Pesquisar este blog

20.12.02

Você sabe que reproduzo aqui estes pedidos porque participo de um grupo que tem justamente a finalidade de divulgar estas solicitações. Se aparece por aqui é porque já foi verificado.

O Sr. Armando Dile precisou operar o coração de emergência no Barra D'or no último domingo dia 15/12 . Ele precisou fazer transfusão de sangue durante a operação e agora no CTI ainda está recebendo sangue. De domingo até hoje foram 42 bolsas de sangue. Cada pessoa só pode doar uma bolsa de sangue a cada três meses.

A ajuda de todos que puderem doar é bem-vinda, não só com o mesmo tipo sanguíneo como qualquer outro. O Barra D'or está com o estoque quase vazio. O tipo de sangue do Sr. Armando é A positivo.

Local de Coleta: Hospital Barra D'or, Av. Ayrton Senna, 2541 - Barra da Tijuca, Rio, RJ
TEL: 2430-3780 de segunda a sexta
das 08:00 às 16:00 horas no Serviço de Hemoterapia.


Quem Pode Doar:
18 - 60 anos
Mais de 50Kg

Nunca ter tido:
Hepatite
Qualquer icterícia
Malária
Sífilis
Epilepsia ( convulsões )
Hipertireodismo
Diabetes
Aids
Doença de Chagas
Câncer

No dia da Doação
Gozar de Boa Saúde

Não estar:
resfriado
com qualquer infecção
com herpes em atividade
com manifestações alérgica
grávida
amamentando
cirurgia há menos de 06 meses
parto há menos de 06 meses.
Quando a gente fica triste, confusa, doente, preocupada (ou já ocupada), um afago é sempre muito bom.



Obrigada, Eliane.

18.12.02

A coisa vai indo mais ou menos; o que não está bem parece que vai se ajeitar; você não pode se queixar da vida, embora acabe sempre achando um ou outro motivo pra isso; a saúde como Deus manda, nada que algum repouso e uma semana de antibiótico não resolva...

Então, naquela época do ano em que tudo deve se paz, amor e harmonia, estoura a bomba em cima da sua cabecinha.

BUM!

De repente a frase pede um ponto de interrogação e fica assim:

Feliz Natal e próspero ano novo?

17.12.02

Parabéns, Gil!
Parabéns, Brasil!
Desabafo de uma cidadã

Não ia comentar porque não gosto de ficar escarafunchando em sujeira, mas duas coisas me fizeram perceber que eu tinha a obrigação moral de colocar em palavras os meus sentimentos. Talvez por ter a esperança de não ser a única a sentir tanto asco, o programa de televisão no domingo e a manchete do jornal hoje me impeliram a escrever.

Há alguns dias o Brasil ficou boquiaberto com a sentença de inocente que receberam os policiais que assassinaram o seqüestrador do ônibus 174. Conhecendo a precariedade de um código penal que necessita urgentemente ser revisto e ainda contado com a possibilidade de muitas mutretas que poderiam aliviar a pena dos policiais exatamente por serem policiais, ainda assim me senti ultrajada ao saber do veredicto de inocência. Inocência, caramba! Não é trabalho comunitário, nada de sursis, não é apelação a um tribunal superior. Os caras mataram um homem e foram considerados inocentes. Eu vi, você viu, o mundo inteiro viu, Sandro, o seqüestrador entrou vivinho no camburão e apareceu morto do outro lado. Não há qualquer dúvida sobre quem, onde, como ou porquê. Todo mundo sabe, todo mundo viu! Inocentes? O cacete!

Mas foi pior. Foi júri e não um membro do sistema judiciário que decretou que os policiais podem matar pessoas rendidas e desarmadas. Foram cidadãos como eu e você que consideraram que policiais podem julgar e executar. Foi uma gente que não sei como consegue dormir ou encarar os próprios filhos que disse apoiar o retorno à barbárie, a abolição da lei, que aceita que qualquer um se equipare a um assassino, tornando-se assassino também, só que inocentado perante a lei.

Pois quem concorda com o discurso do advogado Clóvis Sahione, notório defensor dos indefensáveis, que afirma que ele mesmo seria capaz de matar uma sujeito que matasse uma filha dele, talvez não tenha reparado no paradoxo criado. Se os policiais são inocentes porque mataram Sandro, já que ele era um marginal, um assassino, um seqüestrador, Sandro também teve razão em atirar contra a sociedade que negou a ele a cidadania, atentou contra sua vida em uma chacina quando ele ainda era criança, esfaqueou e matou sua mãe diante dele quando ele tinha seis anos.

Não, Sandro não é santo, não é mártir, não é herói. Os policiais que mataram Sandro também não são inocentes.

Minha tristeza é profunda. É sabido que o ser humano pode dar errado e ter o caráter corrompido e pode tornar-se um bandido, um seqüestrador e um assassino. E a gente também sabe que pode acontecer de brotar, dentro da corporação policial, profissionais despreparados que podem se transformar, eventualmente, em uma ameaça à sociedade. O que pessoas de bem esperam é que tanto uns quanto outros sejam julgados e condenados por seus crimes. É assustador pensar que, dentro de nossa malha social, pessoas acreditem que há outras formas de se fazer justiça.

Acredito que as pessoas que concordam com este veredicto absurdo e nojento sejam as mesmas que vivem afirmando que este país é uma merda e/ou que sentem vergonha de serem brasileiros. Se tomam todos os brasileiros por sua própria hierarquia de valores, têm mesmo muito do que se envergonhar. Ao final do julgamento, ao ver-se obrigada a liberar os policiais assassinos, a juíza, melancólica e acertadamente lembrou que cada sociedade tem a justiça que merece. Pois eu gostaria de acreditar que os revoltados como eu neste momento formam a maioria. Quero, de todo o meu coração, crer que aqueles jurados não representam a forma de pensar do meu país.

Hoje a machete do jornal fala do envolvimento de deputados, juizes e ministro com o tráfico de drogas. Que seja. Agora quero ver estas pessoas sendo exemplarmente punidas. Não aceito que, diante de todas as evidências, mais uma vez tenhamos que aceitar criminosos como inocentes.
Às vezes acho que sou louca. Mas na maior parte do tempo estou certa disso, o que, paradoxalmente, atesta que ainda me resta alguma lucidez.

16.12.02

Às vezes acho que sou louca. Mas na maior parte do tempo estou certa disso, o que, paradoxalmente, atesta que ainda me resta alguma lucidez.
Às vezes acho que sou louca. Mas na maior parte do tempo estou certa disso, o que, paradoxalmente, atesta que ainda me resta alguma lucidez.