O ponto de partida para a campanha foi o bárbaro assassinato do jornalista Tim Lopes, conta o consultor de marketing Paulo Heise, presidente da Parceria [Parceria Contra as Drogas, iniciativa de empresários de vários setores, com a missão de produzir e veicular campanhas educativas, que ajudem a prevenir o uso de drogas].
_ Sempre houve uma noção velada da relação tráfico/violência, mas a morte do Tim provocou um despertar geral de consciência. E daí surgiu o foco da campanha. Autor dos filmes, o diretor de criação da Full Jazz, Luiz Lobo, abraçou a idéia, a ponto de hoje, entusiasmado, falar em trabalho coletivo. - Os subprodutos da droga são o sequestro, o assalto, as armas no morro e na periferia - argumenta o publicitário, que contou com assessoria do Denarc, a delegacia de entorpecentes de São Paulo.
Logo ele, que confessa nunca ter "parado para pensar nisso", apesar de toda a angústia de ser pai de três filhos adolescentes na maior cidade brasileira. Pior: Lobo está entre os que sempre acharam ridículas as campanhas do tipo "drogas faz mal". -Seviam apenas para encher o saco - critica, consciente de que o trabalho de 30 segundos não vai, por si só, reabilitar viciados. - Mas tem o mérito de pôr todos no mesmo barco, o das vítimas da violência - arremata.
Paulo Heise tem consciência de que seu público não é o dependente, "que às vezes não muda nem com tratamento". O trabalho mira em quem ainda não experimentou drogas, mas cogita fazê-lo, ou no consumidor eventual. - A idéia não é parar de usar porque faz mal, mas porque financia a violência que ataca o vizinho, o parente - assegura Heise. O marketing, entretanto, continua sendo arma leve nessa batalha, alerta Lula Vieira, sócio da V&S Comunicação. - O problema das camapanhas é que elas estão atreladas ao establishment. Esta acerta porque tira o glamour, ao mostrar o drogado como financiador. É o caminho.
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