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1.3.02

A boa do final de semana

Se você tem mais ou menos a minha idade, decerto sonhou em ser (se seu gosto for diferente do meu, transar com) a Maria de Lourdes vivida por Malu Mader em Anos Dourados. Também deve ter apreciado muito os Titãs e sempre achou o Tony Belotto uma deliciosa exceção entre aqueles geniais paulistas que com certeza não venceram pelos rostinhos bonitos. Ficou surpresa(o) quando ele se lançou como autor de romances policiais? E quando o rapaz começou a apresentar um programa sobre língua portuguesa numa emissora de TV? Se estou afinada com o bom-senso, você também deve achar um desperdício o Fábio Assunção em tramas melosas como a nova novela das seis, enquanto ele arrebenta quando tem nas mãos um papel mais consistente. Sem mencionar a belíssima estampa que uma amiga minha classificava como criolouro (cor de olhos, pele e cabelos de louro e traços negróides).

Pois essa turma toda se reuniu em um filme que tem conseguido ótimas críticas. Trata-se de Bellini e a Esfinge, baseado no romance homônimo do titã casado com a poderosíssima atriz. O moço também participou da produção. A perfeita, digamos, vá lá, química que aconteceu entre a patroa e o menino dos mais lindos olhos azuis do Brasil em outros trabalhos resultou na convocação de Fábio Assunção para encabeçar o elenco. Sob a direção de Roberto Santucci Filho, essa galera tem arrancado aplausos de todo mundo que já teve a oportunidade de conferir o resultado. Parece que o prêmio de melhor filme do Festival do Rio BR 2000 foi merecido.

É a história de um detetive (vivido por Assunção) que para resolver um caso, mergulha no submundo de Sampa, habitado por prostitutas (como a personagem de Malu) e outros bichos. Tem mistérios, herói e bons diálogos...

Vou conferir e prestistigiar essa produção nacional. Em termos cinematográficos, o Brasil tem apresentado muitas coisas interessantes nos últimos tempos.

E para a turma masculina que ainda torce o nariz para o cinema brasileiro, um incentivo: a musa de Gilberto Braga aparece peladona! Ela está linda como sempre. Assisti a uma entrevista com ela no programa da Gabi no GNT e fui fisgada pelo charme e elegância que ela esbanja até para brincar com aquelas piadinhas infames. Você conhece, claro. "Qual o nome do pai da Malu Mader? Malu Father. Qual o nome do cachorro da Malu Mader? Malucão. E o gato? Malucat. E o irmão? O irmão é Felipe mesmo." Sem graça, né? Por que que eu estou colocando isso aqui? Ah, para dizer que ela encara tudo isso numa boa, com aquele sorriso iluminado que Deus lhe deu. O que dizer então daqueles olhos melancólicos emoldurados por sobrancelhas espetaculares? E além de uma carreira gloriosa na TV e agora no cinema, de fazer a clássica dobradinha como esposa de estrela pop acompanhando o maridão nas turnês, quando possível, e mãe de dois pimpolhos naquela idade terrível de dependência e crítica total (querida, como te compreendo!), de ter que viver respondendo a perguntas da estirpe de "como é essa coisa de ser artista, mãe e dona-de-casa?", ela ainda tem projetos de começar a dirigir e escrever roteiros. Maria Clara Machado deve estar orgulhosa, olhando de onde estiver. Dá-lhe, Malu!

Ave, Belotto!

Viva Fábio!

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