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10.7.01

ZAPEANDO

Outro dia ouvi a Gal cantando Honey Baby com participação do Zeca Baleiro no rádio e os versos ficaram martelando na minha cabeça: "ando tão à flor da pele que até beijo de novela me faz chorar".

Não é de todo mal. Estou mais sensível, mas ando menos chorona. Talvez porque eu mais sinta do que verbalize. É batata! Se eu começo a fazer uma declaraçãozinha de nada a voz embarga e meu olho vira uma cachoeira. Tenho calado. Bobagem...

Recebi muito carinho nos últimos dias. É bom... Amor alimenta... O que eu posso fazer se meu filho me dá um saco de delicado ou se a fatia de bolo de chocolate que aceitei na casa da minha amiga se transformou em um prato cheio com calda quentinha por cima? Vai daí que amor não só alimenta como também faz o mundo girar: sobre pneus.

E por falar em mundo, lá vou eu ganhar mais um pedacinho dele.

Neste final de semana, tem Cássia Eller no Canecão. Sem barriga (porque fértil têm estado as cabeças dos colunistas de fofoca), mas com aquele talento todo que Deus lhe deu. Eu babo por CE!

Não vou falar sobre o mais novo evento André Gonçalves, mas sobre a cobertura da Globo. A princípio, nem uma nota (pelo menos em horário nobre). Depois, no rastro do movimento internacional dos profissionais de vôo para abolir passageiros problemáticos, acabou se falando rapidamente no Jornal Nacional, que mostrou uma das fotos por um intervalo de tempo quase subliminar. Somente após a publicação da matéria de duas páginas na Veja, o moço ganhou os microfones do Fantástico para desmentidos (ele não cuspiu, não quis beijar o Pelé na boca, não arrumou confusão em Portugal, não tem culpa de ser gostoso, não quis agredir ninguém, não sabia o que estava fazendo ao consumir vinho com tranquilizantes, etc..), solidária e simpaticamente. E eu que achei que ele só fosse aparecer no Vídeo Show daqui a umas duas semanas mostrando algo como sua criação de bromélias e, já no finzinho da "reportagem" a Cissa Guimarães fosse perguntar assim, como quem não quer nada: "E essa coisa de ser ator, namorador e baderneiro de avião? Como você lida com isso?" Não foi assim com a chipada Elba?

Um texto me chamou a atenção na semana passada. O colunista comentava a entrevista do Daniel Filho para Observatório da Imprensa. Eu vi um trecho da entrevista, mas não me senti particularmente atraída e parti para o controle remoto. Só depois fiquei sabendo que ele falou de coisas muito interessantes sobre a televisão brasileira e o que chamou a atenção do jornalista foi o comentário sobre o deputado americano que se suicidou em frente às câmeras em 1987. Lembrei imediatamente do episódio e do choque que me causou (e ao colunista) o corte no exato momento do corte da imagem, quando a bala atingiria a cabeça do infeliz. O brilhantismo do texto fica por conta da comparação que se fez entre a morte diante das câmeras ontem e hoje, da banalização atual, quando uma professora é assassinada na frente de milhões através de diversos ângulos e estas imagens são reproduzidas até tornarem-se vulgares.

Para não dizerem que só falo mal da televisão, quero deixar registrado meu contentamento com Os Normais. Parece que vai virar filme. Oba!


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