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4.2.02

"Salgueiroooooooo
lalaiá
minha paixão, minha raiz,
Academia do Samba que me faz feliz"


Minha Mocidade Independente de Padre Miguel, jamais esqueço de você.

Amo esta terra brasileira e sua música e nesta época do ano meu sangue entra em ebulição, você sabe.

Samba é meu sobrenome, sei que você entende.

Então peço para que você compreenda que ter me arrepiado ontem quando o puxador de samba do Salgueiro começou o esquenta e toda a Rua Conde de Bonfim fez coro não é traição. É um amor grande demais por estas coisas muito nossas, que eu estava orgulhosamente mostrando para uma documentarista francesa, que quer exibir por este mundão a influência do candomblé na cultura brasileira. E o samba está entre seus assuntos. Foi por isso que eu pedi ao moço do caminhão de gelo para deixar que ela subisse e filmasse a bateria. Não é bateria nota dez do saudoso Mestre André, minha Mocidade. Mas Mestre Louro merece nosso respeito.

E como fazer, povo da Vila Vintém, para evitar que o baticum reverbere por todo o meu corpo? Como deixar de me encantar com as figuraças que transitam por ali?

Minha Mocidade, foi por você que soltei plumas na avenida e é por você que torço sempre na apuração dos votos. Então não se zangue comigo quando acompanho a paixão do meu marido e de toda a vizinhança e canto junto o samba da outra escola e não consigo domar os pés e os quadris.

Meu coração sempre será verde e branco, mesmo quando se traveste das cores de São Sebastião.

Eu posso contar a verdade
A essa gente
Que eu sou da Mocidade Independente


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