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27.3.04

Por três vezes, durante esta que foi a semana do meu aniversário, de alguma forma, pessoas diferentes, citaram ou me fizeram lembrar deste meu texto abaixo. Então, aqui está ele novamente:

Não faz muito alguém segurou na minha mão e perguntou se eu havia morrido. Temo dizer que sim e me escondo no escuro e no silêncio. Não sei se morri, mas com certeza estou mais etérea, quase diáfana. Essa transparência traz vantagens e também desvantagens. Posso ser eu à vontade em meu próprio mundo particular e oculto. Entretanto as pessoas passam através de mim sem saberem que depois tenho que repor tudo no devido lugar sozinha. E elas sequer se dão conta disso.

Tinha um sonho que quase se cumpriu uma vez antes de transformar em pesadelo. Hoje já o abandonei porque sei que ele só me traz sofrimento. Tenho outros que não sei se já passaram do tempo. Talvez sim. Não é confortante a idéia de que se passou da idade para certas coisas. Foco então no possível e tento, do meu jeito canhestro, torná-los reais, que não sou do tipo de gente que se farta com migalhas e restos. Revirar lixeiras? Estou fora! Nasci para brilhar. E gosto de ter a minha volta quem, como eu, saiba polir. A si mesmo e a mim. Gosto de quem também sonha bonito. Gosto de realizar sonhos, que sonhos não realizados são espinhos doloridos demais. Felizmente há ainda muito tempo para muita coisa. Dou as boas vindas a quem se dispuser a embarcar comigo. Para os demais, lenço branco.

Mixaria me cansa. Gosto da fartura de sorrisos, de carícias, de afeto, de troca, de amor. Comedimento é coisa para fracos. Sou franca e não gosto de jogos. Nem dos de guerra, nem dos afetivos, nem dos das regras sociais. Quero arrebatamento! Quero tesão! Quero amplos gramados onde possa soltar as feras da minha insanidade sem ferir ninguém... Fazer-me miúda para não incomodar me exaure e me adoece. Quero espaço para ser! Rir quando estiver com vontade e ter motivos para querer a toda hora.

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