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2.9.03

Quem acompanha este blog desde os primórdios, já viu Platão e a Alegoria da Caverna por aqui.

Agora achei esta versão prá lá de bacaninha.

1.9.03


Pedro conheceu Miró
e prestou uma homenagem


Miró by Pedro

O Espaço Sideral, 2002


Beatriz Milhazes

A Lenda

A Lenda, 2002
Discutindo cinema com um moleque de 8 anos:

- Mamãe, Papai, por que o Leléu deixou tudo pra trás e seguiu o Zeppelin? Ele foi atrás da beleza, né?
- É. E da liberdade e do intangível.
- O que é intangível?
- É o que não se pode tocar.
- Ah! Agora eu entendi.
- Cadê a ferramenta de comentário que estava aqui?
- O gato comeu.
- Cadê o gato?
- Foi pro mato.
- Cadê o mato?
- O fogo queimou.
- Cadê o fogo?
- A água apagou.
- Cadê a água?
- O boi bebeu.
- Cadê o boi?
- 'Tá amassando trigo.
- Cadê o trigo?
- A galinha espalhou.
- Cadê a galinha?
- 'Tá botando ovo.
- Cadê o ovo?
- O frade bebeu.
- Cadê o frade?
- 'Tá rezando missa.
- Cadê a missa?
- 'Tá no altar.
- Cadê o altar?
- 'Tá no seu lugar. Foi por aqui, aqui, aqui, tic, tic, tic...

***


Os sem-noção:

- quem instala software de sacanagem no seu (não no dele, no seu) computador de trabalho;
- quem entra numas de competição (meu pai é mais forte que o seu, minha mãe é mais bonita que a sua, meu vestido é mais enfeitado que o seu).

***


Esperava o quê, Carlinha Cintinha depois de acarajé, pato, ovo de codorna com molho, pastinhas mis, lombo com feijão (e todos os "avec"), chocolates, sorvete, fruta em calda e tudo o mais que a amnésia pela dignidade retirou da sua lembrança?

Vida longa aos grandes propósitos das segundas-feiras!

***


Procura-se um dia de sol desesperadamente.

31.8.03

Minha diarista contou que foi à noite, sem carro, debaixo de chuva à Rodoviária Novo Rio para pegar uma pessoa que ela não conhecia, que ia ficar hospedada na casa da vizinha, que também não conhecia a própria hóspede.

Achei a história esquisita e fui perguntando.

A moça veio para a Meia Maratona.

Pobre, pobre, pobre, apenas sua paixão a patrocinava. Deu sorte. Numa outra corrida, chegou em terceiro lugar, chorou de emoção, pôs a cara na Rede Globo. O prefeito da pequena cidade mineira onde mora resolveu capitalizar em, quem sabe, futuros votos a projeção de sua concidadã. Como a prefeitura não dispõe de verba para investir em esportes e esportistas, toda vez que há um evento de porte, ele mobiliza a comunidade para angariar fundos e fazer com que a moça chegue até lá. Desta vez o dinheiro só deu para a passagem de ônibus. Ela não tinha onde ficar.

Mas uma amiga da prima da cunhada ou algo assim conhecia a vizinha da minha diarista e estabeleceu-se a corrente para garantir que a heroína do esporte não ficaria ao relento em seu destino.

Ela chegou por aqui feliz da vida, com suas muitas tranças decoradas de verde e amarelo como identificação. Talvez ela não soubesse então que o lugar que a iria receber na Baixada Fluminense não faz parte da Cidade Maravilhosa. Mas isso não tem a mínima importância. Como também não tem a mínima importância ela não ter sabido da minha torcida.