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18.3.05

Uma tenta se apossar do que tenho de mais íntimo e gane imprecações às minhas costas a uma altura calculada, suficiente para que meu ouvido as perceba, mas não para que eu possa tomar qualquer atitude sem me deparar com um passive-aggressive "quem eu? imagine!". Devolvo música suave, cantarolada com toda doçura que eu consigo imprimir na minha voz e a deixo surpresa, confusa e furiosa por não ter atingido o intuito de arruinar meu dia. No meu CD player mental toca Riachão:

Ela quer me ver bem mal
Vá morar com o sete pele que é imortal


A outra discute uma idéia minha como sua, depois de tê-la rebatido com absoluta e inclemente veemência quando a apresentei, cuidando de inventar toda sorte de obstáculos para sua realização. Sorrio e elogio tudo o que sinceramente vejo de positivo nela. Isto vai entrar para o carma dela, não para o meu. Escrutina minhas palavras e meus atos com o indicador pronto para enrijecer-se em minha direção. Ela se rói. Eu me rio.

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