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23.6.03

Fui ao Festival Oi de Inverno em Itaipava
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Meu amor dirigiu do Rio até os cafundós da Cidade Imperial para atender minha vontade. Nessas horas a gente não pensa em preço da gasolina, no cansaço que é subir e principalmente descer a serra no último dia de um feriadão com grandes chances de cair num engarrafamento em plena Baixada Fluminense.

Qual não foi nossa surpresa ao sermos informados à porta do local do evento de moda, decoração, esportes radicais, gastronomia e música que ontem - domingo de feriadão, dias depois da inauguração oficial na quinta-feira e ampla divulgação nos veículos de comunicação carioca - não havia nada para fazer lá porque os stands não ficaram prontos. Só poderíamos participar da visitação normal ao castelo e um almoço de alta gastronomia (leia-se muito dinheiro saindo e pouca comida entrando). Para não perdermos a viagem, fomos visitar o castelo do avô da prefeita de São Paulo. É bem interessante, mas ficaria muito mais se o guia, além do texto decorado, soubesse responder às perguntas mais óbvia que lhe foram feitas.

Felizmente, como ex-moradora da Cidade das Hortênsias, tenho amigos por lá e tivemos uma tarde muito agradável sob o sol preguiçoso de serra, ladeados por crianças e diante de muito croquete da Casa do Alemão.

Mas ontem não foi nosso dia em termos de serviço. Na volta, fomos a um restaurante que pertence a uma rede bastante popular entre a classe média carioca. Ele comentava que era interessante observar como os preços continuavam razoáveis por lá (um prato de massa custa entre R$10,00 e R$15,00 e para pessoas de apetite normal - o que nem sempre é nosso caso - dá para dois). Será?

Ao chegar pedimos duas garrafinhas de água mineral. Sem gelo no copo. Uma garrafinha com água gelada, outra à temperatura ambiente.

Os copos tinham restos de espuma de sabão, as duas garrafas chegaram abertas à mesa em temperatura ambiente. Pedimos para trocar tudo. Ele trouxe dois copos com gelo. Pedimos que tiresse o gelo. Na terceira tentativa ele finalmente acertou. Garçom sem treinamento reduz bastante os custos.

Pedi um nhoque à bolonhesa e um suco de laranja. O molho do nhoque tinha três ou quatro bolinhas de carne e o suco de laranja não era natural, era aquele de caixinha, azedo e cheio de acidulantes, aromatizantes e conservantes. Economizar no prato que serve reduz bastante os custos.

A conta demorou horrores para ser trazida. Cortar despesas com pessoal ou contratar gente incompetente e lerda reduz bastante os custos.

O problema de reduzir os custos demais, chegando a comprometer a qualidade do serviço, é que acaba-se também afastando o cliente. Reduz-se o custo e também a receita.

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