Pesquisar este blog

12.7.01

Amo tanto o vento
A essência airada
Qual minh'alma ariana
Acendo um incenso
E desato pelo ar
Minha ária sacana
Arriscando que caia
Numa terra árida
Tão arisca é ela
Até quando pálida
Pousada entre pedras
Propagará a aura
Que dia destes lustrou
E a beleza animal
Poderia se dar mal
Mas o vento ajudou


Durante a madrugada soprou um vento louco. As portas batiam nos apartamentos vizinhos, objetos eram derrubados, as cortinas requebravam e as persianas cantavam. Levantei para fechar as janelas e tive que lidar com um som de todos os espíritos do além batendo para entrar. ("I see dead people.":-)) Já que toda hora um ou outro ruído me despertava com susto, comecei a me contar histórias e fiquei num estágio intermediário entre o sonho e a vigília por muito tempo.

Tenho um repertório básico de meia dúzia de historietas que revezo nestes casos. Vou mudando alguns detalhes aqui e ali, continuo alguns episódios... Esporadicamente, alguma se torna urgente ou termina, sem que eu encontre nada para acrescentar ou modificar e então escrevo. Duas delas estão chegando a este ponto. Outra era uma ficção científica tão maluca que acabei abandonando. O Jornal Nacional informou que está prestes a se tornar realidade pelas mãos dos cientistas. Meu queixo grudou no colo. Não sei porque mantive a ilusão de ser a única lunática autêntica sobre a face da Terra.

Nenhum comentário: