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17.2.04

Calor


Tenho tido tanto de tudo, que quando o ponteiro pequeno aponta para o dez s? quero encontrar meu travesseiro. Mas como ? fevereiro e a cidade ? o Rio, normalmente esse encontro tem sido adiado por algumas horas. E recebo mais de muitas coisas. Samba, bom papo e cerveja, por exemplo.

Outro dia, pedi uma por??o de jil? para acompanhar o chope. Sabe que rolou? Juro!

As conseq??ncias do dil?vio (leia abaixo) continuam, mas coloquei em a??o o meu pensamento m?gico. Faz-de-conta que este pedreiro n?o est? quebrando esta parede do banheiro com azulejos que ningu?m vai encontrar igual para repor bem aqui do lado da minha mesa de trabalho. Faz-de-conta que quando ele terminar aqui, ele n?o vai come?ar na cozinha. Funciona, sabia? Pergunta pra este elefante rosa com la?o verde-lim?o aqui do lado.

F. furou para o desfile-ensaio da Vila, no Boulevard 28 de Setembro. Foi uma pena. Teria sido uma noite ainda mais divertida, se a L. (chilena) e ao G. (estadunidense) al?m dos brazucas se juntasse uma francesa. [N?o esquecer: me matricular na aula de esperanto.] De qualquer forma n?o faltou anima??o e a noite foi ?tima.

Perdi 30 minutos da minha vida numa fila e ao ser atendida descobri que eu n?o precisava ter entrado nela. A sorte ? que sempre ? poss?vel fazer observa??o de seres humanos numa situa??o dessas. E esse ? um dos meus hobbies, muito melhor observar p?ssaros. Por exemplo, hoje consegui observar uma mo?a com as unhas do p? pintadas de um azul turquersa que acompanha as cores da sand?lia, da bolsa e da blusinha de alcinha (os diminutivos desta frase s?o uma homenagem especial). Ela tinha os cabelos rec?m-pintados de vermelho e raspados na altura da nuca de modo a formar um sol em espiral com retas que saiam dele formando seus raios. Quando me aproximei da carnavalesca figura, reparei que ela descrevia uma cena de agonia e o subseq?ente funeral. O outro senhor parecia ter tingido os parcos cabelos que come?avam na altura das orelhas com papel crepon, tamanha a irregularidade das mechas que variavam do vinho ap?tico ao preto desbotado. O resto era bem normalzinho, se n?o levarmos em considera??o a meia branca tipo sapatilha usada com uma sand?lia Rider preta.

Imagina uma laranja bem espremidinha. Pois ?. Mas vou deixar para descansar apropriadamente quando estiver sob 7 palmos de terra. Ou, como quase tudo nesta terra, fica pra depois do carnaval.

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