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10.3.04

Nem Viradouro, nem Mocidade.
Bom mesmo foi quando a Mangueira entrou.


Como disse a Mônica no Saia Justa, ninguém quer saber de Haiti, nem de CPI, nem Waldomiro, nem Waterfall. E eu complementaria que nem da lição de coragem que os argentinos nos deram diante do FMI, nem de greve da polícia federal. Só se fala naquele assunto.

Já tentaram explicar sob a ótica jornalística porque o caso foi parar nas primeiras páginas dos maiores e mais sérios jornais do país. Li explicações sociológicas, antropológicas, psicológicas e o escambau. Mas nada disso importa. Estamos diante do grande momento de glória das preteridas e mal-amadas. São elas as mais excitadas com o interesse excusivo da nação.

Afinal, tá pensando o quê? Ninguém pode ser linda, famosa e riquíssima impunemente. Tem mais é que ter o nome enxovalhado. Tá pensando que vai roubar do altar o homem de outra e que vai ficar por isso mesmo? Nananinanão! As desprezadas de todo o país aguardaram treze anos para dizer: "Eu não disse? Bem feito!" Aquelas que aturaram, carnaval após carnaval, seus homens - ou aqueles homens que deveriam ser seus - babando diante da imagem semi-nua e rebolativa, agora finalmente soltam livremente o grito: "Vagabunda!"

E como se não bastasse tudo isso ainda ousa trocar o sonho bilionário de princesa pela fantasia erótica de uniforme. Atrevida!

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