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28.11.02

Os bem-te-vis da vizinhança entraram em surto e me denunciam alucinadamente. Eles também devem estar assando, derretendo, murchando...
Para mim, as imagens e os sons vão sumindo na distância.
Nem ouso investigar se a pressão está muito baixa ou muito alta.
Os refluxos de uma peça teatral de quatro horas assombram ainda minha mesa de trabalho.
Não há chibata, apenas um zunido forte no ouvido que vem de dentro de mim mesma.
Nada me apetece. Já não suporto alface e frango grelhado.
Suo.
Penso seriamente em me inscrever no Guiness Book of Records na categoria maior número de banhos tomados num único dia.
Desisto. Vai dar muito trabalho.
Os dias nos dois últimos meses do ano deveriam dobrar de tamanho para que a gente não se sentisse tão incapaz de realizar tudo o que aparece para ser feito. E o que aparece não é apenas o imprevisto, mas tudo aquilo que você jurou, no final do ano passado, entre listas e sacolas sem fim, que deixaria concluído antes do final de outubro.
Acho que vou me mudar para dentro da geladeira.
Olho para todo o trabalho doméstico, familiar, profissional, social, maternal e o escambau a ser ainda feito e penso que o pior é que sonhada e impossível praia é um dos poucos remédios que conheço para curar novembrite.

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