INGRATIDÕES
Retribuir com ternura, com expressões de afeto, com gestos de simpatia fraternal em testemunhos de solidariedade constituem formas de gratidão no seu sentido nobre. Não apenas por meio de moedas, objetos, utensílios deve ser a preocupação dos que se beneficiaram junto a alguém, buscando exteriorizar ou traduzir gratidão de que se sentem possuídos. Sê tu quem doa reconhecimento, quem resgata a dívida da gratidão pela fidelidade, afeição e respeito a quem te foi ou te é útil. Nunca esqueças o bem que recebeste, embora se modifiquem os quadros da vida em relação a ti ou a quem te beneficiou.
Se alguém te retribui com a ingratidão o bem que doaste, exulta. É sempre melhor receber a ingratidão do que exercê-la em relação ao próximo. Se ofertaste carinho e bondade, sustentando a alegria nos corações alheios e te retribuem com azedume ou indiferença, alegra-te. O ingrato é alguém que enlouquece a longo prazo.
Se te sentes tentado à decepção, porque o bem que fazes se demora sem a resposta dos que o fruem, rejubila-te. A árvore não se nega a doar aos malfeitores do caminho novos frutos, após ser apedrejada por eles. Não te constitua modelo aquele que delinqüe pela ingratidão ou que te esquece o benefício vencido pela soberba. O bem que faças é bem em triunfo no teu coração. Receber o retributo seria diminuir-lhe a significação do que realizaste.
Bendize, assim, os ingratos e ora por eles, porquanto estão em piores condições do que supões e se puderes, ajuda-os mais, pois a felicidade é sempre maior naquele que cultiva o amor e a misericórdia, jamais em quem recebe e esquece, beneficia-se e despreza o benfeitor.
(Joanna de Ângelis)
Do Livro: Leis Morais da Vida
Psicografia: Divaldo Pereira Franco
Editora: LEAL
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