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17.3.03

Fui ver Chicago ontem. Gostei muito. Acho que grandes musicais (e suas cavalares doses de glamour e sonho) são realmente o que Hollywood faz de melhor. Já não acho tão bom quando o trabalho tem pretensões cabeçudas como em As Horas.

Dizem que há poucos musicais hoje em dia porque o público rejeita aquela coisa meio doida de alguém começar a cantar no meio de uma declaração de amor, discussão ou simples conversa. Então agora eles experimentam formas de inserir os números de canto e dança sem que force a realidade (em Chicago, com exceção do primeiro e do último números, se não me engano, todos saem da imaginação da protagonista).

Um problema deles é achar profissionais de cinema para musicais, já que o gênero estava fora de moda. Então eles contratam profissionais da Broadway. Isso faz com que algumas vezes pareça que a gente está vendo uma peça filmada. Não foi o caso de Moulin Rouge, que se tratava de uma experiência cinematográfica sem qualquer sombra de dúvida.

Talvez agora, com a guerra de volta, os musicais retomem o mesmo posto que ocuparam um dia.

A Zeta-Jones é uma mulher estonteante. Onde ela entra em cena, não tem pra mais ninguém.

Eu gosto muito da Renée Zellweger, ela é uma atriz estupenda e quase nos faz crer que é o avião que o papel pedia (Quem foi o louco que fez com que ela emagrecesse tanto? Ela é muito mais charmosa sem tantas pontas ósseas aparecendo). Talvez o maior problema seja o fato de ela ser um pouco simpática, legalzinha demais. A personagem, pedia mais cinismo, mais sonsice.

Mas Richard Gere é um capítulo em separado. O ator, não importa qual seja o personagem que encarne, tem sempre uma postura segura. Então nos momentos em que está cantando e dançando em cena é engraçado vê-lo perdendo esta segurança, já que ele está fora de seu habitat. Especialmente no primeiro número dele, há um quê de patético. Em alguns momentos, ele me fez lembrar do José Mayer :-)

E eu adoro filmes que fazem a gente sair do cinema cantando e dançando por aí...


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