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1.7.02

VOCÊ SABE DE ONDE VENHO?

. . .Venho do verde mais belo
Do mais doirado amarelo
Do azul mais cheio de luz
Cheio de estrelas prateadas
Que se ajoelham, deslumbradas
Fazendo o Sinal da Cruz

Venho do morro, do engenho
Das selvas, dos cafezais
Da boa terra do coco
Da choupana onde um é pouco
Dois é bom, três é demais
Venho das praias sedosas,
Das montanhas alterosas
do pampa, do seringal
das margens crespas dos rios,
Dos verdes mares bravios
da minha terra natal!

Quem eu sou?
Eu não sou paulista,
Da resistência pujante,
De uma força altruísta,
Que nasceu bandeirante.


Eu não sou carioca,
Da beleza solsticial,
Cuja alma invoca,
Um alegre carnaval.


Eu não sou mineiro,
Da preciosa pedra,
Do perfil matreiro,
Que nunca se entrega.


Eu não sou gaúcho,
Dos pampas celeiros,
Que sacrificou seu tudo,
Por um ideal guerreiro.


Eu não sou nordestino,
Do trabalho sofrido,
Suor de homem e sorriso menino,
Sobrevivendo na seca com seu tino.


Eu não sou do Planalto Central,
Da riqueza perdida no pasto,
Da terra do Pantanal,
Cuja beleza é seu lastro.


Eu não sou da terra roxa,
Do infinito cafezal,
Minha alma não é coxa,
Minha beleza sem igual.


Eu não sou nortista,
Dos verdes bosques de vida,
Como uma raça alquimista,
No silêncio da Amazônia perdida.


Eu não sou imigrante,
Nas raízes profundas do Sul,
Do mundo trazido distante,
Miscigenado na terra com sangue azul.


A minha pele não tem cor,
O meu sangue é companheiro,
Guardo no meu esplendor,
O orgulho de ser BRASILEIRO.


Eu venho do BRASIL . . .
Sou BRASILEIRO...
Óchente, Uai, tche, !!!
O poema BRASILEIRO de José Brites Neto
Contendo trechos da "Canção do Expedicionário"


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