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29.1.02


PERNAMBUCO MEU AMOR

CARUARU



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Acho que Caruaru jamais viu uma chuva como a que caiu sobre a sua Feira enquanto entávamos por lá. As ruelas que separam as lojas viraram pequenos rios e aproveitei enquanto estávamos retidos em uma das lojas para um prosa gostosa com a proprietária que queria saber do Rio e do Garotinho (não é que o cara consegui atingir o Brasil todo e já esté empatado tecnicamente nas pesquisas com a Sarneynta?), enquanto eu sugava tudo o que podia sobre o lugar. Voltamos de lá cheio de coisinhas interessantes e meio envergonhados por pagar tão pouco.

No almoço encaramos uma carne de sol completa. E quando digo completa, quero dizer completa. Além de dois nacos enormes de carne, arroz, macarrão, feijão verde, salada verde, maionese, farofa e nem me lembro mais o quê. Acho que foi ali mesmo em Caruaru que encontrei os quatro quilos que eu havia perdido no mês anterior.

No Alto do Moura fica o maior centro de arte figurativa das Américas. Os pernambucanos adoram coisas como "o maior isso", "o primeiro aquilo", "onde o país nasceu", "aqui começou o Brasil", essas coisas. O motorista que nos levou até lá falava pelos cotovelos, se auto-entitulava guia turístico e não parava de exaltar todas as maravilhas do estado. Achei muito bonito o orgulho que aquele povo tem da sua cultura e do seu lugar. De vez em quando exageram, claro. O máximo foi quando o tal dublê de guia nos disse que Pernambuco levava o Rio de Janeiro nas costas. Mas deixa quieto, que na volta para Recife eu só rezava para ele calar a boca, porque já tinha falado tanto que começava a se repetir, contar histórias familiares e piadas sem-graça.

Mas voltando ao Alto do Moura, fiquei relamente emocionada ao conhecer o Museu de Mestre Vitalino e lá o único de seus filhos que ainda dá continuidade à sua obra. Por lá também tive que me segurar para não deixar as lágrimas rolarem ao conhecer e conversar rapidamente com uma mulher rendeira. É bonito andar por ali e ver as pessoas modelando, pintando, trabalhando o barro...

Fomos também ao Museu do Barro, onde vimos obras de diversos mestres, em frente à praça onde acontece a famosa festa junina da região. Passada pelo Museu de Luís Gonzaga e uma volta rapidinha pelo de - pasmem - Elba Ramalho.

Feliz, feliz...



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