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4.4.02

COMO PERDER UM CLIENTE


Movida pela inércia que normalmente guia os hábitos de consumo, fui a uma loja aqui perto que tem bons preços para cópias reprográficas em grande volume. Durante muito tempo (daí o hábito) foi a única com este diferencial num raio de uns bons quarteirões.

Chegando lá, além do bafo quente que emanava da loja, recebi na cara uma careta do rapazinho que atende e um "tá quebrado, vai demorar" por entre os dentes. Pensei em deixar o serviço para pegar no dia seguinte, o que deveria ter sido sugerido por ele, acompanhado de um pedido de desculpas e um sorriso, mas lembrei que havia sido inaugurada uma loja semelhante a poucos passos de distância, dobrando a esquina.

A nova loja estava lotada de estudantes que freqüentam as enormes escolas da vizinhança, mas isso não chegou a ser um problema. O ar condicionado estava funcionando perfeitamente, bem como as muitas máquinas. A fila organizadíssima andava rápido. Na ponta dela, mocinhas sorridentes revezavam-se no atendimento. Uma delas pegou a minha encomenda e iniciou o trabalho imediatamente. Como tudo é feito diante dos olhos do cliente, pude ver que ela não parou um segundo sequer e que a virtual demora aconteceu porque eram realmente muitas cópias. Ainda assim, a atendente, jovem e bonitinha, que, imagino, deve atrair os rapazes espinhentos que circulam por lá, desculpou-se ao me entregar o trabalho concluído. Na hora de pagar, mais uma surpresa agradável: eles cobram menos que a concorrência.

Alguém duvida que eu jamais pisarei novamente na primeira loja?



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