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12.11.02

60 ANOS HOJE

PAULINHO DA VIOLA



(ilustração Baptistão)


Porque é bonito ter uma carreira de tão bela obra.
Porque é bonito ser lembrado como sinônimo de elegância.
Porque é bonito ter muito do que se orgulhar.
Porque é bonito saber que nossa terra dá à luz talentos assim.
Cantemos:

Timoneiro
(Paulinho da Viola / Hermínio Bello de Carvalho)

[ refrão ]
Não sou eu quem me navega
Quem me navega e o mar (bis)
E ele quem me carrega
Como se fosse levar (bis)

E quanto mais remo mais rezo
Pra nunca mais se acabar
Essa viagem que faz
O mar em torno mar
Meu velho um dia falou
Com seu jeito de avisar
Olha, o mar não tem cabelos
Que a gente possa agarrar

refrão

Timoneiro nunca fui
Que eu não sou de velejar
O leme da minha vida
Deus é quem faz governar
E quando alguém me pergunta
Como se faz pra nadar
Explico que eu não navego
Quem me navega e o mar

refrão

A rede do meu destino
Parece a de um pescador
Quando retorna vazia
Vem carregada de dor
Vivo num redemoinho
Deus bem sabe o que faz
A onda que me carrega
Ela mesma é quem me traz


Sinal Fechado
(Paulinho da Viola)

Olá, como vai ?
Eu vou indo e você, tudo bem ?
Tudo bem, eu vou indo, correndo
Pegar meu lugar no futuro e você ?
Tudo bem, eu vou indo em busca
De um sono tranquilo, quem sabe ?
Quanto tempo ?
Pois é, quanto tempo ?
Me perdoe a pressa
É a alma dos nossos negócios
Qual, não tem de quê
Eu também só ando a cem
Quando é que você telefona
Precisamos nos ver por aí
Pra semana prometo, talvez
Nos vejamos, quem sabe ?
Quanto tempo ?
Pois é, quanto tempo ?
Tanta coisa que eu tinha a dizer
Mas eu sumi na poeira das ruas
Eu também tenho algo a dizer
Mas me foge a lembrança
Por favor, telefone, eu preciso
Beber alguma coisa rapidamente
Pra semana
O sinal
Eu procuro você
Vai abrir, vai abrir
Por favor, não esqueça
Não esqueço, não esqueço
Prometo, não esqueço
Não esqueça, não esqueça
Adeus...
Adeus...


Dança da Solidão
(Paulinho da Viola)

Solidão é lava que cobre tudo
Amargura em minha boca
Sorri seus dentes de chumbo
Solidão palavra cavada no coração
Resignado e mudo
No compasso da desilusão

Desilusão, desilusão
Danço eu dança você
Na dança da solidão

Camélia ficou viúva, Joana se apaixonou
Maria tentou a morte, por causa do seu amor
Meu pai sempre me dizia, meu filho tome cuidado
Quando eu penso no futuro, não esqueço o meu passado

Desilusão, desilusão
Danço eu dança você
Na dança da solidão

Quando vem a madrugada, meu pensamento vagueia
Corro os dedos na viola, contemplando a lua cheia
Apesar de tudo existe, uma fonte de água pura
Quem beber daquela água, não tera mais amargura

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