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5.7.02





O cara parou na frente da escola, no início da tarde, bem naquele horário em que o primeiro turno está saindo e o segundo está entrando. Junto dele um cachorrão cuja coleira ele segurava tão displicentemente que não conseguiu controlar quando o bicho antipatizou com um indivíduo e atacou. Tenho medo de cachorro grande, preto e feio, mas não tenho medo de homem mal-encarado e idiota, então o chamei de irresponsável e ele me respondeu torto e eu não deixei barato e ele foi saindo de fininho. Eu queria mais, porque o sangue já estava em ebulição, mas estava na porta da escola do meu filho, ia dar uma encrenca danada parar em delegacia com tanta coisa para fazer... Implodi.

Preparei um mimo com todo o carinho e ofereci crente que estava abafando. Fui tão mal interpretada que sequer tive vontade de tentar me explicar. Implodi pela segunda vez na mesma tarde.

Um jeito mais áspero aqui, uma má vontade ali, um faz-de-conta que nunca se conversou sobre isso e quase que arraso o quarteirão. Na verdade algumas fagulhas acabaram escapando. Mas sou de circo e um dia arrumo emprego de engolidora de fogo. Bum para dentro de novo.

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