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5.2.03

Talvez você veja em algum telejornal local ou leia amanhã nas páginas policiais que foi assassinado na noite de hoje com um tiro na testa nas Avenidas das Américas um professor de Educação Física. E esta não é apenas mais uma notícia triste nos jornais porque além de engrossar uma estatística estúpida, o professor Fábio Maranhão era meu amigo.

Fábio estudou na Universidade Rural com minha irmã do meio. Apesar de meu pai ter restrições severas quanto a amizade das suas três filhas com rapazes, tanto ele quanto minha mãe logo se encantaram com aquele garotão magricela, falante e carismático. Todos nós góstavamos dele imensamente. Um dia ele trouxe para sua costumeira visita o irmão mais novo. O irmão caçula dele casou-se com minha irmã mais nova. Éramos então da mesma família.

Tenho grandes lembranças com ele, aventuras, festas, bagunças, algumas tristezas profundas que dividimos...

No último aniversário do nosso sobrinho (filho do irmão dele e da minha irmã) ele me deu carona até em casa. Cruzamos praticamente toda a Avenida Brasil falando sobre a vida, viagens, amores, planos para o futuro... Foi quase ontem...

Fazia tempo que ele não era o garoto magricela. Era um rapaz bonito, forte como exigia a profissão, moderno, inteligente, esperto e uma das poucas pessoas neste mundo que ignorava meu 1,78m e me chamava de Carlinha.

Meu amigo morreu estupidamente hoje.

Desculpem se o blog anda ciclotímico.

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