias Aguiar.

Podem doar pessoas que tenham entre 18 e 59 anos e pesem acima de 50Kg.
MMIII
O FUTURO CHEGOU!


La Nacion:
Asumió Lula y prometió un cambio "sin atropellos"

El Pais:
Lula promete transformar Brasil y erradicar el hambre

Le Monde:
Lula investi de l'espoir du Brésil

The Washington Post:
Lula Holds Out Hope in Brazil

Corriere della Sera:
La festa di Lula a Brasilia

Clarín
Lula: fiesta y firme apoyo al Mercosur

29.12.02

Enquanto isso, pesco na coluna Língua Viva do Sérgio Rodrigues:

"Em inglês, o sujeito plays at a recital and recites at a play. Em português, a gente 'calça uma bota e bota uma calça'."
Um dos assuntos que me jogam em discussões animadas e apaixonadas é quando a música brasileira e seus rumos aparece na roda. Fico especialmente motivada quando alguém surge com a ladainha de que não há novos nomes, que o mercado está ruim e outros lamentos congêneres.

Costumo bater na tecla de que os maiores reclamões precisam mesmo é de maiores informações, ler mais os cadernos culturais, ir a mais shows, conversar com as pessoas certas, freqüentar boas lojas de discos...

O artigo do Tárik de Souza hoje no JB está um primor. Trata-se, como é de se esperar nesta época do ano, de um apanhado de tudo ou pelo menos sobre o que de mais importante aconteceu na música brasileira nos últimos 360 e poucos dias. É uma ótima oportunidade para os chorosos ficarem por dentro do que perderam, do que acontecia enquanto eles se afogavam em lamúrias. Talvez até se animem e ergam suas parabólicas. Ou talvez sigam sintonizando o programa do Gugu e afirmando que não há nada de culturalmente interessante acontecendo no país.