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16.11.01

É uma bobagem...

Assim como é bobagem tudo o que vai montando o quebra-cabeça de nossa história, formada de fragmentos...

Um dia de trabalho meio espremido entre feriado e final de semana com filho em casa, que quer atenção e não deixa os compromissos profissionais fluírem. Desisto e ligo a televisão já no final da tarde, a tempo de ver as últimas cenas daquele filme de que eu tanto gostava na adolescência. Não me deixo levar pelas perguntas racionais do tipo “Como eu já pude gostar disso?”. Prefiro me recostar no sofá e deixar as boas recordações virem.

A música romântica da trilha sonora embalava alguns de meus sonhos mais pueris. Queria aprender a dançar como eles. Na minha realidade virginal, achava aquela dança a coisa mais sexy do mundo. O apoteótico final ficou meio embaçado, já que não fiz nenhum esforço para conter as lágrimas, recordando do tempo em que o dia só valia a pena se à noite houvesse dança.

E descobri que, embora não seja mais aquela pessoa de quase vinte anos atrás, em algum cantinho, lá no fundo, ela ainda habita em mim.

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