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9.5.02

Quem já me conhece há algum tempo sabe que tenho sérias dúvidas quanto à arte contemporânea. Tenho questões sérias principalmente no tocante ao uso de cobertores.

Peço desculpas aos amigos de longa data, mas quero contextualizar o comentário que farei a seguir e a menção aos cobertores. Visitando um museu famoso, eu me senti vendo uma exposição sobre a roupa nova do rei ao me deparar com um cobertor azul jogado sobre uma espécie de bolsa que inflava e esvaziava simulando alguém dormindo no chão. Tive um acesso de rebeldia e me recusei a continuar a visita.

Hoje, lendo o jornal, vejo a confusão armada por um auto-aclamado artista plástico que montou uma intervenção nos pilotis do MEC (centro do Rio) ontem. Eram blocos de gelo tingidos de vermelho e esculpidos na forma de corpos de crianças e cobertos por cobertores baratos. À medida que o gelo derretia, escorria para fora dos cobertores o líquido vermelho que lembrava sangue. Quem passava por ali levava o maior susto, enquanto o "artista" observava a reação das pessoas. A polícia apareceu duas horas depois, informada que havia corpos na rua. A intervenção A sangue frio era para ser uma metáfora da violência e acabou devidamente faxinada.

Sou uma ignorante e como tal carrego a prerrogativa de poder perguntar: isso é arte?

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