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23.2.02

Do baú

AMIGO É PRÁ ESSAS COISAS

- O que é que houve, meu camarada? Tu tá amuado, nem parece o meu chegado Tonhão...
- Nem te conto...
- Aaaaaaah, não! Cê vai me dar licença, mas eu vou sentar aqui e ficar
contigo até tu abrir esse peito e contar tudinho que tá te azucrinando. Quem sabe eu posso te ajudar? Às vezes só falar já alivia. A gente somos ou não somos camaradas?
- Somos... Claro! Mas é que é coisa minha, cê sabe... Daquelas que a gente num conta nem pro travesseiro. Cê tá me entendendo?
- Olha, Tonhão. Vamu fazer o seguinte: tu toma uma por minha conta. Traz uma aí, Pará! Põe aqui pro Tonhão que ele tá na precisão. Valeu! Toma! Vira! Isso, garoto! E então, deu prá esquentar? Tá melhor, num tá? Quer outra? Pará, mais uma. E põe na minha conta, que eu tô podendo. Te contei, Tonhão, que fiz um serviço numa casa de madame? Fiquei meio cabreiro porque madame é muito bom na hora de encomendar, mas na hora de pagar é outra história. Mas a perua pagou tudo, de uma vez, direitinho e gostou tanto que já deu dica de
outras colega dela prá mim visitar e ver se descolo alguma outra bocada. Puxa, tua cara já melhorou. Viu só? Num tem mágoa que uma água que passarinho não bebe não resolva...
- Tu deve de estar certo... E sabe o quê? Eu é que devo estar vendo coisa, procurando chifre em cabeça de cavalo...
- Ih!... É coisa com comadre Nega, é?
- E o que mais havera de me deixar desse jeito, homem? Aquela nega é minha vida, tu sabe...
- E o que que houve?
- Tu conhece a Nega... Tem aquele jeitão despachado, cara de braba, mas a gente se damos bem. Ela briga, reclama, mas quando escancara aqueles dente e solta aquela gargalhada, alumia até noite sem lua.
- Pois então...
- Agora deu prá não sorrir mais. Nem xingar meus sapato no meio da sala ela xinga.
- Hum...
- Tu sabe que com criança pequena em casa as coisa de casal muda um pouco, né? Tem que esperar o Uoxinto dormir para a gente podermos vadiar... E às vezes ele dorme depois de mim... É chato... Mas quando tudo dá certo a gente tiramos a forra.
- Êta! Peraí um pouquinho... Pará... Mais aqui... Pronto! Vai, fala...
- Então... Aí no dia seguinte, enquanto faz meu café a Nega canta que é uma beleza, faz festa no menino, essas coisa...
- ...Que tu é homem de saber fazer mulher ficar feliz...
- É... Aí essa semana o Uoxinto começou na escolinha e tem dormido cedo, cansadinho o bichinho. Às vez eu chego do trabalho e ele já tá lá
conversando com os anjinho do céu, no maior ronco...
- ... e tu e a patroa em lua-de-mel...
- É... Mas aí é que ficou estranho, porque a Nega não se ri, não tá cantando de manhã...
- Ih!...
- Um sujeito pode ficar com o coração calmo com uma coisa assim?
- Te entendo, te entendo...
- Acho que ela anda com saudade dos tempo de que era rainha da roda lá prás bandas da Boca... Tu lembra como a Nega dançava bonito? Todo mundo parava prá ver, dava gosto... Depois que a gente juntamos os trapo, nunca mais... Eu nem num pedi. Ela mesmo que num teve mais ânimo praquilo. Mas acho que agora tá sentindo falta... Quer brincar um pouco... Fica o dia inteiro socada dentro de casa, cuidando de panela, roupa e menino, tadinha... Às vez eu tenho pena... Fico pensando em levar ela prá dar uma volta na Boca, rever os amigos, dançar um bocado...
- Tu tá doido? Perdeu a razão?
- Por quê!?
- Tu num sabe como anda a Boca por esses dias! Aquilo tá cheio de malandro ordinário, mermão.
- É?
- E num é? Gente da pesada. Tu tá me entendendo? Ninguém respeita mais ninguém. Num tem mais aquela coisa do nosso tempo, não. Ó, vou te dar uma idéia, com todo respeito, porque te considero prá caramba, tu é meu irmãozinho e sei que num vai ficar chateado com teu compadre aqui: Nega é mulé jovem ainda, tá bonitona, mesmo depois de ter menino. Tô falando com respeito, hein! Pois tu vai lá mais tua Nega e chega um otário metido a malandro querendo tirar chinfra. Porque tu sabe que aqui todo mundo te respeita. Nega é a mulé do Tonhão e num tem mais assunto. Mas lá... Ah, meu irmãozinho, é tudo diferente. Eles acha que ninguém é de ninguém. Vai por mim: tu vai te aborrecer. Vai entregar o ouro ao bandido. Claro que a comadre vai fazer ouvido de mercador prás cantada barata. Mas o que que um homem como tu ia fazer se passassem a mão na tua Nega? E hoje em dia, neguinho só quer resolver questã no teco.
- É... tu tem razão... Mas como é que eu vou tirar este quebranto da Nega?
- Tu lembra do João Malé, aquele que vendia de um tudo aí pelas vielas? Então, rapaz, de grão em grão a galinha enche o papo. Ninguém dava nada pelo crioulo e ele guardando seus trocado... Outro dia abriu um bar ali embaixo, perto da Esquina do Pecado. Coisa de muito luxo... Bom gosto que num sei de onde aquele camarada tirou... Pois bem, fui lá outro dia com a Wladislene. Música boa, só casalzinho, bem família... A gente dançamos prá valer... Se divertimos prá caramba e num teve nenhum engraçadinho prá mexer com ela, porque todo mundo tava acompanhado. O maior respeito, percebe? É num lugar assim que tu tem que levar a Nega...
- Será que ela gosta?
- Claro, comadre Nega é mulé fina, sabe o que é bom...
- Isso é mesmo...
- Então... Olha tive outra idéia: Wladislene adora o teu moleque. Mesmo que ela não fosse a madrinha dele ia adorar aquele garoto, porque ele é um menino de ouro...
- Ele é mesmo uma coisa, né? Sabe que outro dia eu cheguei em casa com um agrado prá ele e ele abriu correndo, deixou o brinquedo de lado e ficou brincando com a caixa? Eu pegava o brinquedo, mostrava prá ele, mas ele só queria saber da caixa. O moleque tem opinião que nem a mãe...
- A Wladislene adora o Uoxinto. Eu também tenho o teu menino em consideração de filho. Você faz o seguinte: deixa o garoto com a gente, vai se divertir com a comadre na casa do João Malé e depois... Ah, ah, ah... Tu já viu o novo motel que abriu lá na estrada? O Alemão falou que é coisa de responsa e que é baratinho, quer dizer, dá prá gente pagarmos sem apertar muito, sabe? Tu vai lá, dá um trato na Nega e quero ver se ela canta ou não canta...
- Cês ficam mesmo com o moleque?
- E prá que que serve os amigos? A gente temos que se ajudar, ué...
- Eu acho que a Nega vai adorar...
- Claro!...
- Puxa, tu é mermo um irmão. Num é à toa que a gente te escolhemos prá batizar o menino...
- Ah!... Deixa disso que tô ficando encabulado.
- Vou falar com a Nega...
- E pode deixar que essa eu acerto que tu vai precisar de algum prás tuas investida romântica. Num esquece de comprar umas flor prá ela... Um vestido bonito...
- Tá, tá... Deixa eu ir que tu tá me enchendo de idéia... Valeu, mermão! Té mais...
- Vai pela sombra... Tu tá vendo, Pará, como é que é essa vida? Tu fica aí atrás desse balcão e vê tudo... Se eu não espremo este camarada, no que que num ia dar esse assunto? Eu aqui crente que o papo com a Nega foi só uma coisica à toa e ela já desgostando do Tonhão... Só me faltava essa... Se eu num tomo uma providência, Nega e Wladislene qualquer hora dessa tão descendo esse morro agarradas nos cabelo uma da outra. Essas mulé de hoje em dia tão muito carente, se apaixona por qualquer coisa. Eu, hein!

Mamma Meg mandou para mim e divulgo:

Vocês já ouviram falar do projeto Villa-Lobinhos? Não? Então não sabem o que estão perdendo: uma chance de a gente se orgulhar de ser brasileiro. Vou explicar. O Villa-Lobinhos é um projeto realizado (a duras penas, diga-se de passagem) com o apoio do Instituto Moreira Salles e do Museu Villa-Lobos, administração da ONG Viva Rio e coordenação pedagógica de Turíbio Santos.

O que eles fazem, basicamente, é oferecer bolsas de estudos para crianças e adolescentes de comunidades carentes aqui do Rio de Janeiro e da Baixada Fluminense. Essas crianças passam a ser atendidas em um ambiente muito simpático e acolhedor, onde recebem almoço, lanche e uma ajuda financeira para pequenas despesas. Mas o mais importante, para nós, é que dentro do projeto elas recebem também orientação musical completa: aulas de teoria, de instrumento, música de câmara, história da música, informática. Além de tutoria escolar e apoio psicológico.

O resultado é impressionante. Podemos dizer isso de cadeira, por que já vimos, e já ouvimos. Essas crianças estão tocando melhor do que muita gente grande, e o fazem com uma alegria e um amor que têm servido de exemplo para todos nós que tivemos contato com eles. Para vocês terem uma idéia, uma das muitas apresentações dessas ferinhas foi no Rock in Rio, junto com a super-fera Paulo Moura.

É um trabalho meritório e entusiasmante. A gente logo quer participar. Mas como? Muito simples. O projeto precisa desesperadamente de doações: instrumentos de qualquer espécie, ainda que não estejam em perfeito estado; aquela flauta vagabunda que está no seu armário há séculos, e poderia estar prestando um belo serviço; e aquelas toneladas de flautinhas doces (de plástico também serve!) que estão esquecidas no fundo do baú de brinquedos das crianças.

E mais: livros, partituras, estantes de música, computadores, CDs, fitas, aparelhos de som.... Usem a sua criatividade. Também não custa lembrar: dinheiro é sempre muito bemvindo, e muito bem aplicado, já que educar e alimentar tantas crianças custa caro. Atualmente o projeto já conta com vários padrinhos: pessoas ou instituições que se responsabilizam inteiramente por uma criança. Atualmente duas crianças estão sem padrinho e correndo o risco de serem excluídas do projeto. Não vamos deixar que isso aconteça, não é?

Como doar? Fácil, fácil. É só entrar em contato com o Rodrigo Belchior, pessoa fabulosa e alma do projeto. O telefone dele é: 21- 215 0766, ou celular 21-9956 0475, ou então no Projeto Villa-Lobinhos, 21-540 5890. O e-mail dele é : Villalobinhos@vivario.org.br.
Ou rodflauta@ig.com.br.
Mas o que é a Feiticeira na Casa dos Artistas II - O Retorno? Claro, eu sei que em público você não sabe quem é a Feiticeira nem jamais perdeu o seu precioso tempo vendo aquela baixaria total criada pelo Mago Abravanel. Mas, não tem ninguém olhando agora. Você pode admitir que sabe muito bem quem é a Feiticeira e que de vez em dá vazão aos seus instintos voyeurísticos dando uma olhadinha nos artistas da Casa dos Idem II - A Vingança. Mas a pergunta da vez é: o que é aquele homem forte e espadaúdo no qual se transformou a outrora calipígia e curvilínea Feiticeira? Será a mais nova tendência?

Vai ver o restante deste texto maravilhoso.

22.2.02

Sei não...
Tive uma idéia brilhante para um post.

Esqueci...
Eu só quero:

- pão de queijo
- geléia de morango
- guaraná
- pão francês quebrando de fresco
- manteiga com sal
- café com leite morno
- queijo prato
- suco de laranja
- doce de mamão verde

Estou sem fome...
Programa imperdível para balzaquianos em geral:

O Museu da República apresenta, dentro do projeto TV Nostalgia, uma retrospecitva de Vila Sésamo. A gente vai poder matar a saudade de Ana Maria (Sônia Braga), Juca (Armando Bogus), Gabriela (Aracy Balabanian), Antônio (Flávio Galvão), Garibaldo (Laerte Morrone) e Gugu. A exibição neste sábados acontece entre 10h e 17h e, nos intervalos, André Monteiro, o organizador, apresenta desenhos e comerciais infantis antigos.

Então, um aperitivo para amanhã:












Quem me dera agora:




Recebi por e-mail e vou postar porque nunca é demais. A bola está conosco, já que se formos depender dos governantes estamos ferrados.

Dengue: saiba como prevenir, identificar e tratar a doença

Água parada em pneus, vasos, caixa d'água aberta. Pronto. Não precisa mais nada para que o mosquito aedes aegypti se desenvolva e saia por aí infectando as pessoas. A dengue é uma doença infecciosa que pode ser grave, chegando até a matar, mas fácil de evitar. Basta tomar alguns cuidados básicos.

Sintomas

A dengue é uma infecção causada por um vírus que possui quatro sorotipos diferentes: Den-1, Den-2, Den-3 e Den-4. Os principais sintomas da doença são febre alta, náuseas e vômitos, dores de cabeça, nos olhos e no corpo, fadiga, prostração (pessoa abatida, enfraquecida), manchas avermelhadas, fraqueza e falta de apetite.

Após ser picado pelo mosquito, o paciente só vai apresentar os sintomas depois de três a 15 dias. Esse intervalo entre a picada e a manifestação da doença chama-se "período de incubação".

A dengue não é transmitida de pessoa para pessoa, nem por água ou objetos contaminados. A doença somente é adquirida através da picada do mosquito vetor.

Sintomas da dengue: dor de cabeça, febre alta, dores nas articulações, falta de apetite, fraqueza, manchas avermelhadas.

Tratamento

O primeiro passo a ser tomado por um paciente com os sintomas da doença é consultar um médico ou procurar um posto de saúde. Quanto antes o tratamento for iniciado, mais rápido será a recuperação.

O tratamento da dengue é de suporte, ou seja, alívio dos sintomas, reposição de líquidos perdidos e a manutenção da atividade sangüínea. Em nenhum momento o paciente deve se automedicar. Cuidado com os medicamentos à base de ácido acetil salicílico, como a 'Aspirina' e o 'AAS'. Eles podem agravar os sintomas da doença. Não há vacina para a dengue.

Aedes aegypti, o vilão da dengue

O verão é a estação preferida do aedes aegypti. Com as freqüentes chuvas e o desleixo da população, o mosquito se reproduz nas águas paradas em pneus, latas, tampinhas e tudo o mais que pode abrigar uma poça, seja uma piscina vazia ou um balde velho jogado em um canto. O mosquito adulto vive em média 45 dias.

A transmissão da doença, que é feita pela fêmea do mosquito aedes aegypti, raramente ocorre em temperaturas abaixo de 16° C, sendo que a ideal gira em torno de 30° a 32° C.

O desenvolvimento do mosquito ocorre da seguinte maneira:

OVO => LARVA => PUPA => ADULTO

A fêmea coloca os ovos em condições adequadas (lugar quente, úmido) e em 48 horas acontece o desenvolvimento do embrião. Os ovos que carregam esse embrião podem suportar em até um ano a seca e serem transportados por longas distâncias, grudados nas bordas dos recipientes. Sendo essa uma das razões para a difícil erradicação do mosquito. Para passar da fase do ovo até a fase adulta, o aedes demora em média dez dias.

Os mosquitos acasalam no primeiro ou no segundo dia após se tornarem adultos. Depois deste acasalamento, as fêmeas passam a se alimentar de sangue, que possui as proteínas necessárias para o
desenvolvimento dos ovos.

Segundo uma pesquisa da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) a fêmea do aedes voa até mil metros de distância de seus ovos. Com isso, os pesquisadores descobriram que a capacidade do mosquito é maior do que os especialistas acreditavam.

Dengue Hemorrágica

A dengue hemorrágica atinge as pessoas que já tiveram a doença e que possuem anticorpos para defender o organismo do subtipo do vírus.

Segundo o infectologista Jorge Amarante, de São Paulo, o "paciente, quando reinfectado, fabrica anticorpos em uma quantidade tão grande a ponto de lesar os vasos sangüíneos, inflamando-os. É uma
manifestação de hipersensibilidade à dengue". Essa hipersensibilidade provoca sangramentos pelo nariz, boca e tubo digestivo, gengiva ou ginecológico.

Os sintomas da dengue hemorrágica são os mesmos da dengue comum. A diferença ocorre quando acaba a febre e começam a surgir os sangramentos. A pressão arterial cai, os lábios ficam roxos, e o paciente sente fortes dores no abdômen, alternando momentos de sonolência com agitação. O quadro clínico se agrava rapidamente, apresentando sinais de insuficiência circulatória e choque, podendo levar o paciente à morte em até 24 horas.

De acordo com estatísticas do Ministério da Saúde, cerca de 15% a 20% das pessoas com dengue hemorrágica morrem. "Essa é a forma mais grave da doença", explica Amarante.

Gripe ou Dengue. Como diferenciar os sintomas?

Muito parecidas, as duas doenças podem confundir a população.

"Geralmente, os paciente com dengue sentem uma dor no corpo grande demais para não ter nenhum sintoma respiratório", explica o infectologista Jorge Amarante, de São Paulo. "Os sintomas da gripe
estão relacionados com tosse, coriza e congestão nasal, o que não ocorre com a dengue", acrescenta. "Outro dia, atendi um paciente com dengue que relatou sentir dores no couro cabeludo só de passar a mão pelos cabelos."

E o mosquito? Como saber qual é o aedes aegypti e um pernilongo comum?

Segundo os especialistas consultados é muito difícil diferenciar a olho nu o vetor da dengue de um pernilongo comum. Algumas diferenças: o aedes aegypti é menor do que o comum e possui manchas brancas intercaladas com escuras. Além disso, ele é mais escuro do que um pernilongo, que é marrom. Outra diferença está no horário em que o mosquito costuma picar as pessoas. Geralmente o comum ataca durante os fins de tarde e as noites. Já o aedes, pica durante o dia. Mas atenção, isso não significa que uma pessoa picada por um mosquito ao meio-dia, por exemplo, está correndo risco de ter sido infectada pelo vetor da dengue.

Se o leitor encontrar um mosquito que julgue ser diferente do comum deve notificar a Secretaria de Saúde do município ou a Superintendência de Controle de Endemias (Sucen). Os especialistas realizarão testes e informarão se há realmente o perigo da doença, além de acabar com o criadouro do mosquito.

Uma pessoa pode contrair dengue mais de uma vez?

Sim. Existem quatro sorotipos do vírus da doença, sendo classificados por 1, 2, 3 e 4. Uma pessoa infectada pelo vírus 1, por exemplo, adquire imunidade permanente para este sorotipo, mas não para o 2, 3 ou 4. Se ela for picada por outro mosquito com outro sorotipo da doença, ela terá novamente a dengue, podendo até a desenvolver a forma mais grave que é a dengue hemorrágica.

Onde procurar ajuda?

Ao apresentar os sintomas da dengue, o paciente deve rapidamente procurar um posto de saúde ou consultar um médico. É muito importante que a pessoa não se automedique. Essa prática pode complicar mais ainda o quadro da doença.

No ano passado, o Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, em São Paulo inaugurou o "Ambulatório dos Viajantes", que além de orientar sobre as principais doenças infecciosas, realiza exames e encaminha os pacientes. Os interessados em outras informações podem ligar gratuitamente, para o telefone do ambulatório: 0800-555466.

História: Como a dengue veio parar no Brasil

Os primeiros relatos da incidência da doença no País datam de 1846, quando teria havido uma epidemia no Rio de Janeiro. Em São Paulo, há registros de epidemias entre 1852 e 1853 e também em 1916. Mas a primeira documentada clínica e laboratorialmente ocorreu em 1981, em Boa Vista, Roraima, causada pelos tipos 1 e 4.

Originário da África, o aedes aegypti foi introduzido na América do Sul na época da colonização. Alguns historiadores acreditam que ele veio em potes com água nos navios negreiros.

Em 1986, a epidemia atingiu gravemente o estado do Rio de Janeiro, provocando um milhão de casos da doença.

* Fontes: Sucen - Superintendência de Controle de Endemias; Ministério da Saúde; Secretaria de Saúde do Município de São Paulo; Funasa - Fundação Nacional de Saúde; Fiocruz - Fundação Oswaldo Cruz; Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP).


Também é bom lembrar que os maiores criadouros de dengue estão em casa. Muito cuidado com vasos de plantas. Duas boas dicas são regar e borrifar as plantas com água misturada com algumas gotas de água sanitária e usar borra de café diluída em água nos pratinhos que ficam sobre elas. Nenhum dos dois procedimentos prejucam as plantas. O ideal mesmo é colocar areia nos tais pratos. Quem mora em casa com quintal deve ficar atento a vasilhames que possam acumular água e possam servir como berçário de "zebra bicuda".

Dia 9 de março será o dia de mobilização contra a dengue no Rio.

O Viva Rio está cadastrando voluntários que queiram participar do combate a esta epidemia, que deveria ter sido evitada pelo poder público. Esta é mais uma oportunidade da população provar que é forte e consegue sobreviver e cuidar de si apesar de tantos desmandos.
Todo mundo comentou e eu não. Estava esperando pelo Millôr:

Capicua. A propósito da hora, minuto, mês, dia, ano - 20:02 de 20/02 de 2002 - que passou, a tevê deitou e rolou no ápice da pretensão, com todos os matemáticos, videntes e outros esotéricos do consumo a postos nas tribunas da sabedoria: é uma capicua. Falando com empáfia o que todos, com determinado grau de educação, até eu, que sou rendeiro, sabem, ou têm obrigação de saber. Está bem, vamos lá, a coisa é interessante, interessantíssima, deve ser divulgada. Mas a tevê, sobretudo o Jornal Nacional - nosso oráculo de Delfos do horário nobre, teleguia de nossas informações diárias - fala sobre o assunto como se tivesse acabado de encontrar a solução do último teorema de Fermat. Com o olho rútilo da sabedoria. Mas, ao fim e ao cabo, Capicua é (e aí a pruderie que, durante o nosso jantar, exibe na tevê as maiores sacanagens, tem medo de dizer) pura e simplesmente juntar cu com cabeça. Chocados? Vem de Cap (caput), cabeça. Em latim fica menos ruborizante. Cu é português puro como, acho, todos sabem.
Ah, por isso mesmo capicua também quer dizer bissexual, gilete, cantareira.

Ainda, pra quem tem fé: qualquer capicua pode ser usada como talismã.


(Retirei daqui)





21.2.02

O post é público, mas o recado é só para ela, que vai me entender.

REZA FORTE
Autora: Bete Vitiello

Minha reza é forte, ela é de coroa
Ela vem do norte, é uma reza boa
A mandiga firmada lá no solo do sertão
É mandiga quebrada na ponta do meu facão
Na cumbuca assentada do lado de dentro do portão
Passa amigo e camarada, gente ruim não passa não
Vai-te embora mau olhado, ziquizira e amolação
Tá cortada a inveja, olho gordo e obssessão



(Tirei daqui, onde também se pode ouvir um trecho.)

Te apruma, criatura, que já mandei meu recado pro povo lá de cima!
Para Lu:

Banho Cheiroso
(Antonio Vieira)

você deve tomar banho cheiroso
prá acabar com essa mofina
e o corpo ficar jeitoso
você sente uma moleza
sem ter doença nenhuma
tem a vida atrapalhada
não consegue coisa alguma
então ouça o meu conselho
ele é muito valoroso
pois não perca mais seu tempo
e tome banho cheiroso
você deve tomar
banho cheiroso
prá acabar com essa mofina
e o corpo ficar jeitoso
ele é feito de tipy
pau de angola e puxuri
leva trevo de mulata
e também patchouli
jardineira, pataqueira
e também manjericão
leva rosa todo ano
amoníaco e açafrão.
você deve tomar banho cheiroso
prá acabar com essa mofina
e o corpo ficar jeitoso
Já que o clima está assim e a roupa gruda no corpo e não tem banho que resolva, vamos pelo menos cantar:

Mormaço
(João Roberto Kelly)

Você chegou,
Na minha vida lentamente,
Você foi paz,
Você foi gente,
Me fez feliz,
Me fez contente,
Você me deu,
O seu sorriso todo branco de paz,
E muito mais,
Me deu ternura e até prazer,
De viver,
E agora, sem você eu nada faço,
Seu amor foi o mormaço,
Que me queimou, sem querer,
Não vá embora, nunca mais,
Não quero acordar deste sonho,
Bonito, de paz.

20.2.02

Só pedra não!

Devo ter jogado umas bolas de canhão na cruz...

Credo!
Será que o Blogger também está de mal comigo?

19.2.02

Juro, Papai do Céu, vou ser uma boa moça e não desejo mais o mundo termine em barranco para eu morrer encostada!

Agora me deixa trabalhar em paz, vai?
Ah, não!!!!
Uma das coisas importantes que eu tinha planejado para hoje teve que ser adiada para, no mínimo quinta-feira.

Fazer o quê?

Planejamento é exatamente isso: uma vontade que querer controlar o que não tem controle.

E lá vou eu, como míope, tateando e me virando no que dá até que tudo se resolva em paz.

Amém!