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16.1.02

Da primeira página do JB:

"BUSH AMPLIA A AJUDA MILITAR À COLÔMBIA

O presidente George Bush vai aumentar a ajuda militar para a Colômbia na luta contra a guerrilha. O valor não está decidido, mas integra a nova política externa americana que, desde os atentados de setembro, passou a encarar a ação de grupos armados naquele país como terrorismo e não mais como linha auxiliar do narcotráfico."

(O grifo é meu)

Quando foi anunciada a ofensiva militar contra o Afeganistão, eu disse que se estava abrindo um perigoso precedente de se combater crime com guerra e que qualquer país, seguindo esta lógica poderia ser atacado. Na época, muitas vozes vieram contra a minha lógica, afirmando que "uma coisa é uma coisa, outra coisa é outra coisa". Continuo achando muito perigoso e arriscado, principalmente para o nosso país, esta história de traficante armado de repente virar terrorista.

Quem dera que as conversas e acordos entre FHC e Putim fosse mais que - como adora dizer nosso presidente - nhenhenhém e alguém tivesse peito de pelo menos começar a questionar a posição indecentemente hegemônica dos EUA como xerifes do mundo...

Do jeito que as coisas estão caminhando, logo logo teremos tropas americanas nos morros e periferias brasileiros, já que grupos armados espalhados pelo mundo são considerados terroristas.

Menos os que fuzilam crianças nas escolas, é óbvio...

Mas a pergunta que realmente não quer calar é: se o objetivo da guerra era capturar Bin Laden vivo ou morto e a CIA já sabe que lá ele não está, porque não se acaba de vez com esta vergonha? Nada a ver com a rota de petróleo que já estava sendo negociada com os tabilãs até alguns dias antes dos atentados, quando o governo norte-americano tão bonzinho e preocupado com o bem-estar da população mundial ainda não sabiam (claro!) que eles maltratavam mulheres e cometiam todo tipo de barbaridade, né?


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