Pesquisar este blog

6.12.04

Eu sempre soube que era uma fumante do pior tipo, a safada, porque sempre consegui parar por longos períodos sem nem lembrar da existência do dito cujo e, de repente, voltava por não ter onde colocar as mãos numa festa ou por estar meio sem ter o que fazer numa noite de domingo. Para mim, excetuando a voracidade do apetite, especialemnte nos primeiros tempos, não foi tão difícil parar de vez. Pelo menos, é mais complicado ver filmes sem comer pipoca ou ir a Bahia sem devorar no mínimo um acarajé por dia :-) Embora não goste de cutucar a onça com vara curta e por isso evito ambientes de jogatina, parece que não tenho o perfil compulsivo mesmo, mas ainda penso que o melhor jeito de parar de fumar é o susto (incluíndo a decisão súbita e o método pá-pum).

Quanto à comida, é simples: adoro comer. Mas, como antes dos, digamos 25 anos, podia comer tudo e na quantidade que quisesse, desenvolvi hábitos grandiosos. Nunca fui de confeitar alimentos com problemas, substituindo sexo por brigadeiros ou afeto por quindim, mas se é hora de comer, comer. O fato de ter uma irmã e avó diabéticas em casa, também restringiram o desenvolvimento do gosto pelo doce. Não que eu não saiba dar o valor merecido a uma barra de chocolate, mas doce na sobremesa, por exemplo, é coisa que só lembro que existe quando tenho companhi para as refeições.

Agora estou tendo que me reeducar alimentarmente, não só porque comer demais, para quem já passou um pouquinho da adolescência, engorda, mas porque me causa desconfortos. Antes, eu comia um boi no almoço e já estava com fome na hora do jantar para encarar uma boa pizza. Conseqüências? Nenhuma. Meu pai costumava dizer que eu não "agradecia" ao que comia. Hoje, se exagero em uma das refeições, não sinto fome no horário da seguinte (além de uma horrível sensação de peso na região abdominal). Isso quer dizer que o metabolismo está mais lento e que já não preciso de tanto.

A grande questão é que comer faz parte da vida social. Mudar o que como também significa mudar o tipo de atividades sociais em que me engajo e, talvez futuramente, os lugares que freqüênto, por exemplo.

Entretanto, segundo as recomendações da Ayurveda , meu mais novo foco de interesse, a gente deve comer apenas 3/4 do que acha que precisa. E se sentir sonolência e cansaço depois das refeições, é sinal de que comeu demais.

Hoje é segunda-feira, dia mundial do início das dietas. Estou substituindo café por chá de hortelã e todo tipo de carne por apenas frango e peru, entre outras dicas para harmonizar os elementos no meu organismo. Não parece uma coisa tão complicada assim, mas fico pensando o que vai ser das minhas noites de sexta e sábado já sem pito, agora sem gororoba nem goró.

Nenhum comentário: