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17.6.04

POLUIÇÃO SONORA

Pelo amor de Deus, alguém se compadeça e me ajude!!!!
Preciso dormir em paz!
Preciso trabalhar!
SOCORRO!
Pelo amor de Deus, estou desesperada!
Não sei mais o que fazer!!!
Preciso dormir!
Estou adoecendo terrivelmente!
Estou ficando louca!
SOCORRO!!!
SOCORRO!!!



A poluição sonora pode ser entendida como o excesso de ruídos – sons indesejáveis – que causam desconfortos e incômodos à população, desencadeando efeitos psicológicos ou fisiológicos negativos nos seres humanos". Além de prejudicar a audição, os ruídos podem causar sérias conseqüências à saúde. Um dos principais problemas é a alteração do sono, que pode afetar desde a memória até o humor do indivíduo.

EFEITOS DO RUÍDO SOBRE A SAÚDE

A Poluição Sonora hoje é tratada como uma contaminação atmosférica através da energia (energia mecânica ou acústica). Tem reflexos em todo o organismo e não apenas no aparelho auditivo. Ruídos intensos e permanentes podem causar vários distúrbios, alterando significativamente o humor e a capacidade de concentração nas ações humanas. Provoca interferências no metabolismo de todo o organismo com riscos de distúrbios cardiovasculares, inclusive tornando a perda auditiva, quando induzida pelo ruído, irreversível.

Alguns destes efeitos podem ser enumerados da seguinte forma:

Efeitos Psicológicos:

- Perda da Concentração
- Perda dos Reflexos
- Irritação permanente
- Insegurança quanto a eficiência dos atos
- Embaraço nas conversações
- Perda da Inteligibilidade das palavras e
- Impotência Sexual

Efeitos Fisiológicos:

- Perda auditiva até a surdez permanente
- Dores de Cabeça
- Fadiga
- Loucura
- Distúrbios Cardiovasculares
- Distúrbios hormonais
- Gastrite
- Disfunção Digestivas
- Alergias
- Aumento da Frequência Cardíaca e
- Contração dos Vasos Sangüíneos


A interferência do ruído com o repouso, descanso e sono é a maior causa de incômodo. A pior intervenção se dá na forma de ruído intermitente, como por exemplo: passagem de veículos pesados e passagens de aviões próximo às habitações.

O ruído pode dificultar o adormecer e causar sérios danos ao longo do período de sono profundo proporcionando o inesperado despertar. Níveis de ruído associados aos simples eventos podem criar distúrbios momentâneos dos padrões naturais do sono, por causar mudanças dos estágios leve e profundo do mesmo. A pessoa pode sentir-se tensa e nervosa devido as horas não dormidas. O problema está relacionado com a descarga de hormônios, provocando o aumento da pressão sangüínea, vasoconstrição, aumento da produção de adrenalina e perda de orientação espacial momentânea. Despertar de um sono depende do estágio do sono, dos horários noturnos e matinais, idade do indivíduo entre outros fatores.

Uma outra característica humana é a proteção natural aos eventos sonoros, este se dá quando o ser humano é previamente avisado que tal ruído ou sons elevados vão acontecer. Existe uma defesa psicológica que prepara o indivíduo para a exposição, o efeito contrário se dá exatamente quando é inesperado, é o caso do ruído se apresentar quando o indivíduo encontra-se desatento e/ou dormindo, comumente é considerado como som intrusivo. É extremamente desagradável pois, ele é pego de surpresa e não há tempo de armar sua defesa natural. Por isso deve-se preservar o direito de descanso das pessoas quando estas dormem a fim de protegê-las dos efeitos que talvez poderão ser considerados mais delicados.

A maioria das pessoas dorme de olhos fechados e pelo menos na penumbra, anulando a percepção visual responsável por mais de 90% das informações recebidas pelo homem. Mas, a audição, o segundo sentido em quantidade de informação, mantém seus canais abertos, varrendo de 360o o nosso espaço circundante a partir do nosso nicho, para detectar qualquer sinal de perigo. Para a pessoa dormindo no silêncio, o sono é liberado para se instalar na melhor qualidade. Caso contrário, o organismo, mesmo dormindo, começa manifestar gradualmente seu alerta. A partir do valor médio de 35 dBA, reações vegetativas e no EEG e mudanças na estrutura do sono são verificadas. Enquanto os estágios superficiais aumentam a duração, o tempo total de sono e os estágios profundos, MOR e estágio 4, reduzem bastante. O despertar já pode ser atingido em 44 dBA e 53 dBA de pico respectivamente para ambientes calmos, média de 25 dBA, e barulhentos, 45 dBA. Mas, quando o ruído do fundo está a 65 dBA, os reflexos protetores do ouvido médio parecem funcionar, anulando em parte a audição e introduzindo insegurança pela perda da vigília, mostrado pela reação de maior latência para dormir. Por isto provavelmente a 75 dBA de ruído de fundo a qualidade do sono se recupera parcialmente, mas longe da qualidade de níveis mais silenciosos. A poluição sonora portanto piora significantemente a qualidade absoluta do sono, acarretando pior desempenho físico, mental e psicológico e perda provável da alerta auditiva, que reflete a longo prazo em não habituação, mas que pode se recuperar logo em privação curta.

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