Pesquisar este blog

15.12.10

Sentença da Corte Interamericana de Direitos Humanos: Brasil é
obrigado a investigar e punir os crimes da ditadura militar


Rio de Janeiro, São Paulo e Washington DC, 14 de dezembro de 2010 - A Corte Interamericana de Direitos Humanos (Corte IDH), em uma sentença histórica notificada hoje, determinou a
responsabilidade internacional do Brasil pelo desaparecimento forçado de, pelo menos, 70 camponeses e militantes da Guerrilha do Araguaia entre os anos de 1972 a 1974, durante a ditadura militar brasileira. Conforme compromisso assumido internacionalmente, é obrigatório e
vinculante o pleno cumprimento desta sentença pelo país.

Esta é a primeira sentença contra o Brasil por crimes cometidos durante a ditadura militar, que permite discutir a herança autoritária do regime ditatorial e contribui para o estabelecimento de
uma cultura do “Nunca Mais” no país.

O Centro pela Justiça e o Direito Internacional (CEJIL), o Grupo Tortura Nunca Mais do Rio de Janeiro (GTNM-RJ) e a Comissão de Familiares de Mortos e Desaparecidos Políticos de São
Paulo (CFMDP-SP) atuam, desde 1995, em representação das vítimas e de seus familiares na denúncia internacional perante o sistema interamericano de proteção dos direitos humanos.

Ao longo do processo comprovaram cabalmente a responsabilidade internacional do Brasil pelo desaparecimento forçado das vítimas, pela total impunidade em relação a estes crimes e pela
ausência de procedimentos eficazes para o estabelecimento da verdade no país. Assim, solicitaram diversas medidas de reparação, que abrangiam desde o conceito de reparação integral às vítimas e seus familiares, até medidas mais amplas, especialmente no que tange ao direito à verdade e à justiça, em relação à sociedade brasileira como um todo.

Os fatos, as violações e as reparações mais destacadas que estabelece a sentença são as seguintes:

A Corte Interamericana determinou que as vítimas do presente caso foram desaparecidas por agentes do Estado. A sentença estabelece que o Brasil violou o direito à justiça, no que se
refere à obrigação internacional de investigar, processar e sancionar os responsáveis pelos desaparecimentos forçados em virtude da interpretação prevalecente da Lei de Anistia brasileira, a qual permitiu a total impunidade deste crimes por mais de 30 anos.

A Corte determinou que esta interpretação da Lei de Anistia, reafirmada recentemente pelo Supremo Tribunal Federal, contraria o Direito Internacional. Nas palavras da Corte: “As
(aquelas) disposições da Lei de Anistia brasileira que impedem a investigação e sanção de graves violações de direitos humanos são incompatíveis com a Convenção Americana, carecem de efeitos jurídicos e não podem seguir representando um obstáculo para a investigação dos fatos
do presente caso (Araguaia)”.

Assim, a Corte requereu que o Estado remova todos os obstáculos práticos e jurídicos para a investigação dos crimes, esclarecimento da verdade e responsabilização dos envolvidos.

Também, o Tribunal reafirmou o alcance geral de sua decisão exigindo que as disposições da Lei de Anistia, que impedem as investigações penais, não possa representar um obstáculo a respeito de outros casos de graves violações de direitos humanos.

Quanto à ausência de informação oficial a Corte avançou substancialmente os parâmetros exigidos para proteção do direito de acesso à informação, incluindo o princípio da máxima divulgação e a necessidade de justificar qualquer negativa de prestar informação. A Corte também afirmou que é essencial que o Brasil adote as medidas necessárias para adequar sua legislação sobre acesso à informação em conformidade com o estabelecido na Convenção Americana.

Finalmente, no que se refere à negativa do Estado, por mais de três décadas, de garantir o direito à verdade aos familiares dos desaparecidos, a Corte Interamericana determinou que, em virtude do sofrimento causado aos mesmos, o Estado brasileiro é responsável por sua tortura psicológica e, entre outras coisas, determinou como medidas de reparação: a obrigação de investigar os fatos; a obrigação de realizar um ato publico de reconhecimento de sua responsabilidade; o desenvolvimento de iniciativas de busca e a continuidade na localização dos restos mortais dos
desaparecidos; a sistematização e; a publicação de toda a informação sobre a Guerrilha do Araguaia e as violações de direitos humanos ocorridas durante o regime militar no Brasil.

Portanto, a sentença da Corte IDH no caso Gomes Lund e outros (Guerrilha do Araguaia) é paradigmática porque permitirá a reconstrução da memória histórica para as gerações futuras, o conhecimento da verdade e, principalmente, a construção, no âmbito da justiça, de novos parâmetros e práticas democráticas.

Segundo Vitória Grabois, familiar e vice-presidente do Grupo Tortura Nunca Mais/ RJ: “A falta de informação por mais de 30 anos causou aos familiares dos guerrilheiros do Araguaia angústia,
sofrimento e desconfiança nas instituições brasileiras. A sentença da Corte renova nossa esperança na justiça.”

Nas palavras de Beatriz Affonso, diretora do programa do CEJIL para o Brasil: “Esperamos que a administração de Dilma Roussef demonstre que os governos democráticos não podem fechar os
olhos aos crimes do passado e que se empenhe em saldar a dívida histórica do país. Já o Poder Judiciário, que é parte do Estado brasileiro, deve cumprir a decisão promovendo a investigação dos crimes cometidos durante a ditadura.

Todos os cidadãos brasileiros devem ter certeza de que hoje, na democracia, a lei está ao alcance de todos, inclusive os agentes públicos e privados, civis e militares envolvidos em nome da repressão em crimes contra os cidadãos.”

Segundo Criméia Schmidt de Almeida, familiar e Presidente da Comissão de Familiares de Mortos e Desaparecidos de São Paulo: “ Essa sentença pode significar um passo importante na
verdadeira redemocratização do país, eliminando os entraves ditatoriais que ainda persistem nas práticas dos agentes públicos. Como familiar espero que possa significar um ponto final a tantas incertezas que há quase 40 anos marcam com angústia a nossa vida”

Neste sentido Viviana Krsticevic, diretora executiva do CEJIL disse: “América Latina tem avançado significativamente na resolução dos crimes contra a humanidade cometidos por governos ditatoriais. O Brasil, no entanto, ainda está em dívida com os familiares e a sociedade no estabelecimento da verdade e da justiça relacionadas a este tema. Esta sentença representa uma oportunidade única para que o Brasil demonstre que é capaz de liderar tanto no âmbito internacional como nacional os temas relacionados aos direitos humanos e democracia. Para isto, o Brasil deve deixar sem efei tos os aspectos da lei de anistia que impedem a justiça frente a crimes contra a humanidade.”

A sentença está disponível no website da Corte Interamericana: http://www.corteidh.or.cr/docs/casos/articulos/seriec_219_por.pdf

Para mais informações:
Centro pela Justiça e o Direito Internacional:
Beatriz Affonso +55 21 2533 1660 ou 7843-7285
Viviana Krsticevic +1 202 319 3000 ou celular: 1-202-651-0706
Millie Legrain +1 202 319 3000
Grupo Tortura Nunca Mais do Rio de Janeiro: +55 21 2286 8762 ou 21 8103-5657
Comissão de Familiares de Mortos e Desaparecidos Políticos de São
Paulo: +55 11 3101-5549

11.12.10

Noel Rosa e homenagens de talentos impressionantes na Zona Norte


Exatamente hoje, após um ano praticamente inteiro de homenagens, é o dia em que Noel Rosa completaria seu primeiro centenário. Por todo lado pipoca(ra)m show, mostras, exposições, peças para marcar, com justiça, a data redonda desse seminal compositor brasileiro. Ontem fui conferir o show de Beto Caratori e André Gabeh no Centro de Referência da Música Carioca, na Tijuca.

Exceto na parte em que apresentaram os sambas do embate musical histórico entre o poeta da Vila e seu rival Wilson Batista, todo o repertório do show é de Noel e seus parceiros. Entre as canções eternas, que a gente não cansa de ouvir, aquelas histórias saborosas, que a gente não cansa de escutar. Na maior parte do tempo, quem nos conta essas histórias é Beto Caratori.

Caratori também enche o belíssimo teatro com seu canto delicado, seu jeito cool. Meu acompanhante, Mr. R. comparou seu estilo ao de Chet Baker. É o contraponto perfeito para a esfuziante personalidade, o humor ágil, o talento a transbordar de Gabeh. No palco, André é trompete, diva, preto velho, o que ele quiser, conquistando com facilidade a platéia. Fugindo do padrão dominante atual das novas cantoras, muito bonitinhas, muito afinadinhas, rainhas da sensaboria, a voz do cantor alegria das redes sociais é extensa, agradável e original.






É verdade que faltou ensaiar um pouco mais, decorar as letras de todas as músicas, evitar os escorregões dos músicos aqui e ali. Talvez um toque de direção fizesse a dupla render ainda mais. Mas o que se vê e ouve já é delicioso. Caratori encanta e informa sem se tornar excessivamente didático. André, uma força da natureza, diverte sem dar tom caricatural ao show. Já se viu parcerias muito bem sucedidas ao se jogar no caldeirão estilos assim opostos e complementares.

Finda a efeméride dos 100 do boêmio da Vila, o que a dupla trará a seguir? Continuará como dupla? Explorará outros clássicos do cancioneiro brasileiro? Vou gostar de ver qual será a próxima aventura desses dois artistas.

Hoje eles se apresentam novamente. Vale a pena não acreditar em mim e ir lá ver com os próprios olhos, ouvir com os próprios ouvidos. E depois correr para a quadra da Vila Isabel, onde o maravilhoso Zé Renato também homenageia o genial aniversariante.

Beto Caratori e André Gabeh
Centro de Referência da Música Carioca – 19h
Rua Conde de Bonfim, 824 – Tijuca
3238-3831

Zé Renato
Quadra da Vila Isabel – 20h30
Boulevard 28 de setembro, 383
Vila Isabel



(Todas as fotos são de Mr. R., digo, Ricardo Pessanha)

30.10.10

Clique aqui para conferir estas e muitas outras fotos da solenidade de entrega dos prêmios do Concurso Internacional de Literatura UBE-RJ 2010, onde tirei o 1º Lugar na Categoria Crônicas - PRÊMIO PAULO MENDES CAMPOS com meu livro “FEL – Amargando Felicidade”. A premiação foi na Academia Brasileira de Letras, no último dia 22 de outubro.



29.9.10

É com enorme prazer que divido a alegria de ter meu livro "FEL - Amargando Felicidade" premiado pela União Brasileira de Escritores no Concurso Internacional de Literatura UBE-RJ 2010.

"Fel" ficou em primeiro lugar na categoria crônicas e por isso recebe o Prêmio Paulo Mendes Campos. A cerimônia de entrega dos prêmio...s desta e das demais categorias será no dia 22 de outubro na Academia Brasileira de Letras.


Concurso Internacional de Literatura UBE-RJ 2010
União Brasileira de Escritores
Categoria Crônicas - PRÊMIO PAULO MENDES CAMPOS
1º Lugar: Carla Cintia Conteiro, com: “FEL – Amargando Felicidade”
Local: Teatro R. Magalhães Jr. da ABL
Dia 22 de outubro de 2010, às 14h30
End.: Av. Presidente Wilson, 203 - Castelo
Rio de Janeiro - RJ


Veja este e outros premiados aqui.

18.8.10

Desenhos e fotos de Pedro Conteiro Pessanha: http://www.kawek.com.br/pessanha

Eu acho que é coisa de profissional. Por favor, confira e diga se é só corujice materna.

20.7.10

Enquanto o meu livro "FEL - Amargando Felicidade" continua sua carreira com todo garbo, uma outra obra com minhas digitais ganha mundo. Trata-se de "Quatro Amigas e suas Histórias".

Quem assina o conjunto de crônicas são quatro amigas de Belém do Pará cheias de criatividade e espírito aventureiro, que me convidaram para coordenar o projeto: Katia Lazera, Adriana Sales, Ana Uchoa e Débora Bemerguy. Foi um trabalho muito prazeroso e divertido. Agora é hora de dividir essa satisfação com todo mundo.

Este é o convite para o lançamento no Rio de Janeiro. Em breve, tem mais.

Rio de Janeiro - 28/07/2010
Belém - 10/08/2010 (mais detalhes em breve)
São Paulo - Bienal - 14/08/2010 (mais detalhes em breve)

Prestigie com sua presença!

4.6.10

Todos os textos, do passado e do presente.
Junho/2010
Ana González www.agonzalez.com.br

Impossível não se encantar com os poemas de um caderno amarelado pelo tempo - facilmente imaginado pelo leitor -, e também com as crônicas que retratam um cotidiano cheio de vida, no livro Fel, amargando felicidade de Carla Cintia Conteiro (Rio de Janeiro: Edição do Autor, 2009).

Nos poemas, encontramos o retrato de relações afetivas em que há violência, pois “sob seus pés seguros de partida me amassa” e dor, pois há um “quase” entre o desejo e a crua realidade.
Nesse embate com a subjetividade, há sinais de uma adolescente que anseia por respostas: “E viajando nesta estrada/ que dizem levar à maturidade/ só espinhos, só tristezas, só silêncio/ por parte dos donos da verdade”.

Encontramos também questionamentos de quem se sabe lutadora, sonhadora e viva, tentando sobreviver a seu jeito: “Para aguentar/ o engarrafamento/as manchetes garrafais/só uma garrafa bem cheia/ de líquido amniótico/ que me cure desta sensação de morte”. E de quem se sabe agindo ativamente em tempos de passagem: “Estou de branco/porque assisto a um parto/sou a mãe que me dá à luz/ sou a criança parindo adulto”.

Há espaços de alívio, seja para achar um amor e “passear na lua” seja para o sorriso mudo do amigo. E aspectos da realidade social, ainda que em pequenas doses, como a personagem do boia-fria ou a ascendência africana: “Tenho orgulho dos meus olhos escuros/ meu cabelo crespo/e minha alma/ acima de tudo, negra africana.”.

Nesses poemas iniciais, estão indícios importantes que se marcam firmemente nas crônicas de Carla Cintia.

Denominar a segunda parte do livro de O cotidiano indica certa prudência, até desnecessária. Trata-se de crônicas que nos levam mais longe do que a básica realidade da vida diária.

Li de um sopetão os textos todos, voltei a eles procurando coisas que tinham ficado meio perdidas na memória. E, na hora de parar e pensar o conjunto, só consegui seguir a linha da leitura às avessas. Começando pela prosa. Deixei os poemas por último, talvez pela força das palavras quando se alinham uma após outra sem interrupção, proseando numa descrição sem rodeios.

Esse texto assim forte passa pela realidade em todas as suas cores, trazendo o impensável, a surpresa, a comédia e a tragédia. Com variações, entre o cômico deslavado e a ironia sutil, ente a tragédia e a banalidade cotidiana.

À primeira vista, o que fica mais forte, são as referências de mundo, expressando uma enorme curiosidade, que vaza fartamente pelos textos: pitadas gordas de cultura cinéfila, música popular e literatura brasileiras, a contracultura, figuras da política, da religiosidade, da arte e de outras áreas da cultura. Encontramos também sinais de uma realidade carioca, dos bairros da cidade e muitos traços de um diálogo da autora com as marcas das épocas e daquilo que as faz diferentes umas das outras. Passeamos por “jaleco com estampa de caveiras” e nos solidarizamos com camisetas velhas e furadas.

Há dados da natureza humana em seus aspectos negativos e especiais soluções positivas: “ ...escolho continuar acreditando que as pessoas são boas, de uma forma geral e que os pérfidos, vis e torpes são a exceção.”

O bom humor acontece abrindo espaços: “Será que é sintoma de esquizofrenia não associar aquele pedaço de carne congelada do supermercado ao bicho engraçado dado às ciscadas?”, em meio a pontos de ironia e fina observação: “Como saber da altura do banquinho? Como saber quantas pessoas permanecerão na sala quando começarmos a expor nossa pequena imortalidade?” ou ainda em “Pouca gente é capaz de introjetar a desimportância que pode representar para o outro, a indiferença e desinteresse que pode suscitar.”

Todo esse conjunto de aspectos, sérios, bem humorados e irônicos, configuram um quadro de nossa condição humana, desvendada em seus variados níveis e desenvolvidos na experiência dos relacionamentos.

Encontros impensáveis despontam na rotina diária, quando “lá estávamos, a pústula e eu, nos encarando mutuamente através do espelho...”. A realidade nos visita, apontando para a complexidade das situações da vida e dos afetos, nem sempre simples: “Só o amor é grátis”. Mesmo assim, cabe uma ressalva e, sem amargor, como óbvia constatação e sinal de coragem: “ainda assim sempre haverá pensões de ex-cônjuges, reclamações de esposas...”.

E junto a essa coragem e força de encarar a realidade sem dó, nem fantasias, uma sutil presença do mundo feminino pontua o olhar e a sensibilidade da autora: “...lembro que quando engravidei, sentia um poder enorme, por gerar uma vida.”

E, uma última razão para o encanto do leitor vem da poesia que surge assim na p.84 “Subi as escadas do prédio antigo, brincando de claro e escuro com suas clarabóias. No fim dos degraus, a viajante do tempo me aguardava com cheiro de feijão.”

A realidade e a poesia se encontram também na p.94 : “Meu relógio faleceu bizarra e melancolicamente. Enquanto me recuperava do susto e anunciava a sua morte, esqueci do que estava fazendo. A garrafa d’ água ficou abandonada sob a torneira aberta do filtro.” Ou ainda na p.95: “Levo minhas sandálias rasteiras para passear por estas calçadas, ignorando o sol estorricante e adiando quase indefinidamente para a próxima quadra a entrada em um transporte que me traria para casa.”

São momentos em que as palavras ganham liberdade e se soltam. Dizem então coisas por si mesmas, como se a autora as tivesse liberado.

Crônicas são fotos rápidas, fugidias. Poemas, nem tanto. Juntar os dois é tarefa difícil. Neste livro, a presença de ambos explica a trajetória da autora junto às palavras. Poemas que se querem prosa e, às vezes, prosa que se quer poema.

Dos poemas às crônicas permeadas de cotidiano e de vida presenciamos o amadurecimento da autora. O início e o momento presente. A passagem do tempo, o trabalho da memória, o resgate da experiência. O amor pela expressão escrita desde sempre construindo momentos encantados para nossa leitura.

(O livro FEL - Amargando Felicidade está à venda no Clube de Autores)

31.5.10


Esta matéria comigo saiu ontem (domingo, 30 de maio), na Revista AG do jornal A Gazeta do Espírito Santo.
Já está no ar o novo site do Ricardo, meu marido. Aliás, é o primeiro módulo de um projeto maior que vai chegando aos poucos ao mundo online. Por ora, visite, prestigie, comente.

27.4.10


Novidades em casa. Meu marido, Ricardo Pessanha, se dedica a uma nova atividade. Anote para seu uso pessoal. Divulgue. Grata.

26.4.10

Meu livro Fel - Amargando Felicidade agora é verde além da capa.


Nossos livros ficaram mais verdes

É com muito orgulho que nós, aqui do Clube de Autores, informamos que todas as nossas obras literárias recebem, a partir de agora, o selo FSC (Forest Stewardship Council, ou Conselho de Manejo Florestal). Isso significa que, além de já pouparmos árvores ao imprimir livro a livro de acordo com as vendas, o papel que utilizamos é fruto de um cuidadoso processo de manejo florestal, seguindo não apenas a legislação brasileira como também uma série de melhores práticas e normas estabelecidas por todo o globo. O FSC é, hoje, o selo ambiental mais reconhecido no mundo, com presença em mais de 75 países e em todos os continentes - sendo que a sua adoção por empresas do ramo editorial representa um importante avanço na preservação das nossas florestas. Resultado da parceria entre o Clube de Autores e o grupo Alphagraphics, o selo FSC começará a ser impresso também nas contracapas de todas as novas obras publicadas aqui.

13.4.10

Inquieta Harmonia - exposição de fotos de Ricardo Pessanha
Depois de uma prévia de apenas alguns dias na Faculdade CCAA, a exposição de fotos de Ricardo Pessanha, Inquieta Harmonia, foi montada num local onde permanecera por uma temporada maior: o restaurante Gustati, na Rua das Marrecas, 18, no Centro do Rio, pertinho do Passeio Público.





O Gustati fica aberto de segunda a sexta, das 11 às 16h. Dá um pulo lá. O cardápio é bem variado, agradando a todos os gostos. Esperamos que você ache o mesmo das fotos.





(A foto que ilustra este post é uma amostra do que você vai encontrar lá.)

12.4.10

As fotos do lançamento do meu livro Fel - Amargando Felicidade já estão disponíveis no Facebook.

Se você está retratado em uma dessas imagens, muito obrigada por ter vencido todo o transtorno que o meu Rio de Janeiro viveu na última semana só para vir me dar um abraço e participar deste momento tão especial. Como disse o Tony Pelosi, o lançamento de um livro, de um disco, a estréia de uma peça ou filme equivale, para o artista, a uma cerimônia de casamento, uma formatura, um batizado. Valeu, gente querida!

Quem não foi, não precisa se amuar. Eu não paro quieta mesmo, daqui a pouco tem mais. Enquanto isso:

Meu livro "Fel - Amargando Felicidade" está disponível para venda no Clube de Autores

e ainda:

Agora também na Livraria da Travessa:
"Caetano Veloso - L'âme brésilienne"
Ricardo Pessanha & Carla Cintia Conteiro
collection Voix du Monde
Editions Demi Lune
saiba mais sobre este livro

29.3.10

FEL - Amargando Felicidade, o livro

PROMOÇÃO DE LANÇAMENTO 1

Quem adquirir o livro FEL - Amargando Felicidade, com textos de Carla Cintia Conteiro e ilustrações de Pedro Conteiro Pessanha, pelo site Clube de Autores, até o dia 09/04/2010 pode participar do sorteio para ganhar um kit cultural.

Basta enviar um e-mail para mim (ccintia.rlk@terra.com.br) dizendo qual é o texto ou ilustração de sua preferência e a página onde você leu / viu no livro. Estarão concorrendo todos os e-mails que chegarem até a meia-noite do dia 9 de abril. No dia do lançamento, 10 de abril, no Espaço das Artes de A a Z, na Rua Araújo Pena, 88, na Tijuca, Rio, será sorteado um kit cultural. O kit inclui:
  • a terceira edição do livro The Brazilian Sound, de Ricardo Pessanha e Chris McGowan;
  • a coletânea Vigor da Primavera, de vários autores, entre eles, Carla Cintia;
  • e, ainda, quatro CDs.

O sorteio será filmado e o resultado estará disponível aqui no blog a partir do dia 11 de abril.

PROMOÇÃO DE LANÇAMENTO 2

Durante o coquetel de lançamento, além da expo dos desenhos de Pedro Conteiro Pessanha, como os que ilustram o livro, haverá sorteio de vários brindes, incluindo:

  • fotos artísticas de Ricardo Pessanha;
  • CDs.

Venha comemorar comigo mais esta conquista!

26.3.10

Release

Fel - Amargando Felicidade
Ideais punk fomentando a literatura brasileira

Com o acesso fácil às novas tecnologias, não há mais desculpas para manter a expressão individual engavetada. Quando a ética punk DIY (Do It Yourself - Faça Você Mesmo) apropria-se dos meios de produção, é hora de dar o troco na cultura de massa, que devorou a contracultura. Nesse Novo Mundo, como nomeia o consultor de cinema Peter Broderick, o artista mantém total controle sobre a obra, do início ao fim. E conta com mídia social própria, distribuição própria, com pouca ou muita ajuda de amigos e fãs. Peter estava falando de cinema, mas este conceito se aplica a todas as artes.

E tirando partido desse poder recém-adquirido, uma nova geração de escritores tem vindo à tona, trazendo suas visões multi-facetadas, suas verdades, suas vidas e obras. Nessa geração destaca-se Carla Cintia Conteiro, escritora carioca, que lança agora seu primeiro livro no Brasil: Fel - Amargando Felicidade. Aqui Carla abre seu coração e mente para o mundo com sua coleção de crônicas e poemas construídos com uma inteligência emocional e uma acuidade no uso das palavras que só quem conhece e acarinha a dignidade e as fraquezas humanas consegue acumular.

Fel – Amargando Felicidade, o livro, é homônimo do blog que Carla mantém há anos e alguns registros do livro passaram por lá, mas não todos. Na sua miscelânea de escritos brasileiros têm lugar poemas relíquias de uma adolescente e de uma jovem adulta. Versos secos, há muito gravados no velho caderno amarelado, veem o sol. Crônicas da mudança de percepção. Deslindam-se emoções como adolescer; amar pela primeira, segunda, pela definitiva vez; conviver com o outro; ser mãe; tentar compreender; aprender todo dia; ver a juventude indo embora.

É bem verdade que este livro, fartamente ilustrado, não marca o debut literário de Carla, que já lançou uma biografia de Caetano Veloso na França e participou de obras coletivas, mas aqui pela primeira vez, e de forma ampla, Carla destila o fel do espírito, transforma a amargura atocaiada a cada esquina da vida em letra. A própria autora diz que "escrever sobre as vicissitudes traz compreensão ou, ao menos, alívio. Rabiscar sobre as alegrias, registrar os aprendizados torna tudo ainda mais real." Concluindo, este livro é sobre a maravilhosa aventura de viver e amargar, sofrer as consequências da felicidade.

Para todos que se interessam pela alma feminina, amadurecimento, amor e poesia, FEL - Amargando Felicidade é leitura obrigatória.

Fel - Amargando Felicidade
Já à venda: http://clubedeautores.com.br/book/9938--Fel
Contato com a autora: ccintia.rlk@terra.com.br
tel. (21)9267-8980

(Release de Quimidéias Comunicação & Marketing)

24.3.10

Meu livro de contos "O Ponto Aumentado" foi pré-selecionado para o prêmio SESC de Literatura. Infelizmente ainda não foi desta vez que levei o grande prêmio. Mas estou caminhando. Publico este em breve também. Aguardem!

Confiram os detalhes.

25.1.10

Palavras listadas em “They have a name for it”, de Howard Rheingold, que elenca termos intraduzíveis:

Baraka, árabe, energia espiritual que pode ser empregada para fins materiais.
Won, coreano, resistência a livrar-se de uma ilusão.Razbliuto, russo, sentimento que se experimenta por alguém a quem se amou no passado, mas não se ama mais.
Mokita, kiriwina, a verdade que todo mundo sabe, mas ninguém diz.
Torschlüsspanik, alemão, literalmente: pânico de que a porta se feche, definido como “a ansiedade frenética que as mulheres solteiras experimentam em sua corrida contra o relógio biológico”.
Ah-un, japonês, a comunicação tácita entre dois amigos.
Mono no aware, japonês, a tristeza das coisas.